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'''Negação''' (''Verneunung'', do [[idioma alemão]]) em [[psicologia]] é um [[mecanismo de defesa]] que refere-se a um processo pelo qual a pessoa, de alguma forma, inconscientemente, não quer tomar conhecimento de algum desejo, fantasia, pensamento ou sentimento. O fenômeno da negação pode ser realizado de formas distintas, para finalidades específicas do [[ego]] da pessoa, o emprego dos respectivos termos, tanto no original alemão como nas diferentes traduções é confuso.<ref name="Zimerman2013">{{citecitar booklivro|authorautor =David E. Zimerman|titletítulo=Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise|url=https://books.google.com/books?id=pqOantXx26wC&pg=PA281|datedata=22/9/2013|publisherpublicado=Artmed Editora|isbn=978-85-363-1414-3|pagepágina=281}}</ref><ref name="Gabbard2015">{{citecitar booklivro|authorautor =Glen O. Gabbard|titletítulo=Psiquiatria Psicodinâmica na Prática Clínica - 5ed|url=https://books.google.com/books?id=jIUdCwAAQBAJ&pg=PT44|datedata=1/12/2015|publisherpublicado=Artmed Editora|isbn=978-85-8271-280-1|pagepágina=44}}</ref>
 
==Teoria==
A teoria da negação foi pesquisada seriamente por [[Anna Freud]] que classifica a negação como um mecanismo da mente imatura porque entra em conflito com a capacidade de aprender e lidar com a realidade. Onde a negação ocorre em mentes maduras, é mais frequentemente associada à morte e o estupro. Pesquisas mais recentes expandiram significativamente o escopo e a utilidade do conceito. [[Elisabeth Kübler-Ross]] negação usada como o primeiro de cinco estágios na psicologia de um paciente moribundo, e a ideia foi estendida para incluir as reações de sobreviventes a notícias de uma morte.<ref name="Bonanno2009">{{citecitar booklivro|lastúltimo =Bonanno|firstprimeiro =George A.|titletítulo=The Other Side of Sadness: What the New Science of Bereavement Tells Us about Life After Loss|yearano=2009|publisherpublicado=Basic Books|isbn=978-0465019946}} {{en}}</ref>
 
Muitos psicanalistas contemporâneos tratam a negação como o primeiro estágio de um ciclo de [[Mecanismos de enfrentamento|enfrentamento]]. Quando ocorre uma mudança indesejada, um trauma de algum tipo, o primeiro impulso de descrer inicia o processo de enfrentamento. Essa negação, em uma mente saudável, se eleva lentamente para uma maior consciência. Aos poucos, tornando-se uma pressão subconsciente, logo abaixo da superfície da consciência aberta, o mecanismo de enfrentamento envolve então a repressão, enquanto a pessoa acumula os recursos emocionais para enfrentar completamente o trauma. Uma vez enfrentada, a pessoa lida com o trauma em um estágio alternadamente chamado de aceitação ou esclarecimento, dependendo do escopo da questão e da escola de pensamento do terapeuta. Depois desse estágio, uma vez suficientemente tratado ou tratado temporariamente, o trauma deve afundar-se novamente na consciência consciente total. Deixado fora da mente consciente, o processo de [[sublimação (psicologia) | sublimação]] envolve um equilíbrio de não esquecer nem lembrar completamente. Isso permite que o trauma ressurja na consciência se envolver um processo contínuo, como uma doença prolongada. Alternativamente, a sublimação pode iniciar o processo de resolução completa, onde o trauma finalmente afunda em um eventual esquecimento. Ocasionalmente este ciclo inteiro tem sido referido na linguagem moderna como "negação", confundindo o ciclo completo com apenas um estágio dele.<ref name="pmid6853047">{{cite journalcitar periódico| lastúltimo = Dorpat |firstprimeiro = T.L. | title título= The cognitive arrest hypothesis of denial | journal periódico= The International Journal of Psychoanalysis | volume = 64 | issue número= Pt 1 | pages páginas= 47–58 | year ano= 1983 | pmid = 6853047 | doi = | url = }} {{en}}</ref>
 
Ao contrário de alguns outros mecanismos de defesa postulados pela psicoanálise, (por exemplo, a repressão psicológica) é bastante fácil verificar, mesmo para não-especialistas. No entanto, a negação é um dos mecanismos de defesa mais controversos, uma vez que pode ser facilmente usado para criar teorias [[Falseabilidade |infalsificáveis]]: qualquer coisa que o sujeito diz ou que parece refutar a teoria do intérprete é explicada, não como evidência de que a teoria do intérprete está errada, mas como o sujeito está "em negação". No entanto, os pesquisadores observam que em alguns casos de [[abuso sexual infantil]], as vítimas às vezes fazem uma série de confissões parciais e retratações ao se debaterem com sua própria negação e com a negação de abusadores ou membros da família. O uso da teoria da negação em um ambiente legal, portanto, é cuidadosamente regulado e as credenciais dos especialistas são verificadas.<ref>{{cite journalcitar periódico|last1último1 = London |first1primeiro1 = K. |last2último2 = Bruck |first2primeiro2 = M. |last3último3 = Ceci |first3primeiro3 = S.J. |last4último4 = Shuman |first4primeiro4 = D.W. |titletítulo= Disclosure of child sexual abuse: What does the research tell us about the ways that children tell? |journalperiódico= Psychology, Public Policy and Law |volume= 11 |issuenúmero= 1 |pagespáginas= 194–226 |yearano= 2005 |doi= 10.1037/1076-8971.11.1.194 }} {{en}}</ref>
 
{{referências}}