Descristianização da França durante a Revolução Francesa

Série de políticas anticlericais durante o período da Revolução Francesa

Descristianização da França durante a Revolução Francesa trata-se de que como foi convencionada chamar o resultado de uma série de políticas conduzidas por vários governos da França entre o início da Revolução Francesa em 1789 e a Concordata de 1801, formando a base de uma política de Estado que prezasse a laicidade.[1][2] O objetivo da campanha entre 1790 e 1794 ia desde a apropriação pelo Estado dos grandes latifúndios e das grandes quantias de dinheiro em poder da Igreja Católica romana até o fim da prática religiosa cristã e do a própria religião.[3]

A Revolução Francesa começou inicialmente com ataques à corrupção da Igreja e à riqueza do alto clero, uma ação com a qual até mesmo muitos cristãos podiam se identificar, já que a Igreja detinha um papel dominante no contexto da França pré-revolucionária.[4] Durante um período de dois anos conhecido como o Reinado do Terror, os episódios de anticlericalismo tornaram-se mais violentos do que qualquer outro na história da Europa moderna. As novas autoridades revolucionárias suprimiram a Igreja, aboliram a monarquia católica, nacionalizaram as propriedades da Igreja, exilaram 30.000 padres e mataram centenas mais.[5][6] Em outubro de 1793, o calendário cristão adotado até então pela França foi substituído por um contado a partir da data da Revolução, e foram marcadas as Festas da Liberdade, da Razão e do Ser Supremo. Novas formas de religião moral surgiram, incluindo o Culto do Ser Supremo, o Culto da Razão, a Teofilantropia e o Culto Decadário, com o governo revolucionário ordenando brevemente a observância do primeiro em abril de 1794 e do último em setembro de 1798.[7][3][8][9]

Igreja Católica sob a monarquia editar

Antes de 1789 editar

Na França do século XVIII, a grande maioria da população aderiu à Igreja Católica, pois o catolicismo era desde a revogação do Édito de Nantes em 1685 a única religião oficialmente permitida no reino.[10] Apesar do Édito, minorias de protestantes franceses (principalmente huguenotes e luteranos alemães na Alsácia) e judeus viviam na França no início da Revolução francesa. O Edito de Versalhes, comumente conhecido como o Edito da Tolerância, foi assinado por Luís XVI em 7 de novembro de 1787 e não deu aos não católicos na França o direito de praticar abertamente suas religiões, mas apenas os direitos ao status legal e civil, que incluía o direito de contrair casamento sem ter que se converter à fé católica.[11] Ao mesmo tempo, pensadores libertinos popularizaram o ateísmo e o anticlericalismo.[12]

O Antigo Regime institucionalizou a autoridade do Clero no porte de primeiro estado, abaixo apenas do Rei.[13] Como o maior proprietário de terras do país, a Igreja Católica controlava propriedades que forneciam enormes receitas de seus inquilinos. A Igreja também tinha uma enorme receita com a coleta de dízimos.[14] Como a Igreja mantinha o registro de nascimentos, óbitos e casamentos e era a única instituição que fornecia hospitais e educação em algumas partes do país, tendo assim capilaridade na França em locais que até mesmo o Estado francês não conseguia atender de maneira devida.[14]

Entre 1789 e 1792 editar

 
Livro com escritos e instruções relativas à Revolução Francesa, escrito pelo Papa Pio VI em 1798.

Um marco da Revolução francesa foi a abolição dos privilégios dos primeiro e segundo estamento na noite de 4 de agosto de 1789.[15] Em particular, aboliu os dízimos recolhidos pelo clero católico.[16]

Progressos do ponto de vista religiosos foram alcançado com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão promulgada em 1789.[17] No seguinte excerto é possível notar à liberdade religiosa na França:[18]

No dia 10 de Outubro de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte apoderou-se dos bens e terrenos da Igreja Católica e decidiu vendê-los como assignats, título de empréstimo emitido pelo Tesouro em 1789, cujo valor estava associado aos bens nacionais.[19]

Em 12 de julho de 1790, a Assembleia aprovou a Constituição Civil do Clero que subordinava a Igreja Católica na França ao governo francês.[20] O documento, não foi aceito pelo Papa e outros clérigos de alto escalão em Roma.[20]

Postura política da Revolução com as religiões editar

 
Culto da Razão, Catedral de Notre-Dame de Paris, 10 de novembro de 1973.

O programa de descristianização travado contra o catolicismo e incluiu:

  • destruição de estátuas, placas e outras iconografias de locais de culto;[19]
  • destruição de cruzes e sinos de igrejas;[19]
  • a instituição de cultos revolucionários e cívicos, incluindo o Culto da Razão e posteriormente o Culto do Ser Supremo (primavera de 1794).[21]

Um evento especialmente notável que ocorreu durante a descristianização da França foi o Culto da Razão, realizado na Catedral de Notre Dame em 10 de novembro de 1793.[8]

A campanha de descristianização pode ser vista como a extensão lógica das filosofias materialistas de alguns líderes do Iluminismo, como Voltaire, enquanto para outros com preocupações mais prosaicas, ela forneceu uma oportunidade para desencadear ressentimentos contra a Igreja Católica (no espírito de anticlericalismo convencional) e seu clero.[22][23][24]

A Revolução e a Igreja editar

 
Culto do Ser Supremo, 8 de junho de 1794.
 
Templo da razão.
 
Quadro de Jacques François Joseph Swebach-Desfontaines - Saque de uma igreja durante a Revolução - Museu Carnavalet.

Em agosto de 1789, o Estado francês cancelou o poder tributário da Igreja.[16] A questão da propriedade da Igreja tornou-se central para as políticas do novo governo revolucionário. Declarando que todas as propriedades da Igreja na França pertenciam à nação, os confiscos foram ordenados e as propriedades da Igreja foram vendidas em leilão público.[25]

Em julho de 1790, a Assembleia Nacional Constituinte publicou a Constituição Civil do Clero que despojava os clérigos de seus direitos especiais - o clero deveria ser empregado do Estado, eleito por sua paróquia ou bispado, e o número de bispados deveria ser reduzido — e exigia que todos os padres e bispos fizessem um juramento de fidelidade à nova ordem ou enfrentariam demissão, deportação ou morte.[20]

Os padres franceses precisavam da aprovação papal para assinar tal juramento, e o Papa Pio VI passou quase oito meses deliberando sobre o assunto.[26] No dia 13 de abril de 1791, o Papa denunciou a Constituição, resultando em uma divisão na Igreja Católica francesa. Mais de cinquenta por cento tornaram-se padres abjurados ("jurados"), também conhecidos como "clero constitucional", e padres não-jurados como "clero refratário".[27]

Em setembro de 1792, a Assembleia Legislativa apoiou pautas progressistas, como a legalização o divórcio, contrariando a doutrina católica.[28] Ao mesmo tempo, o Estado tirou da Igreja o controle dos registros de nascimento, óbito e casamento.

Uma visão cada vez maior de que a Igreja era uma força contrarrevolucionária exacerbou as queixas sociais e econômicas e a violência irrompeu em vilas e cidades por toda a França.[29]

Em Paris, durante um período de quarenta e oito horas a partir de 2 de setembro de 1792, enquanto a Assembleia Legislativa (sucessora da Assembleia Nacional Constituinte) se dissolvia no caos, três bispos da Igreja e mais de duzentos padres foram massacrados por multidões enfurecidas; isso constituiu parte do que ficaria conhecido como Massacres de setembro.[30][31]

As leis anticlericais foram aprovadas pela Assembleia Legislativa e sua sucessora, a Convenção Nacional, bem como pelos conselhos departamentais em todo o país. Muitos dos atos de descristianização em 1793 foram motivados pela apreensão do ouro e da prata da Igreja para financiar os ideais revolucionários.[32] Em novembro de 1793, o conselho do departamento de Indre-et-Loire aboliu a palavra dimanche (português: domingo).[33] O calendário gregoriano, instrumento decretado pelo Papa Gregório XIII em 1582, foi substituído pelo calendário republicano francês que aboliu o sábado, os dias santos e quaisquer referências à Igreja. A semana de sete dias passou a ser de dez dias.[34] Logo ficou claro, no entanto, que nove dias consecutivos de trabalho eram demais e que as relações internacionais não poderiam ser realizadas sem o retorno ao sistema gregoriano, que ainda era usado em todos os lugares fora da França.[35] Consequentemente, o calendário gregoriano foi reimplementado em 1795.[34]

Desfiles anticlericais foram realizados, e o arcebispo de Paris, Jean-Baptiste-Joseph Gobel, foi forçado a renunciar a suas funções e obrigado a substituir sua mitra pelo Barrete frígio.[36] Nomes de ruas e lugares com qualquer tipo de conotação religiosa foram alterados, como a cidade de Saint-Tropez, que tornou-se Héraclée.[37] Os feriados religiosos foram banidos e substituídos por feriados para celebrar a colheita e outros símbolos não religiosos. Muitas igrejas foram convertidas em "templos da razão", nos quais eram realizados cultos deístas.[34] A população local muitas vezes resistiu a essa descristianização e forçou os membros do clero que haviam renunciado a celebrar a missa novamente.[34]

Robespierre e o Comitê de Segurança Pública denunciaram os descristianizadores como inimigos estrangeiros da Revolução e estabeleceram sua própria nova religião. Este Culto do Ser Supremo, sem as supostas "superstições" do Catolicismo, suplantou tanto o Catolicismo quanto o rival Culto da Razão. Ambas as novas religiões tiveram vida curta. Apenas seis semanas antes de sua prisão, em 8 de junho de 1794, o ainda poderoso Robespierre liderou pessoalmente uma vasta procissão por Paris até o Jardins das Tulherias em uma cerimônia para inaugurar a nova fé.[9] Sua execução ocorreu pouco depois, em 28 de julho de 1794.[38]

No início de 1795, um retorno a alguma forma de fé baseada na religião estava começando a tomar forma e uma lei aprovada em 21 de fevereiro de 1795 legalizou o culto público, embora com limitações estritas.[19] Continuavam proibidos o toque dos sinos das igrejas, as procissões religiosas e as exibições da cruz cristã.[19]

Até 1799, os padres ainda estavam sendo presos ou deportados para colônias penais. A perseguição só piorou depois que o exército francês liderado pelo general Louis-Alexandre Berthier capturou Roma no início de 1798, declarou uma nova república romana e também prendeu o papa Pio VI, que morreria em cativeiro em Valence, na França, em agosto de 1799.[39] No entanto, após Napoleão tomar o controle do governo no final de 1799, a França entrou em negociações de um ano com o novo Papa Pio VII, resultando na Concordata de 1801. Isso encerrou formalmente o período de descristianização e estabeleceu as regras para um relacionamento entre a Igreja Católica e o Estado francês.[40]

Organização da Igreja editar

Sob ameaça de morte, prisão, recrutamento militar e perda de renda, cerca de vinte mil padres constitucionais foram forçados a abdicar e entregar suas cartas de ordenação, e de seis mil a nove mil deles concordaram ou foram coagidos a se casar. Muitos abandonaram completamente seus deveres pastorais.[3] No entanto, alguns dos que abdicaram continuaram secretamente a ministrar ao povo.[3]

No final da década, aproximadamente trinta mil padres foram forçados a deixar a França, e várias centenas dos que não saíram foram executados.[23] A maioria das paróquias francesas ficou sem os serviços de padre e privada dos sacramentos. Qualquer padre que não jurasse enfrentava a guilhotina ou a deportação para a Guiana Francesa.[3] Na Páscoa de 1794, poucas das quarenta mil igrejas da França permaneciam abertas; muitos foram fechadas, vendidas, destruidas ou convertidas para outros usos.[3]

As vítimas da violência revolucionária, religiosa ou não, eram tratadas popularmente como mártires cristãos, e os locais onde eram mortas tornavam-se destinos de peregrinação.[3] A catequese em casa, a religião popular, as práticas sincréticas e heterodoxas tornaram-se mais comuns.[3] Os efeitos de longo prazo na prática religiosa na França foram significativos.[3] Muitos que foram dissuadidos de suas práticas religiosas tradicionais nunca as retomaram.[3]

Ver também editar

Referências

  1. 1857-1927., Chénon, Emile, (1913). Histoire des rapports de l'église et de l'État du 1er au XXème siècle. [S.l.]: Bloud et cie. OCLC 14450962 
  2. Saborit, Ignasi Terradas (2009). Religiosidade na Revolução Francesa. [S.l.]: Centro Edelstein 
  3. a b c d e f g h i j Tallett, Frank (1 de julho de 1991). Religion, Society and Politics in France since 1789 (em inglês). [S.l.]: A&C Black 
  4. Beales, Derek (2003). Cottret, Monique; Forster, Marc R.; McManners, John; Ward, W. R., eds. «The French Church and the Revolution». The Historical Journal (1): 211–218. ISSN 0018-246X. Consultado em 29 de março de 2023 
  5. Kamm, Henry (20 de fevereiro de 1984). «POPE BEATIFIES 99 MARTYRS OF REIGN OF TERROR». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2015 
  6. de Courson, Comtesse (1920). «Some Martyrs of the French Revolution». The Irish Monthly (565): 341–349. ISSN 2009-2113. Consultado em 29 de março de 2023 
  7. Kennedy, Emmet (1989). A cultural history of the French Revolution. Internet Archive. [S.l.]: New Haven : Yale University Press 
  8. a b Saborit, Ignasi Terradas (2009). Religiosidade na Revolução Francesa. [S.l.]: Centro Edelstein 
  9. a b Vilma Gryzinski (16 de setembro de 2019). «Notre-Dame: entre dramas, atriz no lugar de Nossa Senhora | Mundialista». Veja. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  10. «Revogação do Édito de Nantes em França». RTP Ensina. 2017. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2019 
  11. Veyl, Raul Salvador Blasi; Couto, Maria Laura Tolentino Marques Gontijo (26 de dezembro de 2019). «Tolerância Religiosa na França do século XVIII: a noção de superstição em Voltaire». Revista de Ciências do Estado (2): 1–15. ISSN 2525-8036. doi:10.35699/2525-8036.2019.15111. Consultado em 30 de março de 2023 
  12. Réville, Jean (1905). «Anticlericalism in France». The American Journal of Theology (4): 605–620. ISSN 1550-3283. Consultado em 30 de março de 2023 
  13. «Revolução Francesa». Repositório de Material Didático para o Ensino de História. Universidade Federal de Alfenas. 2017. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2020 
  14. a b «Catholicism in France». Universidade de Harvard (em inglês). Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 21 de outubro de 2022 
  15. Sutherland, D. M. G. (2002). «Peasants, Lords, and Leviathan: Winners and Losers from the Abolition of French Feudalism, 1780-1820». The Journal of Economic History (1): 1–24. ISSN 0022-0507. Consultado em 30 de março de 2023 
  16. a b «Decrees of 4 August 1789». Universidade Columbia. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 25 de maio de 2015 
  17. Desan, Suzanne (1988). «Redefining Revolutionary Liberty: The Rhetoric of Religious Revival during the French Revolution». The Journal of Modern History (1): 2–27. ISSN 0022-2801. Consultado em 30 de março de 2023 
  18. «DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 1789» (PDF). Universidade Federal de Santa Maria. Consultado em 30 de março de 2023 
  19. a b c d e Betros, Gemma (2010). «The French Revolution and the Catholic Church». History Today. Consultado em 27 de março de 2023. Cópia arquivada em 18 de março de 2023 
  20. a b c Valente, Augusto (26 de dezembro de 2018). «26 de dezembro de 1790». Deutsche Welle. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 23 de junho de 2017 
  21. Blakemore, Erin (15 de abril de 2019). «The Notre-Dame Cathedral Was Nearly Destroyed By French Revolutionary Mobs». History. Consultado em 3 de abril de 2023. Cópia arquivada em 16 de abril de 2019 
  22. «Voltaire vs. Religion». The New York Times (em inglês). 26 de agosto de 1990. ISSN 0362-4331. Consultado em 3 de abril de 2023. Cópia arquivada em 13 de novembro de 2009 
  23. a b Lewis, Gwynne (novembro de 2002). The French Revolution: Rethinking the Debate (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  24. Arkush, Allan (1993). «Voltaire on Judaism and Christianity». AJS Review (2): 223–243. ISSN 0364-0094. Consultado em 3 de abril de 2023 
  25. Kropotkin, Peter. «The great French revolution, 1789-1793». In Defence of Marxism (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 14 de junho de 2022 
  26. Carneiro, Pedro Erik (7 de julho de 2016). «Just War Tradition and the Popes: From Pius X to Francis». Revista Brasileira de Estudos de Defesa (1). ISSN 2358-3932. doi:10.26792/rbed.v3n1.2016.61708. Consultado em 10 de abril de 2023 
  27. «Civil Constitution of the Clergy». Oxford Reference (em inglês). doi:10.1093/oi/authority.20110803095614278;jsessionid=3292371414060fefacb73414b36bf7fc. Consultado em 10 de abril de 2023 
  28. «Divorce and Women in France». Universidade de Ohio. 20 de fevereiro de 1999. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 27 de maio de 2011 
  29. Garrett, Clarke (1994). «The Myth of the Counterrevolution in 1789». French Historical Studies (3): 784–800. ISSN 0016-1071. doi:10.2307/286692. Consultado em 10 de abril de 2023 
  30. «September Massacres | French history [1792]». Encyclopædia Britannica, Inc. (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2023 
  31. «Massacre at the Monastery - Parcours Révolution, Paris». Parcours Révolution (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 21 de janeiro de 2023 
  32. Lewis, Gwynne (novembro de 2002). The French Revolution: Rethinking the Debate (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  33. «Interdiction de la chasse le dimanche: pourquoi les élus écolos dénoncent le «lobby» qui a «l'oreille attentive de l'Élysée»?». CharenteLibre.fr (em francês). Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  34. a b c d Shaw, M. (1 de março de 2001). «Reactions to the French Republican Calendar». French History (1): 4–25. ISSN 0269-1191. doi:10.1093/fh/15.1.4. Consultado em 10 de abril de 2023 
  35. «Como papa católico mudou calendário há 440 anos». BBC News Brasil. 5 de março de 2022. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 6 de março de 2022 
  36. «Gregorius Magnus - Spring 2021 - Edition No. 11 by gregoriusmagnus - Issuu». Gregorius Magnus (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2023 
  37. Israel, Jonathan (22 de setembro de 2015). Revolutionary Ideas: An Intellectual History of the French Revolution from The Rights of Man to Robespierre (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press 
  38. Sergio Paulo Rouanet (1996). «A deusa Razão». Artepensamento - Instituto Moreira Salles. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 15 de outubro de 2021 
  39. Eugenio Russomanno (24 de junho de 2016). «PIO VI. Prisioneiro da Revolução Francesa - OS PAPAS NA HISTÓRIA». Revista Passos. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 10 de abril de 2023 
  40. Thiesen, Victor Dias (26 de setembro de 2018). «Napoleão: A raiz do acordo China-Vaticano (com vídeo)». Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 10 de abril de 2023