Buraco do Lume
A Praça Mário Lago, anteriormente chamada Praça Melvin Jones, e popularmente conhecida como Buraco do Lume, é uma praça situada no Centro[1] da cidade do Rio de Janeiro, próximo ao largo da Carioca e de sua estação de metrô. O Buraco do Lume é considerado um lugar tradicional de manifestação política, principalmente de partidos de esquerda.[2][3] Às segundas-feiras é ocupado por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto às sextas é ocupado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Buraco do Lume | |
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Tipo | praça |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Centro, Rio de Janeiro - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pelo IRPH |
Homenageado | Mário Lago |
História editar
Em fins da década de 1990, uma lei do vereador Eliomar Coelho, então no PT, mudou o nome da praça, com o fim de homenagear Mário Lago — advogado, poeta, radialista, letrista e ator — porém os prefeitos Cesar Maia e Luiz Paulo Conde jamais ratificaram a decisão da Câmara, que só foi efetivada, em 2009, no mandato de Eduardo Paes, quando a placa do logradouro com o novo nome foi finalmente instalada.
Na praça existe um monumento em homenagem ao Lions Clube do Brasil, uma organização internacional voltada para atividades humanistas, fundada por Melvin Jones.
O nome "Buraco do Lume" deveu-se à uma curiosidade. No final da década de 1950, a empresa Lume Empresarial comprou vários imóveis no lado ímpar da rua São José para levantar sua imponente sede, um arranha-céu de mais de 20 pavimentos que daria frente tanto para a rua São José quanto para avenida Nilo Peçanha. Mas o inusitado ocorreu, a Lume (que deixou pouquíssimos registros de sua história) faliu e as obras de sua projetada sede se resumiam então nos tapumes abandonados ocupando uma área nobre um enorme buraco, escavado para as fundações e garagem do prédio. O povo logo apelidou o canteiro de obras abandonado de "Buraco do Lume", que convivia com a moderna e valorizada Esplanada do Castelo e restos da cidade colonial, que ali permanecia nos velhos sobrados da rua de São José, formando um enclave numa zona que se modernizava.[4]
Estátua de Marielle Franco editar
Foi inaugurada em 27 de julho de 2022, a estátua da ex-veradora Marielle Franco — assassinada com o motorista Anderson Gomes, em 2018 — com o punho esquerdo fechado e erguido para cima. A obra é assinada pelo escultor Edgar Duvivier, foi feita em bronze e em tamanho real, ou seja, 1,75 metros de altura.[5]
“ | Ir ao ateliê do Edgar e ver a obra ainda no barro foi muito emocionante, ter visto o brilho nos olhos dos meus pais, da Luyara (filha de Marielle). Eu também fiquei muito emocionada em olhar para ela. Nada disso estaria acontecendo se ela estivesse aqui. A gente preferiria mil vezes que fosse ela e não uma estátua | ” |
— Anielle, irmã de Marielle, sobre a obra, [5] |
Referências
- ↑ Barbosa, Antônio Agenor (22 de novembro de 2008). «Mulher Filé, Política e Espaço Público». Overmundo. Consultado em 27 de julho de 2022
- ↑ «Chico Alencar registra compromisso em cartório no Rio». Último Segundo. 11 de julho de 2008. Consultado em 23 de julho de 2009 [ligação inativa]
- ↑ «Ato de encerramento mobiliza militância no Rio». JusBrasil. Consultado em 23 de julho de 2009 [ligação inativa]
- ↑ «Buraco do Lume, anos 70». Foi um Rio que passou. 27 de novembro de 2007. Consultado em 27 de julho de 2022
- ↑ a b Araujo, Camila (26 de julho de 2022). «Centro do Rio ganha estátua de Marielle esculpida pelo pai do humorista Gregório Duvivier». Extra. Consultado em 27 de julho de 2022