António Francisco Colaço
Nota: Este artigo é sobre o médico e político. Se procura o engenheiro agrónomo, veja Francisco Colaço do Rosário.António Francisco Colaço (Castro Verde, 6 de Março de 1866 - Lisboa, 21 de Dezembro de 1934) foi um médico e político português.
| António Francisco Colaço | |
|---|---|
| Nascimento | 6 de Março de 1866 Castro Verde |
| Morte | 21 de Dezembro de 1934 Lisboa |
| Nacionalidade |  Portugal
|
| Ocupação | Médico e político |
Biografia editar
Nasceu no concelho de Castro Verde,[1] em 6 de Março de 1866.[2] Era filho de António Francisco Colaço e Ana Jacinto Faleiro, um casal de proprietários agrícolas abastados.[1] Frequentou os estudos superiores em Lisboa, onde concluiu uma licenciatura em medicina.[1]
Regressou depois a Castro Verde, onde começou a exercer como médico.[1] Foi durante o seu período de estudante que se começou a interessar pelos ideais republicanos, tendo sido um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do Partido Republicano Português, tanto em Castro Verde como no Distrito de Beja.[1] Em 5 de Abril de 1908 foi candidato pelo distrito de Beja para o Parlamento, em 8 de Dezembro de 1908 foi eleito como primeiro suplente da Comissão Distrital de Beja do partido.[1] Continuou a ser uma figura dominante no partido após a Revolução de 5 de Outubro de 1910, que instaurou a república.[1]
Em 22 de Março de 1913 ingressou no Partido Unionista de Brito Camacho, e em Abril do mesmo ano tornou-se vogal na Comissão Distrital de Beja do partido.[1] Foi um dos principais responsáveis pela candidatura de António Aboim Inglês a deputado, em 16 de Novembro de 1913.[1] Deixou as principais esferas políticas na sequência da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, embora tenha mantido a sua influência a nível local, tendo afirmado Castro Verde como um dos centros do republicanismo mais conservador, durante o período da Primeira República.[1]
Exerceu igualmente como matemático, e distinguiu-se como fotógrafo amador,[3] tendo o seu laboratório de fotografia sido reconstituído no Museu da Ruralidade, em Entradas.[2]
Faleceu na cidade de Lisboa,[1] em 21 de Dezembro de 1934.[2]
Homenagens editar
O nome de António Francisco Colaço foi colocado em vários pontos do concelho de Castro Verde, incluindo um externato,[4] uma escola,[5] e uma rua.[6]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k PIÇARRA, 2010:116
- ↑ a b c «Fotodestaque» (PDF). Campaniço (104). Castro Verde: Câmara Municipal de Castro Verde. 2017. p. 14. Consultado em 19 de Novembro de 2023 – via Issuu
- ↑ «Fotodestaque». Campaniço (106). Castro Verde: Câmara Municipal de Castro Verde. 2018. p. 13. Consultado em 19 de Novembro de 2023 – via Issuu
- ↑ LEMOS, 2009:97
- ↑ «EB 2,3 de Castro Verde referenciada no PRR para obras de requalificação». Correio Alentejo. 17 de Novembro de 2023. Consultado em 19 de Novembro de 2023
- ↑ «Ata da reunião ordinária da Câmara Municipal de Castro Verde, realizada no dia 14 de Julho de 2022» (PDF). Câmara Municipal de Castro Verde. p. 7. Consultado em 19 de Novembro de 2023
Bibliografia editar
- LEMOS, Mário Matos e (2009). Candidatos da Oposição à Assembleia Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário (PDF). Alfragide: Assembleia da República e Texto Editores. ISBN 978-972-47-4024-9. Consultado em 19 de Novembro de 2023
- PIÇARRA, Constantino; MATEUS, Rui (2010). Beja: Roteiros Republicanos. Col: Roteiros Republicanos. Volume 6 de 16. Matosinhos: Quidnovi - Edição e Conteúdos, S. A. 128 páginas. ISBN 978-989-554-720-3
