Sidi Maomé ibne Soleimão Aljazuli de Simlal (Sidi Muhammad ibn Sulayman al-Jazuli al-Simlali), conhecido simplesmente como Aljazuli (al-Jazuli ou al-Ajzouli), Maomé Aljazuli (Muhammed al-Jazuli), Imã Aljazuli, ou ainda Sidi Maomé ibne Eslimane (Sidi Muhammad ben Slimane ; m. 1465) foi um líder sufista da tribo berbere dos Jazula. É famoso por ter compilado o Dala'il al-Khayrat, um livro de orações muçulmanas extremamente popular. É também conhecido como um dos "Sete Santos de Marraquexe".

Aljazuli
Nome completo Sidi Muhammad ibn Sulayman al-Jazuli al-Simlali
Conhecido(a) por um dos "Sete Santos de Marraquexe"
Morte 1465[1]
Nacionalidade  Marrocos
Ocupação Místico e santo muçulmano
Principais trabalhos Dala'il al-Khayrat (livro de orações)
Escola/tradição Maliquita, Ash'ari
Principais interesses Sufismo
Título Imã, xeque
Religião Islão
Mausoléu de Ben Slimane (Aljazuli)

Biografia editar

Aljazuli viveu na região histórica do Suz, no sul de Marrocos, situada entre o Oceano Atlântico e as montanhas do Alto Atlas e Anti-Atlas. Estudou localmente antes de ir para o madraçal de Safarine em Fez, onde o seu quarto ainda é apontado aos visitantes atuais. Em Fez, decorou obras legais usul al-fiqh e maliquita, como o Mukhtasr al-Far’i de ibne Hájibe e Al-Mudawwana al-Kubra de Sanune ibne Saíde. Também conheceu o famoso jurista e místico xeque Amade Zarruque.

Depois de instalar num feudo tribal, abandonou-o e passou os quarenta anos seguintes em Meca, Medina e Jerusalém. Depois da sua longa jornada, voltou a Fez onde completou o livro de orações Dala'il al-Khayrat.[1]

Foi iniciado na Tariqa Chadhiliyya, uma irmandade sufista, por um descendente de Abu Abedalá Maomé Angar, o xeque dos Banu Amgar. Passou 14 anos em Khalwa (seclusão) e depois foi para Safim, onde juntou muitos seguidores. O governador de Safim sentiu-se obrigado a expulsá-lo e posteriormente mandou envenená-lo, o que provocou a sua morte em 1464 ou 1465. Diz-se que morreu enquanto fazia as suas orações. O seu túmulo em Afugal tornou-se o centro da resistência dos saadianos contra os portugueses. O grande respeito por Aljazuli levou ao fundador da dinastia saadiana, Abu Abedalá Alcaim, a escolher Afugal como a sua residência.

Setenta anos depois da morte de Aljazuli, em 1541, o seu corpo foi exumado para ser trasladado para Marraquexe e descobriu-se que estava incorrupto. O sultão Amade Alaraje (1486-1557) mandou construir um mausoléu para Aljazuli na parte norte da almedina de Marraquexe. O mausoléu foi aumentado e parcialmente reconstruído durante o reinado dos sultões Mulei Ismail (r. 1672–1727) e de Maomé III (r. 1757–1790).

Notas e referências

  1. a b «Os Sinais Para os Benefícios». World Digital Library. 1877. Consultado em 13 de julho de 2013 

Ligações externas editar

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