Edelmira Inés Mórtola

geóloga e professora universitária argentina

Edelmira Inés Mórtola (Berazategui, 21 de janeiro de 1894Buenos Aires, 28 de maio de 1973) foi uma geóloga, pesquisadora e professora universitária argentina.

Edelmira Inés Mórtola
Nascimento 21 de janeiro de 1894
Berazategui, Argentina
Morte 28 de maio de 1973 (79 anos)
Buenos Aires, Argentina
Residência Argentina
Nacionalidade argentina
Alma mater Universidade de Buenos Aires (graduação e doutorado)
Prêmios Premio Pellegrino Strobel (1918)
Orientador(es)(as) Enrique Hermitte
Instituições Universidade de Buenos Aires
Campo(s) Geologia e mineralogia
Tese Rocas alcalinas básicas del Sur del Chubut (1920)[1]

Primeira geóloga da Argentina, foi também a primeira mulher a obter um doutorado em Ciências Naturais com ênfase em geologia pela Universidade de Buenos Aires. Destacou-se como professora universitária e pesquisadora na área de mineralogia. Por sua dedicação e trabalho universitária o Museu de Mineralogia da universidade leva hoje seu nome.[2]

Biografia editar

Edelmira nasceu na cidade de Berazategui, na Argentina, em 1894. Formou-se no Liceo Nacional de Señoritas de Buenos Aires em 1912, onde trabalhou como professora, seguindo para a Universidade de Buenos Aires, na Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, onde se formou em Ciências Naturais. Em 1918 era geóloga assistente do Diretório Nacional de Minas e Geologia, sendo a primeira mulher a desempenhar tal função na instituição.[2]

Por obter a maior média entre os colegas de graduação, Edelmira recebeu o Premio Pellegrino Strobel e menção honrosa da universidade.[3]Em 1920 defendeu seu doutorado, Rocas alcalinas básicas del sur de Chubut, com orientação do professor Enrique Hermitte, primeira análise de rochas da região. Escreveu um livro chamado Noções de Mineralogia[4], em 1930, que se tornaria o primeiro livro-texto do curso da universidade, sendo editado e republicado várias vezes ao longo das décadas.[5]

Em 1924, tornou-se chefe de trabalhos de campo e laboratoriais da Cátedra de Mineralogia da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, de onde se aposentou como professora titular, tendo formado gerações de novos geólogos argentinos. Foi responsável ainda pela organização do Museu de Mineralogia que hoje leva seu nome. Nele se encontram espécimens minerais coletados por Edelmira na região da Patagônia.[6]

Aposentadoria editar

Edelmira se aposentou da universidade em 1960. Ela morreu em 28 de maio de 1973, em Buenos Aires, aos 74 anos.[5]

Prêmios editar

  • Premio Pellegrino Strobel em 1918, por desempenho universitário ao se graduar com a maior média da turma.[5]

Referências

  1. «Rocas alcalinas básicas del Sur del Chubut». Repositorio Digitales. Consultado em 6 de março de 2022 
  2. a b «Pioneros de la Mineralogía y Metalogenia en Argentina». La enciclopedia de ciencias y tecnologías en Argentina. Consultado em 6 de março de 2022 
  3. «Dra. Edelmira Mórtola». Museo de Mineralogía. Consultado em 6 de março de 2022 
  4. «Museo de Mineralogía "Dra. Edelmira Mórtola"». Universidade de Buenos Aires. Consultado em 6 de março de 2022 
  5. a b c «Edelmira Mórtola, la primera geóloga argentina». Universidade de Buenos Aires. Consultado em 6 de março de 2022 
  6. Raúl E. de Barrio (ed.). «Panorama histórico de la Mineralogía en la Argentina, ca. 1880-1950» (PDF). Museo de Mineralogía. Consultado em 6 de março de 2022