Cangiante é um dos quatro cânones de pintura do Renascimento. A palavra deriva do italiano cangiare ("para mudar").[1] O cangiante é caracterizado pelas alterações de matizes durante as variações de tonalidade. O pintor pode mudar, por exemplo, da cor amarela para a cor vermelha (independentemente da cor real do objeto) ao pintar as sombras de um objeto, simplesmente porque o amarelo a ser usado não pode se tornar suficientemente escuro.

O profeta Daniel do teto da Capela Sistina (Renascimento).
Natureza morta de Renoir, a sombra do prato e as projetadas na mesa são roxas. (Impressionismo)

Há, certamente, outros métodos de representação das sombras, mas, muitas vezes, os procedimentos disponíveis (misturando a tonalidade original com preto ou marrom) tornavam a cor da sombra opaca. É preciso também ter em mente que, na Renascença, a variedade de cores disponíveis era muito limitada.

O maior expoente desta técnica foi Michelangelo, a qual pode ser vista no teto da Capela Sistina. Na imagem do profeta Daniel, por exemplo, o uso do cangiante está na transição do verde para o amarelo nas vestes do profeta.[2]

A técnica encontrou ampla aceitação e é agora uma técnica padrão dentro da pintura. É possível vê-la em uso no Impressionismo (sombras roxas, violetas ou azuladas) e no Fauvismo (sombras de cores diferentes da cor do objeto).

Ver também

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Referências

  1. Hall, Marcia (1994). Color and Meaning: Practice and Theory in Renaissance Painting. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-45733-0  (em inglês)
  2. Renaissance for real, Michelangelo's Cangiantismo, acessado em 09 de outubro de 2014. (em inglês)
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