Joseph Gire

arquiteto francês

Joseph Gire (Le Puy-en-Velay, 10 de janeiro de 1872Arberàts-Sillègue, 5 de outubro de 1933)[1] foi um arquiteto francês de uma produtividade surpreendente, tendo construído numerosos prédios de importância histórica no Brasil e Argentina, além de uma obra considerável na França.

Joseph Gire
Joseph Gire
Nascimento 10 de janeiro de 1872
Le Puy-en-Velay
Morte 5 de outubro de 1933 (61 anos)
Arbérats
Nacionalidade francês
Cidadania França
Ocupação arquiteto

Mostrou-se foi particularmente ativo no Rio de Janeiro, onde construiu numerosos prédios e residências que se tornaram marcos da paisagem urbana carioca. Entre essas construções se encontram o Hotel Glória (1922), o Edifício A Noite (primeiro arranha-céu do Brasil com 22 pavimentos e maior estrutura de concreto armado do mundo na época) na Praça Mauá (1930, com Elisário Cunha Bahiana), o edifício da seguradora Sul América (Rua da Quitanda, 86), projeto de 1925, conjuntamente com R. Prentice, com acabamento Luís XVI,[2] o Hotel Copacabana Palace (1923) em estilo Luís XVI "com projeto calcado no Hotel Negresco de Nice",[3] o Palácio Laranjeiras (1913, em parceria com Armando Silva Telles), o Edifício Praia do Flamengo (1923, na Praia do Flamengo, 116), com "decoração Luís XVI e cobertura em mansardas renascentistas"[4] e o Palácio de Brocoió (1930),[5] sendo que as cinco últimas construções foram encomendas da família Guinle. E finalmente em 1938, projetou os edifícios residenciais Paraobeba e São João Marcos, ambos na Praia do Flamengo.

Sua obra na Argentina (1909 a 1916) é notável pela qualidade, caráter monumental e institucional de numerosas construções e projetos, bem como quantidade de realizações. No Rio de Janeiro em particular, estabeleceu novos parâmetros construtivos, iniciando a verticalização da cidade no começo da década de 1920, e contribuiu para estabelecer padrões modernos de construção, como o concreto armado, na realidade urbana da capital federal brasileira da época. Após mais de dez anos de constantes deslocamentos entre França e Brasil, morreu em 1933 em seu castelo em Arbérats, no departamento dos Pirenéus Atlânticos.

Ver também editar

Referências

  1. «Joseph Gire | Arquivo Arq». arquivo.arq.br. Consultado em 9 de novembro de 2021 
  2. Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro, pág. 43.
  3. Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro, pág. 117 e «Arquitextos - Periódico mensal de textos de arquitetura». www.vitruvius.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2009 
  4. Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro, pág. 95.
  5. «Histórico Palácio Brocoió». www.governo.rj.gov.br. Consultado em 7 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 14 de setembro de 2008 

Fontes editar

  • Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro / Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro da Secretaria Municipal de Urbanismo; Organizador: Jorge Czajkowski. Rio de Janeiro: Casa da Palavra: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 2000.
  • Arquivos da família Gire, Paris.
  • «Portal do INEPAC:». Consultado em 27 de maio de 2013. Arquivado do original em 3 de março de 2009 

Ligações externas editar

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