Otávio Henrique de Oliveira (Espírito Santo do Pinhal, 5 de dezembro de 1919[1]Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro.

Blecaute
Blecaute (cantor)
Blecaute em 1973.
Informação geral
Nome completo Otávio Henrique de Oliveira
Também conhecido(a) como General da Banda
Nascimento 5 de dezembro de 1919
Morte 9 de fevereiro de 1983 (63 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, RJ
Período em atividade 1933 – 1969

Era também conhecido pela alcunha de "General da Banda", devido a seu maior sucesso, a marcha de Carnaval homônima.

Biografia editar

Aos seis anos, órfão de pai e mãe, foi para São Paulo. Trabalhou como engraxate e jornaleiro.

Em 1933, participou do programa de calouros A Peneira de Ouro, na Rádio Tupi. Em 1941, já cantava na Rádio Difusora, adotando o nome artístico de Black-Out, mais tarde aportuguesado para Blecaute, sugerido por Capitão Furtado, que lia na imprensa diária sobre 'blackouts' na Inglaterra, o governo inglês cortava a energia elétrica para dificultar o bombardeamento da Luftwaft de Hitler contra Londres. Apesar de ser um apelido francamente racista devido a cor de Octavio, ele aceitou como já tinha aceitado coisas piores ainda anteriormente.

Em 1942, contratado pela Rádio Tamoio, foi para o Rio de Janeiro. Lá apresentou-se também na Rádio Mauá e na Rádio Nacional.

Em 1944 participou, como cantor, do filme Tristezas não Pagam Dívidas e gravou o primeiro disco, Eu agora Sou Casado.

O Carnaval de 1949 trouxe os grandes sucessos "O Pedreiro Valdemar" (de Wilson Batista e Roberto Martins) e "General da Banda" (Tancredo Silva, Sátiro de Melo e José Alcides), que lhe valeria a alcunha que carregaria para o resto da vida.

Em 1954, faria participações nos filmes Malandros em Quarta Dimensão, de Luiz de Barros, e O Rei do Movimento, de Victor Lima e Hélio Barroso.

Doente desde 1978, Blecaute faleceu no dia 9 de fevereiro de 1983, aos 63 anos, no Hospital Municipal Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardio-respiratória, após ficar uma semana internado. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, zona sul carioca.[2]

Discografia editar

  • Minha Tereza / Eu agora sou casado (1944) Continental
  • Opa.. Opa… / Dona Maria (1947) Continental
  • O Biriba esteve aqui / Carioca bonita (1948) Continental
  • Chegou a bonitona / Zing-zing-bum (1948) Continental
  • Vote! Que mulher bonita! / Que samba bom (1948) Continental
  • Pedreiro Waldemar / Desce, favela (1948) Continental
  • Moreninha, moreninha / Meu guarda-chuva (1949) Continental
  • Oito mulheres / Baiana Tereza (1949) Continental
  • Rei Zulu / O presidente chegou (1949) Continental
  • General da banda / Marcha do "O" (1949) Continental
  • Leilão de Ali Babá / Salve Mangueira (1949) Continental
  • Ave-Maria / Rosinha, vem cá (1950) Continental
  • Joãozinho boa-pinta / Meu doce de coco (1950) Continental
  • Ai cachaça / Papai Adão (1951) Continental
  • Borocochô / Onda vai, onda vem (1951) Continental
  • Dia dos namorados / O delegado quer prender o Antônio (1951) Continental
  • Mambo no samba / Fã número 1 (1951) Continental
  • Sujeito sem jeito / Televisão (1951) Continental
  • Borboleta dourada / Que coisa boa! (1951) Continental
  • Maria Candelária / Não dou cartaz (1951) Continental
  • Santo Antônio não gosta (1952) Continental
  • Pedido à São João / Calvário do amor (1952) Continental
  • Dona cegonha / Rico vai na chuva (1953) Continental
  • A banca do guarda / Não agüento essa mulher (1953) Continental
  • Santo Antonio sabe / Tim tim o lá lá (1953) RCA Victor
  • A dor que mais dói / Primeiro eu (1953) RCA Victor
  • Escravo da obrigação / Papagaio falador (1953) RCA Victor
  • Ai meu senhor / Piada de salão (1953) RCA Victor
  • Marina sapeca / Primeira valsa (1954) RCA Victor
  • Caridade / Cabrocha (1954) Copacabana
  • Batuque dos meninos / Samambaia pegou fogo (1954) Copacabana
  • Lágrimas / Maria Escandalosa (1955) Copacabana
  • Napoleão boa boca / Velha guarda (1955) Copacabana
  • Quem será? / Agarradinho (1955) Copacabana
  • Torcedor do Mengo (1955) Copacabana
  • Minha senhora / Ingrata Rosinha (1955) Copacabana
  • Linguagem do povo / Use a cabeça (1955) Copacabana
  • Natal das crianças / Noiva querida (1955) Copacabana
  • Ressurreição / Marcha das fãs (1956) Copacabana
  • Mulher é aquela / Maria Champanhota (1956) Copacabana
  • Vou-me embora Sá Dona / A vez do bobo (1956) Copacabana
  • Baião de Minas Gerais / A mulher do palhaço (1956) Copacabana
  • Mambo bacana / Carla (1956) Copacabana
  • Aquele amor / Lavadeira (1957) Copacabana
  • Inventor da mulata / Meu coração soluçou (1957) Copacabana
  • Ambição / Lá vem ela (1957) Copacabana
  • Mambo carioca / Triste recordação (1957) Copacabana
  • Canção da mamãe (1957) Copacabana
  • Se papai fosse eleito / História de sempre (1957) Copacabana
  • Decisão amarga / Rei dos reis (1957) Copacabana
  • Tô de prontidão / Serenou, serenou (1958) Copacabana
  • Chora, doutor / Volta Redonda (1958) Copacabana
  • Está chegando o General / Rebola Feola (1958) Copacabana
  • Um romance em Brasília / Samba do play-boy (1959) Odeon
  • Natal de Jesus / Feliz Ano Novo (1959) Odeon
  • É pra todo muno cantar (1959) Odeon LP
  • Banho diferente / A sogra vem aí (1960) Copacabana
  • Sem mulata é fogo / Balançou, balançou (1960) Polydor
  • Rosa errante / Quero morrer no Rio (1960) Polydor
  • Samba da cor (1961) Copacabana
  • Acabou a sopa / Direitos iguais (1961) Copacabana
  • Mulher toda hora / A casa oficial (1961) Copacabana
  • Maria Brasília (1961) Carnaval
  • Na boca do povo (1962) Polydor LP
  • Carnavália (1968) Museu da Imagem e do som LP
  • Carnaval-Sua história e sua glória, vol nº 9 (1993) Revivendo CD
  • Carnaval-Sua história e sua glória, vol nº 11 (1994) Revivendo CD

Referências

Ligações externas editar

Bibliografia editar

  • Enciclopédia da Música Popular Brasileira. São Paulo: Publifolha, 2000, pág. 73.
  Este artigo sobre um cantor é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.