A Farsa Ianomâmi

livro publicado em 1995

A Farsa Ianomâmi é um livro escrito pelo coronel brasileiro Carlos Alberto Lima Menna Barreto que afirma, sem evidências ou respaldo na literatura científica, que a existência dos povos Yanomami é uma farsa.[1] O livro foi publicado pela Biblioteca do Exército em 1995, mesmo ano em que Menna Barreto faleceu.[1] Com um tiragem de apenas 3 mil exemplares,[2] o livro é reconhecido como uma obra negacionista.[3][4] O Exército brasileiro informa que, apesar de exemplares da obra estarem em diversos colégios militares, ela não integra a lista de livros paradidáticos constantes das Normas de Planejamento e Gestão Escolar (NPGE) do Sistema Colégio Militar do Brasil e, dessa forma, não está "autorizada nenhuma atividade pedagógica com o livro nos Colégios Militares".[2]

A Farsa Ianomâmi
A Farsa Ianomâmi
Autor(es) Carlos Alberto Lima Menna Barreto
Idioma Português brasileiro
Assunto Ianomâmis
Série Coleção General Benício, v. 309
Arte de capa Carlos Chagas
Editora Biblioteca do Exército
Formato 14 x 21 cm
Lançamento 1995
Páginas 216
ISBN 85-7011-203-3

Crise ianomâmi em 2022-2023 editar

Na início da década de 2020, a Terra Yanomami em Roraima vivia uma emergência de saúde grave, com crianças sofrendo com doenças e desnutrição num território que abrigava mais de 370 aldeias e cerca de 28 mil indígenas.[1] À época, estimava-se que cerca de 20 mil garimpeiros haviam invadido a região. Sobre esse tema, João Pedro Garcez, pesquisador da memória Yanomami, afirma que:

No ano de 1993, quando Jair Bolsonaro era deputado federal, ele pediu a anulação da demarcação da terra indígena yanomami. Décadas depois, quando eleito presidente, comemorou que na sua gestão no Planalto "não foi demarcada nenhuma terra indígena".[2]

Sinopse editar

No livro, o autor afirmava que haveria um conluio entre ONGs e forças estrangeiras para “separar do Brasil” o território indígena e, dessa forma, "cedê-lo aos fictícios ‘ianomâmis’ e “preparar a dominação futura da Amazônia [...] para a posterior criação de países indígenas independentes, sob a tutela das Nações Unidas”.[1]

Ver também editar

Referências

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