Jean-Claude Carrière

Jean-Claude Carrière (Colombières-sur-Orb, Hérault, 17 de setembro de 1931Paris, 8 de fevereiro de 2021) foi um roteirista, escritor, diretor e ator francês. Aluno da École normale supérieure de Fontenay-Saint-Cloud, em Lyon, ele foi um colaborador frequente do diretor Luis Buñuel e, menos frequente, de Peter Brook. Foi presidente da La Fémis, a escola cinematográfica do estado francês.[1]

Jean-Claude Carrière
Nome completo Jean-Claude Carrière
Nascimento 17 de setembro de 1931
Hérault, França
Nacionalidade francês
Morte 8 de fevereiro de 2021 (89 anos)
Paris
Ocupação roteirista
Oscares da Academia
1963 - Oscar de melhor roteiro original em curta-metragem.
2015 - Óscar Honorário
César
1983 - Melhor roteiro original.
Prémios BAFTA
1973 - Melhor roteiro original.
1988 - Melhor roteiro adaptado.

Sua colaboração com Buñuel começou com o filme Le journal d'une femme de chambre (1964), para o qual ele co-escreveu o roteiro (com Buñuel) e também interpretou o papel de um padre da aldeia. Mais tarde, Carrière iria colaborar com quase todos os guiões dos filmes de Buñuel, incluindo Belle de jour (1967), Le charme discret de la bourgeoisie (1972), Le fantôme de la liberté (1974), Cet obscur objet du désir (1977) e La voie lactée (1969).

Ele também escreveu roteiros de Die Blechtrommel (O tambor, 1979), Danton (1983), Le Retour de Martin Guerre (1982), La dernière image (1986), The Unbearable Lightness of Being (1988), Valmont (1989), La Nuit bengali (1988), Chinese Box (1997) e Birth (2004), e co-escreveu Max, Mon Amour (1986) (1986) com o diretor Nagisa Oshima. Ele também colaborou com Peter Brook nas duas versões (com 9 horas e cinco horas de duração) do antigo épico sânscrito Mahabharata.[2]

Seu trabalho na televisão inclui a série Les aventures de Robinson Crusoë (1964), uma produção francesa mais vista no exterior.

No documentário A propósito de Buñuel incluído na edição americana de Le charme discret de la bourgeoisie da Criterion Collection, declara ser produtor de vinho.

Autor de diversos livros, em 2011 Carrière lançou a ficção Le Reveil de Buñuel, fantasia em que o cineasta espanhol "acorda" depois de quase trinta anos morto, deparando-se com um mundo muito diferente do que ele esperava.[3]

Morreu em 8 de fevereiro de 2021, aos 89 anos de idade, em Paris.[4]

Premiações editar

Indicações editar

  • Indicação para o César: Melhor roteiro original ou adaptação 1978, por Cet obscur objet du désir
  • Indicação para o César 1983, por Danton
  • Indicação para o Oscar 1989: Melhor roteiro adaptado, com Philip Kaufman, por The Unbearable Lightness of Being
  • Indicação para o César 1991: Melhor roteiro original ou adaptação, por Cyrano de Bergerac
  • Indicação para o Prêmio Molière de autor, por L'Aide-mémoire
  • Indicação para o Prêmio Molière de autor 1997, por La Terrasse
  • Indicação para o Prêmio Molière de autor 1999 por *La Controverse de Valladolid
  • Indicação para o Prêmio Molière de adaptador, 2003 por La Preuve

Referências

  1. «Les Filmsd Etaix.fr: Biographie de Jean-Claude Carrière». Consultado em 9 de abril de 2010. Arquivado do original em 5 de março de 2010 
  2. a b c d e «Variety: Jean-Claude Carriere». Consultado em 9 de abril de 2010. Arquivado do original em 31 de maio de 2009 
  3. Bruno Ghetti (26 de junho de 2011). «Entrevista ao caderno "Ilustríssima", Folha de S.Paulo» 
  4. Saperstein, Pat (8 de fevereiro de 2021). «Jean-Claude Carriere, 'Unbearable Lightness of Being' Screenwriter, Dies at 89». Variety (em inglês). Consultado em 8 de fevereiro de 2021 

Ligações externas editar

 
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