Edifício Docas de Santos

O Edifício Docas de Santos, também conhecido como RB46, é uma edificação construída no início do século XX, um dos primeiros edifícios da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco) e serviu de sede para a Companhia Docas de Santos. O edifício está localizado no Centro, bairro da cidade do Rio de Janeiro. É um patrimônio histórico nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na data de 28 de julho de 1978, sob o processo de nº 976-T-1978 e é um patrimônio histórico estadual, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), na data de 25 de maio de 2006, sob o processo de nº E-18/001.919/2005. Atualmente sedia a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[1][2][3]

Edifício Docas de Santos
Edifício Docas de Santos
Tipo Edifício
Estilo dominante Eclético
Arquiteto Ramos de Azevedo
Início da construção 1905
Fim da construção 1908
Inauguração 28 de janeiro de 1908 (116 anos)
Restauro 2019
Proprietário inicial Companhia Docas de Santos
Função inicial Sede empresarial
Função atual Sede de órgão público
Geografia
País  Brasil
Cidade Rio de Janeiro

História editar

O Edifício Docas de Santos teve o início da construção no ano de 1905 e foi inaugurado em 28 de janeiro de 1908, sendo projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e construído pela empresa Antônio Jannuzzi, Irmãos & Cia, a pedido da Companhia Docas de Santos, com intuito de sediar a empresa, que ficou instalada no prédio até o ano de 1920. Entre 1920 e 1930, o edifício ficou desocupado. De 1930 até o ano de 1941, serviu como sede da Companhia Cessionária Docas do Porto da Bahia e entre 1941 e 1956, o edifício foi alugado para a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Por sete anos a edifício ficou desocupado novamente, e entre os anos de 1963 e 1986, a Companhia Docas de Santos retorna para o edifício. Em 1986, o edifício passou a ser a sede da Fundação Pró-Memória (que em conjunto com a Secretaria do Patrimônio, originou a atual IPHAN).[1][3][4][5]

No ano de 2019, iniciou o processo de restauro do edifício, com um investimento de treze milhões de Reais do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.[2]

Arquitetura editar

Edificação de arquitetura estilo eclético, foi construída com cinco pavimentos em uma área de 666 metros quadrados. Sua estrutura perimetral é de alvenaria e a estrutura central é de ferro, recebeu nos dois primeiros pavimentos o trabalho de cantaria e nos outros três pavimentos foi utilizado tijolos. As vigas de aço e chassis em fonde para o telhado, foram importados da Inglaterra, as peças de ferro para o tracejado do telhado e barrotes para o fosso do edifício, vieram da Alemanha e telhas e tijolos vieram da França.[1][4]

Na fachada, a porta principal é de madeira de Jacarandá com entalhes feitos por Manoel Tunes, foi construída com 4,30 metros de altura.[1]

Na parte interna do edifício, há pinturas de autoria de Benno Traidler e de Del Bosco, as escadas e elevadores são de ferro fundido. No piso foi utilizado mármore Carrara e madeira de lei.[1][2][4]

Referências

  1. a b c d e «Rio de Janeiro - Sede da Companhia Docas de Santos». Ipatrimonio. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Consultado em 23 de setembro de 2021 
  2. a b c «Começa restauração da fachada do Edifício Docas de Santos, sede do Iphan-RJ». portal.iphan.gov.br. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 16 de setembro de 2020. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  3. a b Gandra, Alana (31 de janeiro de 2020). «Iphan/RJ vai para o Teleporto até conclusão da restauração de sua sede». Agência Brasil. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  4. a b c Machado, Veronica Castanheira. (2016). Companhia Docas de Santos: Um estudo de caso para o patrimônio material. Fundação Casa de Rui Barbosa
  5. «Iphan abre as portas para encantar em cada detalhe». Gazeta do Povo. 16 de março de 2012. Consultado em 24 de setembro de 2021