Aulo Semprônio Atratino (tribuno consular em 425 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Aulo Semprônio Atratino (desambiguação).

Aulo Semprônio Atratino (em latim: Aulus Sempronius Atratinus) foi um político da gente Semprônia nos primeiros anos da República Romana eleito tribuno consular por três vezes, em 425, 420 e 416 a.C. Aulo Semprônio era filho de Lúcio Semprônio Atratino, cônsul em 444 a.C., e neto de Aulo Semprônio Atratino, cônsul em 497 a.C. Era provavelmente o pai de Aulo Semprônio Atratino, mestre da cavalaria (magister equitum) em 380 a.C.[1].

Aulo Semprônio Atratino
Tribuno consular da República Romana
Tribunato 425 a.C.
420 a.C.
416 a.C.

Primeiro tribunato (425 a.C.)

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Em 425 a.C., Aulo Semprônio foi eleito tribuno consular pela primeira vez, com Lúcio Quíncio Cincinato, Lúcio Fúrio Medulino e Lúcio Horácio Barbato[2].

Neste ano foi firmada uma trégua de vinte anos com Veios, derrotada no ano anterior por Mamerco Emílio Mamercino à frente das muralhas de Fidenas, e uma outra de três anos com os équos[2].

Segundo tribunato (420 a.C.)

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Em 420 a.C., foi eleito novamente, desta vez com Marco Mânlio Vulsão e, novamente, e Lúcio Fúrio Medulino e Lúcio Quíncio Cincinato[3]

Neste ano não houve conflitos com os povos vizinhos, mas, na cidade, a tensão foi grande por causa da eleição dos questores, uma posição que até então era um apanágio dos senadores e que, com base numa nova lei, podia ter membros eleitos inclusive da plebe[3]. O processo, conduzido por Aulo Semprônio, leva à eleição de candidatos todos patrícios[3], o que provoca a ira dos tribunos da plebe Aulo Antíscio, Sexto Pompílio e Marco Canuleio[4]. Eles conseguem então condenar o primo de Aulo Semprônio, Caio Semprônio Atratino, cônsul em 423 a.C., pela má condução da guerra contra os volscos em 423 a.C. e obrigam-no a pagar uma multa de 15 000 asses[3].

Foi também em 420 a.C. que o processo contra virgem vestal Postúmia, acusada de má conduta, foi finalmente encerrado com sua absolvição[5].

Terceiro tribunato (416 a.C.)

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Aulo Semprônio foi eleito uma terceira vez, em 416 a.C., com Quinto Fábio Vibulano Ambusto, Espúrio Náucio Rutilo e Marco Papírio Regilano[6].

Este ano, como o anterior, foi caracterizado por um cenário externo tranquilo e tensões crescentes internamente por causa da questão agrária por parte dos tribunos da plebe Marco Metílio e Espúrio Mecílio.

Ver também

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Tribuno consular da República Romana
 
Precedido por:
Tito Quíncio Peno Cincinato III

com Marco Postúmio Albo Regilense
com Caio Fúrio Pácilo Fuso
com Aulo Cornélio Cosso

Lúcio Quíncio Cincinato II
425 a.C.

com Aulo Semprônio Atratino
com Lúcio Fúrio Medulino II
com Lúcio Horácio Barbato

Sucedido por:
Ápio Cláudio Crasso

com Lúcio Sérgio Fidenato II,
com Espúrio Náucio Rutilo
com Sexto Júlio Julo

Precedido por:
Numério Fábio Vibulano

com Tito Quíncio Capitolino Barbato

Lúcio Quíncio Cincinato III
420 a.C.

com Aulo Semprônio Atratino II
com Lúcio Fúrio Medulino III
com Marco Mânlio Vulsão

Sucedido por:
Agripa Menênio Lanato

com Espúrio Náucio Rutilo
com Caio Servílio Áxila I?
com Públio Lucrécio Tricipitino

Precedido por:
Agripa Menênio Lanato

com Caio Servílio Áxila II (III)?
com Públio Lucrécio Tricipitino
com Espúrio Vetúrio Crasso Cicurino

Quinto Fábio Vibulano Ambusto
416 a.C.

com Aulo Semprônio Atratino III
com Espúrio Náucio Rutilo II
com Marco Papírio Mugilano II

Sucedido por:
Públio Cornélio Cosso

com Numério Fábio Vibulano
com Caio Valério Potito Voluso
com Quinto Quíncio Cincinato


Referências

  1. Broughton 1951, p. 73.
  2. a b Lívio, Ab Urbe condita, IV, 35.
  3. a b c d Lívio, Ab Urbe condita, IV, 44.
  4. Broughton 1951, p. 70.
  5. Lívio, Ab Urbe condita IV, 44, 11-12
  6. Lívio, Ab Urbe condita IV, 4, 48.

Bibliografia

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  • T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas