João Inácio de Simas e Cunha

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João Inácio de Simas e Cunha (Santa Cruz da Graciosa, 26 de março de 1821 — Santa Cruz da Graciosa, 6 de setembro de 1896), 1.º e único barão de Guadalupe, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, advogado e presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da ilha Graciosa. Por alvará de 30 de janeiro de 1866 foi feito moço fidalgo da Casa Real com exercício no Paço.[1][2][3]

João Inácio de Simas e Cunha
Nascimento 26 de março de 1821
Santa Cruz da Graciosa
Morte 6 de setembro de 1896 (75 anos)
Santa Cruz da Graciosa
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação político

Biografia editar

Nasceu na vila de Santa Cruz da Graciosa no seio da melhor aristocracia local, filho do coronel João Inácio de Simas Cunha, que havia casado na ilha Graciosa, a 10 de abril de 1820, com Custódia Libânia de Bettencourt, filha do capitão-mor Bartolomeu Álvaro de Bettencourt e de sua mulher Joaquina da Corte Celeste da Silveira e irmã do barão da Fonte do Mato. Era neto paterno do homónimo capitão-mor João Inácio de Simas e Cunha, conhecido por o coronel velho, que havia casado a 29 de abril de 1798 com Maria Clara de Melo.[1]

Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se matriculou em 1839 e concluiu o curso em 23 de junho de 1845.[4] Começou por seguir a carreira da magistratura, sendo procurador régio em Ponta Delgada e primeiro juiz substituto do de direito em Angra do Heroísmo. Com o intuito de se fixar na ilha Graciosa, abandonou a carreira judicial e abriu banca de advogado e Santa Cruz da Graciosa. Apesar de ser senhor de extensas propriedades, não se limitou a administrar a sua casa, e para além da advocacia, exerceu uma bem sucedida actividade com empresário e dirigiu uma importante firma comercial,[1][2] a mais importante casa comercial que existia nesta vila, a qual primitivamente tinha a designação de João Inácio de Simas e Cunha & Companhia.

Também se dedicou à política e, durante mais de vinte anos, foi um influente autarca, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, e um dos principais caciques eleitorais da ilha, manobrando grande número de votos. A sua acção benemérita não se limitou a Santa Cruz, estendeu-se por toda a ilha da Graciosa, mandou construir cemitérios nas três freguesias rurais e procedendo a outros muitos melhoramentos.

Alargando a sua influência política, casou a 9 de abril de 1850, com D. Maria de Meneses Martins Pamploma Corte-Real, filha de Raimundo Martins Pamplona Corte-Real, fidalgo cavaleiro da casa real e comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, e de sua mulher D. Júlia de Meneses Lemos e Carvalho.[1]

Foi feito moço-fidalgo com exercício no Paço por alvará de 30 de janeiro de 1866 e por decreto de 15 de maio de 1874, do rei D. Luís, foi-lhe concedido o título de barão de Guadalupe.[5][6]

O barão de guadalupe é lembrado na toponímia da vila de Santa Cruz onde existe o «Largo Barão de Guadalupe».

Relações Familiares editar

Foi filho de João Inácio de Simas e Cunha e de D. Custódia Libânia de Bettencourt. Casou no dia 9 de abril de 1850 com D. Maria de Menezes Martins Pamplona Corte Real (4 de Setembro de 1832 -?) de quem teve uma filha:

  1. D. Ana de Menezes da Cunha e Simas da Silveira Bettencourt (18 de Fevereiro de 1896 -?) casada com D. José Maria Sieuve de Menezes, 3.º conde de Sieuve de Menezes.

Referências editar