Óleo de patauá
O óleo de patauá é altamente insaturado, tendo entre 75 e 80% de ácidos graxos monoinsaturados e 3% de ácidos graxos poli-insaturados. Pode ser utilizado para a alimentação e também na indústria de cosméticos, produtos de limpeza e medicinal. Além disso, existem estudos para seu uso para a produção de biodiesel.[1]
Dentre os nomes pelos quais essa fruta é conhecida estão patauá (Brasil), milpesos e seje (Colômbia), jagua (Venezuela) e ungurahuay (depressão amazônica). A espécie é muito comum em toda região da Floresta Amazônica, incluindo Brasil, Colômbia, Equador, Guianas, Panamá, Trinidade e Tobago, e Venezuela. Cada planta produz aproximadamente 2 cachos por ano, somando 32 kg de frutos, deles obtendo-se até 2,4 litros de óleo por prensagem mecânica.[1]
Usos
editarO óleo de patauá é um poderoso agente de hidratação. Devido à semelhança dos ácidos graxos, o óleo de patauá pode ser utilizado como um substituto para os produtos de azeite de Oliva (Olea Europea) para produtos de cuidados da pele e loções hidratantes.[2]
O óleo é utilizado na medicina tradicional para aliviar a tosse e a bronquite.[3] e como fortificante capilar. Pelas suas constantes químicas, pelo gosto e cheiro quando refinado, ele se aproxima muito do azeite de oliveira.[2] Tradicionalmente, o óleo de patauá é empregado pelas comunidades amazônicas nas frituras, e como tônico no tratamento da queda de cabelos.[4]
O óleo é bom para muitos problemas de saúde e atua no organismo como laxante, remédio para tuberculose, asma e outros problemas respiratórios. É empregado também na produção cosmética pois pode ser usado como um tônico para amaciar o cabelo. Um famoso pesquisador que morava em uma aldeia Kayapó disse que os índios ficavam mais bonitos, nutridos e saudáveis na época de frutificação do patauazeiro.[5]
Características
editarComposição fisico-quimico óleo de patauá[1]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácidez | mgKOH/g | 43,2 ± 0,3 |
Iodo | gl2/100g | 76,7 ± 1,7 |
Saponificação | mgKOH/g | 190,3 ± 4,3 |
Densidade | 25ºC g/ml | 0,911 - 0,918 |
Refração (40 ºC) | - | 1,468 - 1,470 |
Ácidos graxos (18:0) | % | 6 |
Composição do óleo de patauá[1]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácido palmítico (16:0) | % Peso | 12,3 |
Ácido esteárico (18:0) | %Peso | 3,2 |
Ácido oléico (C 18:0 Omega 9) | %Peso | 60,6 |
Ácido láurico | %Peso | 2,9 |
Ácido linoléico (C 18:2 Omega 6) | %Peso | 12,4 |
Ácido mirístico | %Peso | 0,9 |
Ácido eicosanoico | %Peso | 2,2 |
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d Oliveira, Priscila Silva de. Caracterização do óleo de patauá e utilização para obtenção de um reagente coletor para a flotação de minério fosfático. 2017. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, Belo Horizonte, 2017.
- ↑ a b CALVACANTE, Paulo B. Frutas comestíveis da Amazônia. – Belém: Museu paraense Emilio Goeldi, 1991.
- ↑ Vallejo Rendón, Darío 2002. "Oenocarpus bataua, seje"; Colombia Amazónica, separata especies promisorias 1. Corporación Colombiana para la Amazonia –Araracuara- COA.
- ↑ ÓLEO PATAUÁ. http://www.amazonoil.com.br/produtos/oleos/pataua.htm Arquivado em 9 de março de 2015, no Wayback Machine.
- ↑ PATAUÁ. http://www.cifor.org/publications/pdf_files/Books/BShanley1001/203_208.pdf