Abedalá I da Jordânia

monarca jordaniano
(Redirecionado de Abdullah I da Jordânia)

Abdullah I (em árabe: عبد الله الأول بن الحسين‎ Abd Allāh ibn al-Husayn; Meca, fevereiro de 1882Jerusalém, 20 de julho de 1951) foi o Emir da Transjordânia de 1921 até sua elevação a reino em 1946, com ele continuando a reinar como Rei da Jordânia até seu assassinato.[1][2] Era o segundo filho de Hussein bin Ali, Xarife de Meca, e sua primeira esposa Abdiyya bint Abdullah.[3]

Abdullah I
Emir da Transjordânia
Reinado 1 de abril de 1921
a 25 de maio de 1946
Rei da Jordânia
Reinado 25 de maio de 1946
a 20 de julho de 1951
Coroação 25 de maio de 1946
Sucessor Talal
 
Nascimento fevereiro de 1882
  Meca, Império Otomano
Morte 20 de julho de 1951 (69 anos)
  Mesquita de Al-Aqsa, Jerusalém, Israel
Sepultado em Mausoléu Real, Palácio de Raghadan, Amã, Jordânia
Nome completo Abdullah bin al-Hussein
Consorte Musbah bint Nasser
Suzdil Khanum
Nahda bint Uman
Descendência Haya da Jordânia
Talal da Jordânia
Munira da Jordânia
Naif da Jordânia
Maqbula da Jordânia
Naifeh da Jordânia
Casa Haxemita
Pai Hussein bin Ali, Xarife de Meca
Mãe Abdiyya bint Abdullah
Religião Sunismo

Entre cerca de 1891 e 1908 viveu em Constantinopla. Em 1912 regressou a esta cidade quando foi eleito representante de Meca no parlamento, função que desempenhou até 1914. Junto com o seu pai e o seu irmão Faisal participou da Revolta Árabe contra o domínio otomano. Com o fim do Império Otomano, os ingleses confiam a Abdullah a região da Transjordânia em 1921, tornando-o Emir da região.[4] Por Transjordânia entendia-se toda a área a este do Rio Jordão até ao Iraque, sendo este último território governado pelo seu irmão Faisal.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Abdullah manteve-se ao lado dos Aliados no Médio Oriente, ajudando a impedir um golpe de estado no Iraque pró-Eixo liderado por Rachid el-Gailani. Como recompensa, os Ingleses fizeram de Abdullah rei da Transjordânia em Maio de 1946. Em 1948, um congresso árabe em Jerusalém declarou-o rei da Palestina, mas não foi reconhecido como tal por nenhuma potência internacional. Perante estas circunstâncias Abdullah contentou-se por ser monarca do reino Hachemita da Jordânia, que incluía uma parte do território da Palestina a oeste do Jordão. No cenário regional saliente-se que em 1948 tinha sido declarado o estado de Israel, tendo Abdullah mantido contactos secretos com Moshe Dayan que visavam dividir a Cisjordânia entre Israel e a Jordânia.

Abdullah foi assassinado na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, por um nacionalista árabe em 1951, que lhe censurava a aceitação da divisão da Palestina com Israel. Com ele encontrava-se o seu neto Hussein, que se tornaria rei da Jordânia meses depois, dado que o seu filho Talal sofria de esquizofrenia. [5]

BibliografiaEditar

Referências

  1. «Jordânia». Infopédia. Consultado em 12 de fevereiro de 2023. Nesse ano Abdullah tornou-se o primeiro rei do país. Em 1951 morreu assassinado 
  2. «Abdullah I king of Jordan» (em inglês). Enciclopédia Britânica. Consultado em 14 de fevereiro de 2023 
  3. Samer Hamati. «PORQUE É IMPORTANTE UMA PERSPETIVA REGIONAL QUANDO ANALISAMOS CONFLITOS CIVIS NO MÉDIO ORIENTE E NO NORTE DE ÁFRICA?» (PDF). JANUS.NET, e-journal of International Relations. Consultado em 12 de fevereiro de 2023. A genealogia é importante entre as tribos árabes. Assim, é fundamental entender o parentesco entre as famílias reais da região. Hussein bin Ali, Xerife de Meca e líder dos haxemitas, aliou-se aos britânicos e rebelou-se contra os otomanos. Dois dos seus filhos tornaram-se reis: Faisal, da Síria, e posteriormente do Iraque, e Abdullah, da Jordânia. 
  4. «O Guarda-Costas de Amir Abdullah's Bodyguard em Camelos, de Uniforme Vermelho, Verde e Branco, Mais Longe, à Esquerda». World Digital Library. Abril de 1921. Consultado em 14 de julho de 2013 
  5. «Hoje na História: 1951 - Rei Abdullah I da Jordânia é assassinado em Jerusalém». Opera Mundi. Consultado em 12 de fevereiro de 2023 

Precedido por
Rei da Jordânia
1949-1951
Sucedido por
Talal da Jordânia