Em psicologia, disposição designa a tendência, relativamente estável no tempo, que uma pessoa apresenta de se comportar de determinada maneira em determinadas situações. Uma disposição se diferencia, no entanto, do simples comportamento: este se modifica constantemente e é imediatamente observável, enquanto aquela é uma característica ou traço de personalidade que se infere a partir da observação da regularidade de determinado comportamento de uma pessoa.[1] O conceito de disposição é, assim, central para a psicologia da personalidade.

Asendorpf (2004) amplia esse conceito de "disposição comportamental" e apresenta, baseado na heterogênea literatura da psicologia da personalidade, uma classificação das disposições:[1]

  • Disposições de comportamento (em sentido amplo) (ex. temperamento);
  • Disposições ligadas à ação - referem-se a comportamentos que são realizados de maneira voluntária, deliberada ou intencional;
  • Disposições de valoração ou juízo - referem-se à tendência de a pessoa julgar determinadas ações, objetos, objetivos, pensamentos de determinada maneira em determinadas situações;
  • Disposições voltadas à própria pessoa (a si-mesmo) - refere-se à tendência de a pessoa ver e julgar a si mesma em determinadas situações.

Esses diferentes tipos de disposições são tratadas com maior detalhe no artigo personalidade.

Em sociologia

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Em sociologia, as disposições são estruturas cognitivas dos indivíduos que orientam ou mesmo determinam suas ações em um determinado contexto.

Em filosofia

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Em filosofia, o termo disposição pode ser entendido como tendência, propensão, capacidade e assim por diante. Em Aristóteles, corresponde aproximadamente ao conceito de dunamis. Segundo a filosofia analítica, as disposições têm um importante papel no entendimento das leis da natureza. Disposicionalismo é a ideia de que as disposições dos objetos (por exemplo, a disposição de um copo de vidro se quebrar, se cair no chão) constituem um conjunto de propriedades específicas e ontologicamente importantes dos objetos (tanto os universais como os tropos).[2]

Ver também

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Referências

  1. a b Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit. Berlin: Springer.
  2. Stanford Encyclopedia of Philosophy: "Dispositions"

Bibliografia

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  • Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit. Berlin: Springer. ISBN 3 540 66230 8.
  • Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon. ISBN 0 2055 2262 9.
  • Dalgalarrondo, Paulo (2000). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes médicas. ISBN 85-7307-595-3.
  • Friedman, Howard S. & Schustack, Miriam (2003).Teorias da personalidade. Prentice Hall Brasil. ISBN 8587918508.