Cymatium raderi

espécie de molusco

Cymatium raderi é uma espécie de molusco gastrópode marinho, encontrada no oeste do Atlântico tropical, pertencente à família Cymatiidae.[2] Foi classificada por D'Attilio & Myers, em 1984[1], com Honduras citada como região de coleta de seu tipo nomenclatural; também coletadas em Dry Tortugas e Tobago.[3] Nas religiões de matriz africana do Brasil, a espécie é utilizada como ornamento no altar de Oxumarê.[4]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCymatium raderi
Vista superior da concha de C. raderi. Espécime proveniente da região nordeste do Brasil.
Vista superior da concha de C. raderi. Espécime proveniente da região nordeste do Brasil.
Vista inferior da concha de C. raderi. Espécime proveniente da região nordeste do Brasil.
Vista inferior da concha de C. raderi. Espécime proveniente da região nordeste do Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Tonnoidea
Família: Cymatiidae
Género: Cymatium
Röding, 1798[1]
Espécie: C. raderi
Nome binomial
Cymatium raderi
D'Attilio & Myers, 1984[1]
Sinónimos
Cymatium etcheversi Macsotay & Campos, 2001[1]

Descrição da concha editar

Conchas de até 24[5] ou 25[6] centímetros de comprimento, quando desenvolvidas, com coloração de amarelo-castanha a castanho-avermelhada, fortemente esculpidas por um relevo de cordões espirais nítidos; dotadas de mais de uma variz, 3 por volta, e com o lábio externo engrossado, sulcado de manchas castanhas e brancas. Espiral mais ou menos alta, com 8 a 9 voltas. Apresentam um opérculo castanho, menor que sua ampla abertura.[2][6][7][8][9][10]

Distribuição geográfica e habitat editar

Esta espécie está distribuída pelo golfo do México, Bahamas e mar do Caribe até a costa venezuelana e brasileira, do Amapá ao sul da região nordeste do Brasil (Bahia).[1][7][11] Ocorre em bentos da zona nerítica até os quase 50[5] metros de profundidade.

Diferenciação entre espécies editar

Cymatium raderi pode ser confundida com outra espécie em sua área de ocorrência, Cymatium femorale (Linnaeus, 1758); porém sua concha é geralmente maior e suas varizes não apresentam calosidades ou projeções espinescentes. Por um longo período ambas as espécies estiveram confundidas.[3][12][13]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d e «Cymatium raderi D'Attilio & Myers, 1984» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  2. a b RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 88. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  3. a b Lee, Harry G. «Good Work Ultimately Reaps Its (His) Reward» (em inglês). Jacksonville Shell Club. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  4. Léo Neto, Nivaldo A.; Voeks, Robert; Dias, Thelma; Alves, Rômulo (março de 2012). «Mollusks of Candomblé: Symbolic and ritualistic importance» (em inglês). ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 4 de fevereiro de 2020. Mollusks used in Candomble temples, including uses, symbolism, and liturgy. 
  5. a b «Cymatium raderi D'Attilio & Myers, 1984» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  6. a b «Cymatium (Cymatium) raderi» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  7. a b Miller, Jim. «Cymatium raderi D'Attilio and Myers, 1984» (em inglês). Jacksonville Shell Club. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  8. Cali, R. M. Garcia (25 de setembro de 2012). «Cymatium raderi, vista superior» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de dezembro de 2018 
  9. Cali, R. M. Garcia (25 de setembro de 2012). «Cymatium raderi, vista lateral» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de dezembro de 2018 
  10. Cali, R. M. Garcia (25 de setembro de 2012). «Cymatium raderi, vista inferior» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de dezembro de 2018 
  11. «Cymatium raderi D'Attilio & Myers, 1984». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  12. Miller, Jim. «Cymatium raderi D'Attilio and Myers, 1984 (left) / Cymatium femorale (Linnaeus, 1758) (right)» (em inglês). Jacksonville Shell Club. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  13. «RANELLIDAE - Cymatium raderi x Cymatium femorale» (em inglês). Femorale. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019