Željko Ražnatović

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Zeljko Raznatovic (Brežice, 17 de abril de 1952Belgrado, 15 de janeiro de 2000) também conhecido como Arkan, nome adotado de um de muitos de seus passaportes falsos - foi um criminoso de guerra sérvio, cujas ações incluíam importação de petróleo para seu país (embargado pela ONU devido à guerra que desintegrou a Iugoslávia, no início dos anos 90). Sua tropa paramilitar, a Guarda Voluntária Sérvia, foi responsabilizada por diversos crimes de guerra na Croácia e na Bósnia e Herzegovina, matando cerca de 3 mil civis.[1][2]

Željko Ražnatović
Željko Ražnatović
Lápide do túmulo de Željko Ražnatović, Novo Cemitério de Belgrado
Apelido Arkan
Dados pessoais
Nascimento 17 de abril de 1952
Brežice, República Socialista da Iugoslávia
Morte 15 de janeiro de 2000
(47 anos)
Belgrado, República Federal da Jugoslávia
Cônjuge Ceca
Progenitores Pai: Veljko Ražnatović
Vida militar
País República Socialista Federativa da Iugoslávia
Função Político, Comandante, Gângster, Kickboxer
Unidade Guarda Voluntária Sérvia
Batalhas Guerra Civil Iugoslava
Guerra do Kosovo

Foi dirigente do clube de futebol Crvena Zvezda (Estrela Vermelha), comandando a divisão de sócios do clube. Em maio de 1990, envolveu-se num incidente em Zagreb (Croácia), quando o Estrela Vermelha enfrentou o Dinamo Zagreb. Num jogo marcado pela violência indiscriminada entre torcedores sérvios e croatas, ele teria incitado os primeiros a agredir os segundos, que por sua vez provocaram por diversas vezes os torcedores do Estrela Vermelha, que estando em minoria no estádio, apenas queriam assistir à partida em paz e segurança. Posteriormente adquiriu o FK Obilić, que se tornou campeão iugoslavo na temporada 1997/98.[2]

Também ganhou notoriedade por seu excêntrico casamento com a bela Svetlana "Ceca" Velickovic, cantora popular na Sérvia.[2] Com o fim dos conflitos, Arkan dedicou-se à política,[3] chegando inclusive a ser opositor de Slobodan Milosevic, o que o forçou a refugiar-se em Montenegro - sem deixar de lado, no entanto, as atividades lucrativas que lhe trouxeram fortuna. Como todo criminoso de guerra, Arkan possuía muitos inimigos, era também racista, promovendo uma limpeza étnica na Bósnia e Herzegovina. Foi morto a 15 de janeiro de 2000,[4] na frente de um de seus hotéis em Belgrado, por um homem encapuzado.[5]

Referências

  1. «Sérvia Rejeita corte da ONU». Jornal do Brasil, Ano CII, edição 322, seção Internacional, página 5/Republicado pela Biblioteca Nacional- Hemeroteca digital brasileira. 24 de fevereiro de 1993. Consultado em 25 de janeiro de 2014 
  2. a b c Felipe Schmidt (25 de janeiro de 2014). «Mundo Afora: casal polêmico provoca ascensão e queda do sérvio Obilic». Globoesporte.com. Consultado em 25 de janeiro de 2014 
  3. Mário Andrada e Silva (17 de abril de 1994). «Sérvia-Limpeza étnica». Jornal do Brasil, Ano CIV, edição 4, seção Internacional, página 18/Republicado pela Biblioteca Nacional- Hemeroteca digital brasileira. Consultado em 25 de janeiro de 2014 
  4. «Líder extremista sérvio é assassinado». Folha de S. Paulo, Ano 79, edição 25855, 1º caderno, seção Mundo, página 24. 16 de janeiro de 2000. Consultado em 25 de janeiro de 2014 
  5. «Arkan Dead». NPR. 15 de janeiro de 2000. Consultado em 25 de janeiro de 2014