Armando Soares

toureiro português

Armando Rodrigues Soares (Barreiro, 27 de outubro de 1935 - 12 de dezembro de 2020) foi um toureiro português. Recebeu o Prémio Bordalo (1964) na categoria "Tauromaquia"

Armando Soares
Nascimento 1935
Barreiro
Morte 12 de dezembro de 2020
Cidadania Portugal
Ocupação matador

Biografia editar

Armando Soares nasceu em 27 de outubro de 1935, no Barreiro (distrito de Setúbal).[1]

Armando Soares foi ensinado por mestre Patrício Cecílio, na Escola de Toureiro da Golegã.[2]

A estreia de Armando Soares, como novilheiro amador, em Portugal ocorreu em 1955.[1]

Rumando depois a Espanha, onde debutou em 28 de abril de 1956, na praça de Badajoz, numa novilhada sem picadores.[1] A 30 de setembro de 1962, na Real Maestranza de Sevilha, diante de um toiro de Concha y Sierra, recebeu a alternativa, apadrinhado por Miguel Mateo "Miguelin", ocasião em que cortou uma orelha.[1]

Em 15 de agosto de 1965, confirmou a alternativa em Las Ventas, Madrid, com touros de Moreno Yagë, tendo sido apadrinhado por José Martínez Limeño. Nessa época de 1965 efetuou 24 corridas. No ano seguinte, fez 20, e na temporada de 1968, participou em 23 corridas de touros.[1]

Armando Soares recebeu o Prémio Bordalo (1964), ou Prémio da Imprensa, enquanto "Matador de toiros", entregue pela Casa da Imprensa em 1965, na categoria "Tauromaquia" que também distinguiu o cavaleiro José Mestre Baptista e o Cabo dos Forcados de Santarém Ricardo Rhodes Sérgio[3]

Com actuações em Portugal, Espanha, França, África, México e Califórnia (EUA), Armando Soares vestiu-se de toureiro durante 38 anos, 26 dos quais como matador.[4]

Nos anos de 1975 e 1976, Armando Soares foi levado a tribunal por duas corridas de morte mas foi posteriormente indultado.[5]

A retirada oficial de Armando Soares deu-se a 6 de outubro de 1988, no lisboeta Praça de Touros do Campo Pequeno.[1]

Foi um dos fundadores, em 1992, da Escola de Toureio da Moita, onde deu aulas.[4][6]

Em 2005, foi apresentada a obra A tauromaquia no Barreiro – Uma figura: Armando Soares, um trabalho de investigação de Fernando Carvalho Mota inserido no projecto "Barreiro no Tempo", da Câmara Municipal do Barreiro.[7][8]

Em 2012, recebeu o VI Prémio Bacatum, entregue pela da revista Novo Burladero.[9]

Morreu em 12 de dezembro de 2020, aos 85 anos.[10]

Referências

  1. a b c d e f «Matadores : Armando Soares» (em espanhol). Sevilha. Consultado em 11 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 30 de abril de 2014 
  2. Patrício Cecílio (20 de fevereiro de 1973). «Um Dia com : Patrício Cecílio e Manuel dos Santos (12 min 50 s)». Arquivo RTP. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  3. «Prémios Bordalo». Em 1964 denominado "Prémio da Imprensa". Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  4. a b «Judiciária ignora denúncia». Correio da Manhã. 30 de novembro de 2007. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  5. José Bento Amaro (13 de setembro de 2001). «Pedrito de Portugal mata touro na praça da Moita». Público. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  6. «Suspeitas de abuso». Correio da Manhã. 14 de setembro de 2004. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  7. «Armando Soares evocação de uma vida». Rostos. 21 de agosto de 2005. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  8. BNP (21 de agosto de 2005). «A tauromaquia no Barreiro». Biblioteca Nacional de Portugal. ISBN 972-8946-02-3. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  9. «Prémio Bacatum». Novo Burladero. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  10. https://www.cm-tv.pt/atualidade/detalhe/morreu-o-toureiro-armando-soares-aos-85-anos