Custódia da Terra Santa

A Custódia da Terra Santa (em latim: Custodia Terræ Sanctæ) é uma instituição católica que tem por objetivo proteger e zelar pelos locais cristãos na Terra Santa.[2] Está sediada no Convento de São Salvador, em Jerusalém.[3]

Custodia Terræ Sanctæ
Custódia da Terra Santa
Brasão
Fundação 1217 (807 anos)
Estado legal Ativa
Propósito Custodiar os lugares sagrados do cristianismo na Terra Santa.
Sede Jerusalém,  Israel
Membros Franciscanos
Filiação Igreja Católica
Custódio Itália Fr. Francesco Patton
Fundadores Francisco de Assis
Papa Clemente VI
Empregados 300 frades[1]
Antigo nome Província da Terra Santa
Sítio oficial pt.custodia.org

Atualmente a Custódia trabalha em Israel, Palestina, Jordânia, Síria, Líbano, Egito e nas ilhas do Cipro e Rodi.[1]

Além do trabalho dos franciscanos, por meio da Custódia da Terra Santa, os monumentos históricos do cristianismo, bem como os cristãos residentes na Terra Santa, também recebem cuidados de outras instituições como o Patriarcado Latino de Jerusalém[4], a Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém.[5], a Igreja Apostólica Armênia e Igreja Ortodoxa Grega[6] além da própria Santa Sé.[7] Conta-se também o trabalho de voluntários de todo o mundo.[8]

História editar

A Custódia da Terra Santa surge praticamente junto com a Ordem dos Frades Menores, em 1217. Francisco de Assis em peregrinação à Terra Santa, entrou em diálogo com o sultão Camil, em Damieta, Egito, tentando não só convencê-lo a permitir a presença dos Franciscanos em Jerusalém, como também convertê-lo, sem sucesso, ao cristianismo.[1]

Com a criação da Ordem Franciscana, frades são enviados para diversos cantos do mundo visando criar as Províncias franciscanas. Na Terra Santa, criou-se a chamada Província da Terra Santa.[9] A comprovação documental da presença de franciscanos na Terra Santa se dá com uma bula papal de Gregorio IX datada de 1º de fevereiro de 1230. Bula esta que recomendava aos Patriarcas de Antioquia e de Jerusalém, aos Núncios da Santa Sé, a todos os Arcebispos e Bispos, aos Abades, aos Priores, aos Superiores, aos Decanos, aos Arcediaconos e a todos os Prelados da Igreja os quais teriam contato com a Bula, de acolher e favorecer em todos os modos a Ordem dos Frades Menores.[10]

Em 21 de novembro de 1342, com as bulas Gratias Agimus e Nuper Carissimæ, o Papa Clemente VI reconhece jurídicamente a existência da província franciscana na Terra Santa e institui a Custódia da Terra Santa, existente até os dias atuais.[9]

A fundação e reconhecimento da Custódia se dá não só pela manutenção dos monumentos considerado sacros pelos cristãos, mas também para que sirvam como referência arquitetônica dos templos da época de Jesus Cristo.[11]

Galeria editar

Ver também editar

Referências

  1. a b c Paolucci, Corrado. (10 de maio de 2014). Por que a Terra Santa é custódia franciscana?. Aleteia.
  2. «A importância da Custódia da Terra Santa.». Revista Terra Santa. 16 de maio de 2016 
  3. Papa reza o Regina Coeli na primeira sede da Igreja. Canção Nova.
  4. Mission Arquivado em 26 de agosto de 2017, no Wayback Machine.. Latin Patriarchate of Jerusalem.
  5. Pinchiari, Marcos R. (16 de junho de 2012). «Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém». Folha do ABC 
  6. Laguette, Vivien. (22 de março de 2017). Completion of work at the Holy Sepulcher: inauguration scheduled for March 22. Christian Information Centre.
  7. Santa Sé: ajudas em favor das basílicas Natividade e Santo Sepulcro. Rádio Vaticano.
  8. Voluntários com os franciscanos da Terra Santa. Comissariado da Terra Santa.
  9. a b O período da fundação da Custódia da Terra Santa. Página oficial.
  10. O Arquivo Histórico da Custódia da Terra Santa. Christian Media Center
  11. Moore, Kathryn B. (2017). The Architecture of the Christian Holy Land: Reception from Late Antiquity through the Renaissance. (PDF). Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 9781107139084 

Ligações externas editar