Yorick
Yorick é um personagem shakespeariano, citado pela primeira vez na Cena I do Quinto Ato da peça teatral Hamlet.
Yorick | |
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Personagem de Hamlet | |
A cena da exumação do crânio de Yorick, segundo Eugène Delacroix | |
Informações gerais | |
Primeira aparição | Hamlet - Cena I . Quinto Ato. |
Criado por | William Shakespeare |
Informações pessoais | |
Origem | Inglaterra |
Características físicas | |
Sexo | Masculino |
Yorick é um falecido bobo da corte. Não são dadas informações biográficas sobre ele. Seria um personagem ligado à infância de Hamlet. Ao ver o crânio de Yorick, Hamlet fala sobre os efeitos da morte sobre o corpo.
"- Helás, pobre Yorick! Eu o conheci, Horácio, um companheiro de inúmeras brincadeiras, de notável fantasia, que carregou-me às costas umas mil vezes, e agora, quão abominável me parece! Causa-me um nó na garganta vê-lo agora. Aqui ficavam os lábios que beijei tantas vezes. Onde estão suas brincadeiras agora?" [1]
Possivelmente Shakespeare pretendia que seu público ligasse Yorick ao comediante elisabetano Richard Tarlton , uma estrela da fase pré-shakespeariana, falecido aproximadamente na mesma época.
O contraste entre Yorick, o companheiro de brincadeiras e a cruel visão dos seus restos mortais constitui uma variação sobre o tema da vaidade terrena, a transitoriedade da vida e a morte inevitável.
No imaginário popular, o célebre monólogo de Hamlet "ser ou não ser", pronunciado na Cena I do Terceiro Ato, é frequentemente confundido com o momento em que Hamlet descobre o crânio de Yorick. Tal confusão deu origem a várias interpretações, nas quais o príncipe Hamlet segura um crânio na mão enquanto recita o monólogo. De fato, na peça, as duas cenas estão distantes.
O tema do Memento mori (literalmente: "Recorda-te que deves morrer") era comum na pintura europeia dos séculos XVI e XVII. A imagem de Hamlet meditando diante da caveira de Yorick tornou-se a mais popular expressão dessa idéia.
Referências
- ↑ "Alas, poor Yorick! I knew him, Horatio; a fellow of infinite jest, of most excellent fancy; he hath borne me on his back a thousand times; and now, how abhorred in my imagination it is! My gorge rises at it. Here hung those lips that I have kissed I know not how oft. Where be your gibes now?" (Hamlet, V.I)