Contos Eróticos

filme brasileiro

Contos Eróticos é um filme brasileiro de pornochanchada, lançado no ano de 1977, composto por quatro estórias originalmente publicadas na revista Status, e dirigido por Eduardo Escorel, Roberto Santos, Joaquim Pedro de Andrade e Roberto Palmari. Por conta do episódio Vereda tropical, a película foi censurada por dois anos, sendo liberada em 1979.

Contos Eróticos
 Brasil
1977 •  cor •  100 min 
Gênero comédia
pornochanchada
Direção Eduardo Escorel et alli
Elenco Cristina Aché, Cláudio Cavalcanti, Lima Duarte, Joana Fomm, Carlos Galhardo
Idioma português

Episódios e censura editar

Contos Eróticos era composto por quatro narrativas sensuais filmadas, segundo a crítica, de "modo burocrático" - o que teria tirado dos episódios a sua vivacidade.[1]

Arroz e Feijão editar

Baseado em conto de Sérgio Toni, foi dirigido por Roberto Santos. Narra a história de um rapaz do interior que vai para São Paulo e acaba tendo envolvimento com a mulher de um caminhoneiro que lhe fornece comida.[1]

As Três Virgens editar

Direção de Roberto Palmari, sobre conto de Yara Ramos Ribeiro. Retrata a decadência da aristocracia paulistana, ambientando uma jovem moça que mora num casarão com três velhas tias.[1]

O Arremate editar

Dirigido por Eduardo Escorel, com base na história de Aécio Flávio Consolin, retrata a sociedade patriarcal rural, onde o proprietário da terra age também como dono de sua filha.[1]

Vereda Tropical editar

Conto de Pedro Maia Soares, é dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. Narra a preferência sexual do protagonista por melancias.[1]

Este episódio foi objeto de pedido de censura, em julho de 1977, sendo considerada uma "aberração". O pedido é acolhido, e o órgão federal encarregado do veto libera somente a cena final do episódio, em que aparece o cantor Carlos Galhardo, sem qualquer associação com o restante do filme.[2]

Após várias instâncias e recursos, finalmente o Departamento de Censura libera o filme sem os cortes desse episódio, em outubro de 1979, para um público maior que dezesseis anos, sob argumento de que “Absurdo se nos afigura o corte do episódio Vereda tropical, uma comédia quase escrachada, não tendo, em nenhum momento, preocupação de induzir o espectador a ter relações amorosas com uma melancia”.[2][3]

Elenco editar

Referências

  1. a b c d e SIQUEIRA, Sérvulo (1981). «Cópia arquivada». Filme Cultura. Consultado em 1 de novembro de 2009. Arquivado do Crítica original Verifique valor |url= (ajuda) em 18 de março de 2009 
  2. a b Guerra tropical contra a censura, PINTO, Leonor E. Souza, acessado em novembro de 2009
  3. Este trecho, reproduzido por PINTO, constitui-se em documento público da Censura Federal - em domínio público, portanto.