Ciclone Humba
Ciclone tropical Humba | |
Ciclone tropical (Escala SWIO) | |
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Ciclone tropical categoria 1 (SSHWS) | |
O ciclone Dora perto de seu pico de intensidade, como um ciclone tropical anular. | |
Formação | 20 de Janeiro de 2007 |
Dissipação | 4 de Março de 2007 |
Ventos mais fortes | sustentado 10 min.: 140 km/h (85 mph) sustentado 1 min.: 150 km/h (90 mph) |
Pressão mais baixa | 960 hPa (mbar); 28.35 inHg |
Fatalidades | Nenhuma |
Danos | Nenhum |
Áreas afectadas | Nenhuma |
Parte da Temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2006-07 | |
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O ciclone tropical Humba (designação do JTWC: 16S; também conhecido simplesmente como ciclone Humba) foi um intenso ciclone tropical que esteve ativo durante o final de Fevereiro 2007 no Oceano Índico sudoeste. Sendo o décimo primeiro ciclone tropical e o oitavo sistema tropical nomeado da temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2006-07, Humba formou-se de uma perturbação tropical ao norte das Ilhas Cocos em 20 de Fevereiro e seguiu para o sudoeste e atingindo o seu pico de intensidade com ventos máximos sustentados de 150 km/h, segundo o JTWC, ou 140 km/h, segundo o CMRE de Reunião. No fim de Fevereiro, Humba se enfraqueceu e encontrando condições desfavoráveis, tornou-se um ciclone extratropical em 26 de Fevereiro, dissipando-se completamente em 4 de Março.
Como o ciclone manteve-se distante da costa, Humba não causou fatalidades ou prejuízos.
História meteorológica
editarA área de convecção que viria dar origem ao ciclone Humba foi observada pela primeira vez em 18 de Fevereiro, a cerca de 460 km a norte das Ilhas Cocos, pequeno grupo de ilhas a sudoeste da Indonésia pertencente a Austrália.[1] No dia seguinte, o Centro de Aviso de Ciclone Tropical de Perth, Austrália, observou a formação de uma baixa tropical (i.e. depressão tropical).[2] Praticamente ao mesmo tempo, o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) começou a monitorar o sistema como uma perturbação tropical. Naquele momento, o sistema já apresentava um centro ciclônico de baixos níveis, embora grande e desorganizado. Os fluxos externos de altos níveis associados ao sistema estavam bons, principalmente nos lados meridional e setentrional do sistema, causado por um anticiclone de altos níveis, que também provia pouco cisalhamento do vento.[3] Com a consolidação do sistema, o JTWC emitiu um alerta de formação de ciclone tropical (AFCT) durante a noite (UTC) de 20 de Fevereiro, mencionando sobre a possibilidade do sistema se tornar um ciclone tropical significativo dentro de 24 horas.[2] Por volta do meio-dia (UTC) de 21 de Fevereiro, com a contínua melhora dos fluxos externos e com a diminuição adicional do cisalhamento do vento,[2] o JTWC emitiu seu primeiro aviso regular sobre o ciclone tropical 16S. Naquele momento, o centro do ciclone localizava-se a cerca de 1.745 km de Diego Garcia, Território Britânico do Oceano Índico.[4]
Praticamente ao mesmo tempo, ao Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião começou a monitorar o sistema como uma perturbação tropical assim que o sistema, seguindo para oeste-sudoeste, cruzou o meridiano 90°L, deixando a área de responsabilidade do CACT de Perth para adentrar a sua área de responsabilidade.[5] O sistema continuava a se intensificar continuamente[6] e o CMRE de Reunião classificou a perturbação para uma depressão tropical, atribuindo-lhe a designação 11R, no começo da madrugada de 22 de Fevereiro.[5] Seguindo, na maior parte de seu ciclo de vida, para sudoeste devido à influência de uma alta subtropical ancorada sobre a Austrália Ocidental[2] o sistema continuou a se fortalecer gradualmente,[7] tornando-se uma tempestade tropical moderada no começo da madrugada (UTC) de 23 de Fevereiro.[5] Naquele momento, o CMRE de Reunião atribuiu ao sistema o nome Humba,[5] que foi submetido à lista de nomes de ciclones do Oceano Índico sudoeste pela Tanzânia.[2] Seguindo numa trajetória semelhante a uma parábola para sudoeste, Humba continuava a se intensificar lentamente[8] e o CMRE de Reunião classificou Humba como uma tempestade tropical severa durante a manhã (UTC) de 24 de Fevereiro,[5] e como um ciclone tropical 12 horas depois,[5] observado que um olho irregular formou-se no centro das principais áreas de convecção associadas ao sistema.[9] No começo da madrugada de 25 de Fevereiro, Humba alcançou o seu pico de intensidade, com ventos máximos sustentados de 150 km/h, segundo o JTWC,[10] ou 140 km/h, segundo o CMRE de Reunião. Naquele momento, o centro de Humba localizava-se a cerca de 1.655 km a leste-nordeste de Rodrigues.[5]
A partir de então Humba começou a se enfraquecer devido a aproximação de um cavado de altos níveis, o que induziu num aumento do cisalhamento do vento e na diminuição dos fluxos externos.[2] Durante a noite de 25 de Fevereiro, Humba enfraqueceu-se para uma tempestade tropical severa.[5] Com o grande aumento do cisalhamento do vento e com a diminuição significativa da temperatura da superfície do mar, Humba começou a sofrer transição extratropical, completada durante a tarde de 26 de Fevereiro, momento em que Humba já era totalmente um ciclone extratropical.[5] Algumas horas antes, o JTWC já tinha emitido seu aviso final sobre Humba.[11] O CMRE de Reunião continuou a monitorar o sistema extratropical de Humba até o começo de 4 de Março, quando seus ventos mais intensos ficaram abaixo da intensidade de 'ventania' na escala de Beaufort. Naquele momento, o centro de Humba localizava-se a cerca de 2.230 km a sudoeste de Perth, Austrália.[5]
Preparativos e impactos
editarComo o ciclone manteve-se distante da costa durante todo o seu período de Existência, Humba não provocou qualquer tipo de impacto. Nenhuma estação meteorológica ou navio registrou a sua passagem. Portanto, nenhuma fatalidade ou prejuízo foi atribuído à passagem de Humba.[2]
Ver também
editarReferências
- ↑ http://www.nrlmry.navy.mil/tc-bin/tc_display.cgi?BASIN=SHEM&STORM_NAME=16S.HUMBA&STATUS=inactive&ACTION=Latest_Photos&ACTIVES=None&MOSAIC_SCALE=20&PHOT=No&ATCF_BASIN=sh&USE_THIS_DIR=/TC/tc07/SHEM/16S.HUMBA/CloudSat&PROD=89&CGI=TC&SUB_PROD=2degreeticks&ARCHIVE=all&SIZE=Thumb&TYPE=amsub&NAV=tc&DIR=/TC/tc07/SHEM/16S.HUMBA/amsub/89/2degreeticks&YR=07&ATCF_YR=2007&YEAR=2007&ATCF_FILE=/data/www/atcf_web/public_html/image_archives/2007/sh162007.07030112.gif&MO=MAR&AGE=Previous&CURRENT_ATCF=sh162007.07030112.gif&ATCF_NAME=sh162007&ATCF_DIR=/data/www/atcf_web/public_html/image_archives/2007&STYLE=frames
- ↑ a b c d e f g http://australiasevereweather.com/cyclones/2007/summ0702.htm
- ↑ ftp://ftp.met.fsu.edu/pub/weather/tropical/GuamStuff/2007022018-ABIO.PGTW[ligação inativa]
- ↑ http://www.nrlmry.navy.mil/atcf_web/docs/warnings/2007/sh162007.07022106.wrn
- ↑ a b c d e f g h i j http://www.meteo.fr/temps/domtom/La_Reunion/TGPR/saison20062007/11_table.html
- ↑ ftp://ftp.met.fsu.edu/pub/weather/tropical/Seychelles/2007022206-FMEE
- ↑ ftp://ftp.met.fsu.edu/pub/weather/tropical/Seychelles/2007022306-FMEE
- ↑ ftp://ftp.met.fsu.edu/pub/weather/tropical/Seychelles/2007022406-FMEE
- ↑ ftp://ftp.met.fsu.edu/pub/weather/tropical/Seychelles/2007022500-FMEE
- ↑ https://metocph.nmci.navy.mil/jtwc/atcr/2007atcr/2007atcr.pdf
- ↑ http://www.nrlmry.navy.mil/atcf_web/docs/warnings/2007/sh162007.07022612.wrn