Xenurolebias myersi

Xenurolebias myersi, popularmente chamado de peixe-anual,[3] é um peixe actinóptero endêmico do Brasil da família dos rivulídeos (Rivulidae).[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaXenurolebias myersi
Macho de Xenurolebias myersi Créditos: Rodrigo Damasio
Macho de Xenurolebias myersi Créditos: Rodrigo Damasio
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Classe: Actinopteri
Subclasse: Teleostei
Ordem: Cyprinodontiformes
Família: Rivulidae
Género: Xenurolebias
Espécie: X. myersi
Nome binomial
Xenurolebias myersi
(Carvalho, 1971)
Sinónimos
  • Simpsonichthys myersi (da Cruz, 1983)[1]
  • Cynolebias myersi (da Cruz, 1983)[2]

Ecologia editar

Xenurolebias myersi habita águas doces bentopelágicas de bacias de rios costeiros do sudeste do Brasil, nos estados do Espírito Santo e Bahia. Ocasionalmente é encontrado em piscinas sazonais, bem como várzeas de rios, e é difícil de manter em aquário.[4] Dentro de sua extensão ocorre no Parque Estadual de Itaúnas, no Espírito Santo.[5] Seu período gestacional é de quatro meses.[4]

Descrição editar

Xenurolebias myersi possui de 12 a 18 raios moles dorsais e de 19 a 23 raios moles anais. Em número de vértebras, varia de 28 a 29. Difere de todos os outros congêneres por ter a barbatana caudal sublanceolada, nunca formando uma ponta distinta posteriormente em indivíduos maiores e manchas amarelas claras distintas na porção distal da barbatana anal em machos. Especificamente, difere de X. cricarensis e X. izecksohni por ter menos barras marrom-escuras na barbatana caudal nos machos (4-6, contra 7-10 em X. cricarensis e 9-12 em X. izecksohni); de X. izecksohni por apresentarem menos barras cinza-escuras no flanco nas fêmeas (9-11 contra 12-13), na barbatana dorsal, nos machos, com barras claras curtas na porção basal e pequenas manchas redondas claras na porção distal, ausência de barras curtas oblíquas na porção ventral da barbatana caudal em machos, corpo mais profundo (29,0-31,4% em machos e 30,1-33,9% em fêmeas, contra 27,1- 28,5% e 28,5-30,6%, respectivamente) e maxilar inferior mais longo (22,4-24,5% do comprimento da cabeça nos machos e 19,6-21,4% nas fêmeas, contra 18,6-20,9% e 17,7-19,7%, respectivamente); e de X. pataxo por ter a cabeça mais larga (71,5-74,6% nos machos e 74,5-81,1% nas fêmeas, contra 65,7-71,1% e 65,8-70,3%, respectivamente), filamentos mais curtos na barbatana dorsal nos machos (atingindo entre a base e o meio da barbatana caudal) e a presença de manchas pretas na parte posterior do pedúnculo caudal nas fêmeas.[4]

Conservação editar

Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[1] em 2013, foi citado como uma da espécies do Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção;[5] em 2014, foi classificada como em perigo na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[6] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[7] e em 2018, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[3][8]

Referências

  1. a b «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  2. a b Bailly, Nicolas (10 de julho de 2017). «Xenurolebias myersi (Carvalho, 1971)». World Register of Marine Species (Worms). Consultado em 1 de maio de 2022 
  3. a b «Xenurolebias myersi (de Carvalho, 1971)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2022 
  4. a b c «Xenurolebias myersi (Carvalho, 1971)». FishBase. Consultado em 1 de maio de 2022 
  5. a b Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção (PDF). Rio de Janeiro: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2013. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 1 de maio de 2022 
  6. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  7. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  8. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018