Ágora (filme)

filme

Ágora (Brasil: Alexandria / Portugal: Ágora[carece de fontes?]) é o título de um filme espanhol dirigido por Alejandro Amenábar, lançado na Espanha, em 9 de outubro de 2009. O filme é estrelado por Rachel Weisz e Max Minghella e relata a história da filósofa Hipátia, que viveu em Alexandria, no Egito, entre os anos 355 e 415, época da dominação romana.

Ágora
Ágora (PRT)
Alexandria (BRA)
Ágora (filme)
Espanha
 Malta
Portugal Portugal
 França
 Estados Unidos
2009 •  cor •  126 min 
Direção Alejandro Amenábar
Produção Fernando Bovaira
Álvaro Augustin
Roteiro Alejandro Amenábar
Mateo Gil
Elenco Rachel Weisz
Max Minghella
Oscar Isaac
Música Dario Marianelli
Cinematografia Xavi Giménez
Edição Nacho Ruiz Capillas
Distribuição Focus Features
Newmarket Films
Telecinco Cinema
ZON Lusomundo Audiovisuais
Lançamento 9 de outubro de 2009
Idioma inglês

Durante o relato, a história apresenta uma licença romântica, incluindo uma ligação entre Hipátia e um de seus escravos.

Sinopse

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Esta obra cinematográfica relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 d.C. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, convive de forma tensa com o judaísmo e a cultura greco-romana.

Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a adora, mas não é correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, ela se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.

Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cirilo de Alexandria domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de bruxaria.

Por ter se recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de bruxaria. Uma multidão se reúne para matá-la, a esfolando viva. Mas Davus os convence a apedrejá-la. Quando a multidão se retira para procurar as pedras, Davus sufoca Hipátia para poupá-la do apedrejamento e diz para a multidão que ela desmaiou. Davus se retira quando começam a apedrejar o corpo de Hipátia. A história real da filósofa está no artigo Hipátia.[carece de fontes?]

Elenco

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Detalhes da produção

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  • O filme comercialmente tem 127 minutos, mas na França, pelo Festival de Cannes, apresentou-se com 141 min.
  • O filme foi co-financiado pela companhia espanhola Sogecable.[1]
  • As locações foram em
  1. Delimara, Malta
  2. Fort Ricasoli, Kalkara, Malta
  3. Marsaxlokk, Malta
  4. Mdina, Malta
  5. Valletta, Malta

Controvérsias

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O filme foi proibido no Egito pela censura, por conter cenas consideradas um insulto para a religião.[2]

O “Observatório Anti-difamação Religiosa”[3] protestou contra o filme por "promover ódio ao cristianismo e reforçar falsos clichés sobre a Igreja Católica"[4]. O filme teve problemas de distribuição nos Estados Unidos da América e Itália[4][5][6][7]

Recepção

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O filme ganhou 7 Prêmios Goya, incluindo o de melhor roteiro original por Alejandro Amenabar e Mateo Gil, que fez o segundo filme mais premiado da edição do XXIV Prêmio Goya para a academia de cinema espanhol. Realizado na Espanha em 2009.,[8] foi o filme espanhol mais visto daquele ano.[9]

Premiações

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  • Em 2010 foi indicado no Cinema Writers Circle Awards, na Espanha, para Melhor Fotografia (Xavi Giménez), Melhor Diretor (Alejandro Amenábar), Melhor Edição (Nacho Ruiz Capillas), Melhor Filme e Melhor Música (Dario Marianelli).
  • Em 2010 foi indicado ao Prêmio Goya de Melhor Cinematografia (Xavi Giménez), Melhor Vestuário (Gabriella Pescucci), Melhor Maquiagem e Cabelo (Jan Sewell, Suzanne Stokes-Munton), Melhor Direção Artística (Guy Dyas), Melhor Direção de Produção (José Luiz Escolar), Melhor Roteiro Original (Alejandro Amenábar e Mateo Gil), Melhores Efeitos Especiais (Chris Reynolds e Félix Bergés).
  • Em 2010 venceu o Prêmio Goya Melhor Diretor (Alejandro Amenábar), Melhor Edição (Nacho Ruiz Capillas), Melhor Filme, Melhor Música Original (Dario Marianelli) e Melhor Som (Peter Glossop e Glenn Freemantle).[carece de fontes?]

Notas e referências

  1. «Latino Review "Rachel Weisz Goes Agora"» (em inglês). Latinoreview.com. 14 de março de 2008 
  2. «Ágora no se verá en Alejandría» (em espanhol). El País. Consultado em 12 de abril de 2010 
  3. «Site oficial do Observatorio Antidifamación Religiosa» (em espanhol). Oadir.org. Arquivado do original em 13 de outubro de 2009 
  4. a b «Civil groups protest new anti-Christian film :: Catholic News Agency (CNA)» (em inglês). Catholicnewsagency.com. Consultado em 11 de Junho de 2010 
  5. «Il film che l'Italia non vedrà - LASTAMPA.it» (em italiano). Lastampa.it. Consultado em 11 de Junho de 2010. Arquivado do original em 11 de outubro de 2009 
  6. «Mikado distribuirà ‘agorà’ in Italia» (em italiano). Ipazia.oknotizie.virgilio.it. Consultado em 11 de Junho de 2010. Arquivado do original em 22 de julho de 2011  C1 control character character in |titulo= at position 20 (ajuda)
  7. Alex Billington (17 de novembro de 2009). «Alejandro Amenábar's Agora Finally Bought for US Distribution». Firstshowing.net. Consultado em 11 de Junho de 2010 
  8. «Agora - Release Dates» (em inglês). Internet Movie Database 
  9. El País. «'Ágora', el filme español más visto en 2009» (em espanhol). Elpais.com. Consultado em 12 de abril de 2010 

Ligações externas

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