Dulcídio do Espírito Santo Cardoso

político brasileiro

Dulcídio do Espírito Santo Cardoso (LapaParaná, 5 de novembro de 1896Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1978) foi um militar e político brasileiro. Foi secretário de Segurança Pública entre 1937 e 1938, como major, como prefeito do então Distrito Federal entre 1952 e 1954, como coronel, de 1950 a 1954.

Dulcídio do Espírito Santo
Dulcídio do Espírito Santo Cardoso
Secretário da Segurança Pública do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 1937
a 1º de janeiro de 1937 de 1938
34.º Prefeito do Distrito Federal
Período 12 de dezembro de 1952
a 4 de setembro de 1954
Dados pessoais
Nome completo Dulcídio do Espírito Santo Cardoso
Nascimento 5 de novembro de 1896
Lapa, PR
Morte 14 de fevereiro de 1978 (81 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)
Partido PTB
Profissão militar, político
Serviço militar
Lealdade  Brasil
Serviço/ramo Brasão do Exército Brasileiro Exército Brasileiro
Anos de serviço 1915–1958
Graduação General de Brigada
Condecorações Ordem do Mérito Aeronáutico

Biografia editar

Filho do general-de-brigada Augusto Inácio do Espírito Santo Cardoso e de Ana Fernandes Cardoso e irmão do também general Ciro do Espírito Santo Cardoso. Era primo-tio do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1915 matriculou-se na Escola Militar de Realengo, de onde saiu em 1918 como aspirante-a-oficial da arma de cavalaria. Em 1924 começou a cumprir 14 meses de prisão, por conta de sua participação na Revolução de 1924. Em maio de 1933 assumiu a direção do Departamento Geral de Educação, vinculado ao Ministério de Educação e Saúde. A convite de Getúlio Vargas, assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em 1937. Foi vice-presidente do PTB, e secretário-geral do interior do prefeito João Carlos Vital, a quem substituiu em 12 de dezembro de 1952.

Em sua gestão, aprovou a ligação das ruas Barata Ribeiro e Raul Pompéia, através do túnel, chamado Sá Freire Alvim, aberto sob o Morro do Cantagalo, começaram as obras do Aterro do Flamengo, que criaram vias expressas ligando o Centro à Copacabana, o Túnel do Pasmado, dentre outros projetos.

Criou também uma comissão para as favelas, a qual decide não mais fazer remoções sem ter lugar alternativo para abrigar as famílias e ao mesmo tempo decide reforçar a vigilância, primeiro contra novas construções nas favelas já existentes e, logo depois contra o surgimento de favelas novas. As favelas, no entanto, continuaram crescendo.

Em 24 de outubro de 1951, foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito Aeronáutico[1].

Participou também ativamente da vida social do Estado do Rio. Chegou a comandar uma comissão julgadora do baile de fantasia do Teatro Municipal, em 1954.

Após o suicídio de Vargas, entregou seu cargo ao presidente Café Filho, que nomeou Alim Pedro para substituí-lo, em 4 de setembro de 1954. Em agosto de 1958 foi nomeado general-de-brigada.

Vida Pessoal editar

Em 1952 e 1953, teve um caso amoroso com a famosa cantora portuguesa Ester de Abreu, que mereceu fortes reportagens na imprensa e em revistas especializadas. Ficaram até noivos, porém, durou apenas dois anos. Dulcídio também foi casado com Hortência Barreto Cardoso, com quem teve dois filhos, e em segundas núpcias com Maria Beatriz Shalomon do Espírito Santo Cardoso.

Morte editar

Dulcídio faleceu no Rio de Janeiro no dia 14 de fevereiro de 1978 aos 81 anos de idade.

Ligações externas editar

Referências

Precedido por
João Carlos Vital
Prefeito do Distrito Federal (1889-1960)
1952 — 1954
Sucedido por
Alim Pedro
Precedido por
Inácio da Costa Ferreira
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo
29 de novembro de 1937 — 10 de julho de 1938
Sucedido por
Álvaro Figueiredo Guião