Complexo imune, imunocomplexo ou complexo anticorpo-antígeno são formados quando os linfócitos B aumentam a produção de anticorpos contra um determinados antígenos ou quando há um excesso de antígenos. Múltiplos anticorpos, especialmente IgG e IgM se ligam ao determinante antigênico (epítopo) formando longas cadeias insolúveis.

A proporção de antígenos e anticorpos limita o tamanho do complexo imune.

Complexos antígeno-anticorpo podem ativar a maturação de células dendríticas e promover o desenvolvimento de células T citotóxicas e células de memória contra antígenos tumorais. Além de atuar como opsoninas (atraindo fagócitos para digerir o antígeno), podem ativar C1q desencadeando a via clássica do sistema complemento.[1]

Patologias editar

Normalmente, os complexos imunes insolúveis que se formam são ingeridos pelas células fagocíticas do sistema imunitário ou carregados por hemácias, mas quando há desequilíbrio na proporção de antigênio-anticorpo ou falha na sua limpeza, os complexos imunes se depositam nos tecidos e induzem ativação do sistema complemento, causando inflamação localizada e lesões dos tecidos (reação de hipersensibilidade tipo 3). Geralmente se depositam nas articulações, rins e baço.[2]

Grandes depósitos de complexos imunes são uma característica proeminente de diversas doenças autoimunes, incluindo lúpus eritematoso sistêmico, crioglobulinemia, artrite reumatóide, escleroderma e síndrome de Sjögren.[3]

Referências

  1. Goldsby, Richard (2002). Immunology. Macmillan. p. 381. ISBN 9780716749479.
  2. http://www.els.net/WileyCDA/ElsArticle/refId-a0001118.html
  3. Wallace, Daniel, ed. (2004). The New Sjogren's Syndrome Handbook. Oxford University Press. p. 68. ISBN 9780198038481.