Edson Passos

Edson Passos | |
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Nascimento | 19 de novembro de 1883 Carangola |
Morte | 10 de junho de 1954 (70 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | político |
Edison Junqueira Passos (1893-1954) foi um engenheiro e político brasileiro, tendo ocupado o cargo de deputado federal pelo Distrito Federal entre os anos de 1951 e 1954.[1] Fundarte Muriaé
BiografiaEditar
Edison Junqueira Passos nascido em Santa Luzia do Carangola - Minas Gerais - em 19/11/1893, mudou-se ainda muito novo para Itamuri, distrito de Muriaé, indo morar na Fazenda Monte Alegre com seus pais, Doutor Antônio Augusto Ribeiro Passos e de Dona Maria Junqueira Passos.
Fez seus estudos primários na cidade de Juiz de Fora e os secundários no Colégio Anchieta de Friburgo e no Ginásio São Bento do Rio de Janeiro. Em 1911, concluiu os preparatórios no Externato Pedro II, ingressando, no ano seguinte, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1915, recebeu o grau de Engenheiro Geógrafo. Concluiu o curso de Engenharia Civil no ano de 1917. Estava dado, assim, o passo inicial e definitivo da carreira brilhante de Edison Junqueira Passos, que cedo ia se manifestar concretamente em realizações fecundas.
Em 1918, foi engenheiro do município de Uberaba, onde realizou levantamentos topográficos e executou obras diversas, tendo também procedido à remodelação da cidade. De 1919 a 1920, foi o primeiro engenheiro da Comissão Construtora do prolongamento da Estrada de Ferro Mossoró (trecho entre Rio Grande do Norte e Paraíba). Foi também engenheiro chefe de Linha da Estrada de Ferro de Goiás, de 1922 a 1923 e Engenheiro da Inspetoria de Engenharia Sanitária em 1923.
De volta ao Rio de Janeiro, Edison ingressou no quadro de engenharia da prefeitura, subindo sempre de cargos, chegando a subdiretor de obras quando procedeu à reforma do Código de Obras. Ocupou ainda os altos cargos de diretor da limpeza pública e diretor do patrimônio e cadastro.
Coroando sua carreira no magistério, tornou-se, por concurso, professor universitário na cadeira de Materiais de Construção, Terrenos e Fundações da Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil (hoje, UFRJ).
Em 1937, foi investido no alto e honroso cargo de Secretário de Viação e Obras Públicas do então Distrito Federal, onde permaneceu por oito anos, sendo responsável pela grande reforma urbanística ocorrida naquela cidade, como a abertura da Avenida Getúlio Vargas, Avenida Brasil, Avenida Tijuca, duplicação do Túnel do Leme, do Pasmado, etc. Tornou-se conhecido como o criador do Rio de Janeiro moderno. Nesta época, conseguiu, junto ao Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares, verbas para a construção da sede da Associação Rural de Muriaé, onde funciona o atual Sindicato Rural.
Em 1943, foi eleito Presidente do Clube de Engenharia, cargo que exerceu por dez anos seguidos (três reeleições) até vir a falecer, conseguindo em sua gestão realizar o sonho da construção do edifício sede do clube, edifício este que se chama Edifício Edison Passos. Em 1944 tornou-se diretor do Banco Fluminense da Produção.[2]
Foi eleito Deputado Federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro de 1951 a 1954, sendo o segundo mais bem votado, refletindo o grande apreço e confiança de seus colegas, amigos e sinceros admiradores de seu trabalho incessante e o reconhecimento da população do Rio de Janeiro pelas melhorias que trouxe à cidade nos trabalhos de reurbanização. No congresso, foi o Presidente da Comissão de Transportes, tendo criado o Plano Rodoviário Nacional. Teve papel fundamental na mudança do traçado da Rio-Bahia, que originalmente não iria passar por Muriaé. A mudança de trajeto trouxe definitivamente o progresso para a cidade.
Representou o Brasil em várias convenções nos Estados Unidos e na América do Sul, nas quais a sua palavra autorizada sempre constituiu motivo de engrandecimento da engenharia brasileira. Publicou cinco livros técnicos na área de Engenharia.
Foi casado com Justiniana Fleury Passos, tendo o casal dois filhos: Antônio Augusto Ribeiro Passos e Maria Nilza Fleury Passos. O nome de Edison Junqueira Passos acha-se espalhado em todos os cantos da cidade do Rio de Janeiro onde encontramos, além do Edifício Edison Passos, uma Avenida Edison Passos e uma Estação Edison Passos. No distrito onde passou sua infância, existe uma rua com seu nome, criada pela Lei nº 704 de 1976 e modificada pela Lei nº 1.507 de 1990 que dá o nome de Avenida Engenheiro Edison Passos a uma das principais artérias de Itamuri
{A {Referências}}
- ↑ a b Brasil, CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «EDISON JUNQUEIRA PASSOS | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ Anúncio do Banco Fluminense da Produção. jornal Diário Carioca, Edição 5621; 20/10/1946 p.7