A Batalha de Bilbao ou Batalha de Bilbau foi uma batalha que fez parte da Campanha do Norte, durante a Guerra Civil Espanhola, na qual o Exército Nacionalista capturou a cidade de Bilbau e as partes restantes do País Basco ainda sob controle da Segunda República Espanhola.

Batalha de Bilbao
Parte da Guerra Civil Espanhola

A Frente Norte. Bilbao está na direita da área vermelha
Data 12 de junho de 1937 - 19 de junho de 1937
Local Biscaia, norte de Espanha
Desfecho Vitória Nacionalista
Mudanças territoriais Os Nacionalistas capturaram Biscaia dos republicanos
Beligerantes
Segunda República Espanhola República Espanhola
Comunidade Autónoma do País Basco Exército Basco
Espanha Franquista Espanha Nacionalista
 Itália (CTV)
Comandantes
Segunda República Espanhola Mariano Gámir Ulíbarri
Segunda República Espanhola Juan Cueto Ibáñez Rendición
Segunda República Espanhola Pablo Belderráin
Segunda República Espanhola Joseph Putz
Segunda República Espanhola Nino Nanetti 
Espanha Franquista Fidel Dávila Arrondo
Espanha Franquista José Solchaga Zala
Espanha Franquista Rafael García Valiño
Espanha Franquista Juan Bautista Sánchez
Alemanha Nazista Wolfram Freiherr von Richthofen
Forças
50 mil tropas e milicianos 60.000 tropas Nacionalistas
15.000 tropas italianas
Baixas
Desconhecidas Espanha Nacionalista:
Desconhecidas
Itália: 105 mortos, 427 feridos e três desaparecidos

Antecedentes

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Bilbau era a capital da região Basca autónoma estabelecida pela República após o início da guerra. Esta autonomia fora pelo apoio dos Nacionalistas Bascos à República. O povo Basco na Espanha habita na sua maioria quatro províncias, Navarra, Álava, Guipúscoa e Biscaia. Os Nacionalistas Bascos exerciam o controlo destas duas últimas províncias. Navarra e Álava tinham unido-se aos Nacionalistas espanhóis contra a República.[1]

As tropas Nacionalistas Espanholas assumiram o controle de Guipúscoa no início da guerra com a queda de Irún em Agosto e a de San Sebastián em 13 de Setembro de 1936,[2] isolando o País Basco e o território no norte sob controle Republicano da fronteira Francesa. Em 31 de Março, os Nacionalistas, liderados pelo General Mola, lançaram uma ofensiva contra a província de Biscaia. As tropas Bascas tiveram que se retirar e em Junho as tropas Nacionalistas chegaram aos arredores de Bilbau.

A batalha

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Em 11 de Junho de 1937, as forças bascas tinham-se retirado para a cidade de Bilbau, a qual era defendida por uma série de fortificações chamadas "Anel de Ferro de Bilbau". O Anel de Ferro estava mal projectado para defesa[3] Era um conceito de defesa antiquado, semelhante ao das fortificações da Primeira Guerra Mundial, e por isso era vulnerável ás armas modernas de guerra da época, como aviões e artilharia, e dispondo de apenas 30 mil soldados para defendê-lo (tinha sido concebido para ser defendido por 70.000)-e portanto, o Anel de Ferro foi facilmente superado pelas forças Nacionalistas.[4][5]

O anel foi rompido por um assalto de infantaria apoiada por um bombardeamento aéreo e de artilharia (150 canhões e 70 bombardeiros). Em 12 de Junho, o Exército Republicano Espanhol lançou um ataque como manobra de diversão contra Huesca, a fim de interromper a ofensiva Nacionalista, mas os Nacionalistas continuaram o seu avanço. Na noite de 13 de Junho, os defensores evacuaram a maioria da população civil da cidade. Em 18 de Junho, o General Ulibarri retirou as suas restantes tropas de Bilbau e os Nacionalistas ocuparam a cidade no dia seguinte. As pontes da cidade tinham sido destruídas para impedir o avanço dos atacantes, mas a cidade permaneceu quase intacta.[6]

  1. Jackson, Gabriel (1965). The Spanish Republic and the Civil War, 1931–1939. [S.l.: s.n.] p. 384 
  2. Hugh Thomas (2001). The Spanish Civil War Rev. ed. Nova Iorque: Modern Library. p. 397. ISBN 0375755152 
  3. Gabriel Jackson, pp. 380-384.
  4. (em basco) Josu CHUECA:«Burdin Gerrikoa puskatuta», 36ko Gerra orain.
  5. (em castelhano) Imanol VILLA:«El Cinturón de Hierro», El Correo, 11 de fevereiro de 2007.
  6. Antony, Beevor (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936–1939. Londres: Penguin Books. p. 236. ISBN 014303765X