Carlos Zara

engenheiro, ator e diretor brasileiro

Antônio Carlos Zarattini, mais conhecido como Carlos Zara (Campinas, 14 de fevereiro de 1930São Paulo, 11 de dezembro de 2002), foi um engenheiro, ator e diretor brasileiro.[1] Era irmão do militante político e também engenheiro civil Ricardo Zarattini (1935-2017).[2]

Carlos Zara
Carlos Zara
Carlos Zara ao centro durante a peça Vestido de Noiva (1958). Arquivo Nacional
Nome completo Antônio Carlos Zarattini
Nascimento 14 de fevereiro de 1930
Campinas, SP
Morte 11 de dezembro de 2002 (72 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Anita Zarattini
Pai: Ricardo Zarattini
Cônjuge Meire Nogueira (c. 1965–68)
Eva Wilma (c. 1979–2002)
Filho(a)(s) Carlos Eduardo Zarattini
Ocupação engenheiro, ator e diretor
Período de atividade 1956—2002

Biografia

editar

Seus pais, Ricardo Zarattini e Annita (nascida Torresan) Zarattini, eram filhos de imigrantes italianos.[3] Cumpriu o Serviço Militar Obrigatório no 1º Batalhão de Carros de Combate Leve em Campinas, no ano de 1949.

Chegou a estudar piano por oito anos, formou-se em engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, mas foi nos palcos que achou seu caminho. Enquanto estudante, fez parte do Grupo de Teatro da Poli. Estreou no teatro em 1958, com a peça Uma cama para três.[2]

Depois da estreia nos palcos, Zara foi parar nos estúdios da TV Record, em 1956. Em 1959 participou do teleteatro da TV Tupi e do musical Lábios de Fogo, ao lado de Vera Nunes.[4]102 Um ano depois, a convite da Record, aceitou o desafio de encenar e dirigir clássicos da literatura no Grande Teatro Record. Em 1963 foi chamado para fazer parte do elenco da TV Excelsior. E nesta emissora que, em 1967, fez um de seus papéis mais marcantes: o Capitão Rodrigo, personagem da adaptação para a TV do romance O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo.

Atuou em mais de 30 telenovelas e minisséries, 26 peças teatrais e quatro filmes, entre eles Pra frente, Brasil (1981) e Lamarca (1994). Na Rede Globo atuou em Pai Herói, Baila Comigo, Elas por Elas, Direito de Amar, Sassaricando, Lua Cheia de Amor, Anos Rebeldes, Mulheres de Areia, Pátria Minha e Cara e Coroa, entre outras. Talvez seu trabalho mais marcante na emissora carioca tenha sido o seu primeiro, em Pai Herói, de Janete Clair, onde viveu o mau-caráter César Reis, que tiranizava a esposa Carina (Elizabeth Savalla) e que era o principal antagonista de André (Tony Ramos). Seu último trabalho na TV foi ao lado de sua mulher e também atriz Eva Wilma - com quem foi casado por 23 anos - no seriado Mulher (1998/99). Os dois se conheceram nos bastidores da TV Tupi, na década de 1970, quando fizeram juntos a novela Mulheres de Areia

Lançamento da biografia de Carlos Zara

Em 2006 a Coleção Aplauso lança a sua biografia, de autoria de Tânia Carvalho.[2][5]

Morreu aos 72 anos de idade, em decorrência de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória provocadas por um câncer de esôfago, após passar cinco dias internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele estava sob os cuidados dos médicos Drauzio Varella e Wagner Ibraim Pereira. O câncer, descoberto em agosto de 2001, estava sendo tratado com sessões de radioterapia e quimioterapia.

Carreira

editar

Na televisão

editar

Como ator

editar

Participações especiais

editar

No cinema

editar

Como diretor

editar

Referências

  1. "Carlos Zara". Memória Globo
  2. a b c CARVALHO, Tania. Carlos Zara - Paixão em quatro atos. Coleção Aplauso. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.
  3. «Carlos Zara é homenageado em Campinas com nome de praça no bairro Ponte Preta». SP Virtual. 20 de dezembro de 2007. Consultado em 2 de janeiro de 2013 
  4. PACE, Eliana. Vera Nunes - Raro Talento. Coleção Aplauso. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.
  5. «Morre aos 72 anos o ator Carlos Zara». Globo. Consultado em 24 de janeiro de 2016 

Ligações externas

editar
  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.