Teorema de Bayes

teorema que descreve a probabilidade de um evento, baseado em um conhecimento a priori que pode estar relacionado ao evento

Em teoria das probabilidades e estatística, o teorema de Bayes (alternativamente, a lei de Bayes ou a regra de Bayes) descreve a probabilidade de um evento, baseado em um conhecimento a priori que pode estar relacionado ao evento. O teorema mostra como alterar as probabilidades a priori tendo em vista novas evidências para obter probabilidades a posteriori.[1] Por exemplo, o teorema de Bayes pode ser aplicado ao jogo das três portas (também conhecido como problema de Monty Hall). [2]

Uma das muitas aplicações do teorema de Bayes é a inferência bayesiana, uma abordagem particular da inferência estatística. Quando aplicado, as probabilidades envolvidas no teorema de Bayes podem ter diferentes interpretações de probabilidade. Com a interpretação bayesiana de probabilidade, o teorema expressa como a probabilidade de um evento (ou o grau de crença na ocorrência de um evento) deve ser alterada após considerar evidências sobre a ocorrência deste evento. A inferência bayesiana é fundamental para a estatística bayesiana.[3]

O teorema de Bayes recebe este nome devido ao pastor e matemático inglês Thomas Bayes (1701 – 1761), que foi o primeiro a fornecer uma equação que permitiria que novas evidências atualizassem a probabilidade de um evento a partir do conhecimento a priori (ou a crença inicial na ocorrência de um evento). O teorema de Bayes foi mais tarde desenvolvido por Pierre-Simon Laplace, que foi o primeiro a publicar uma formulação moderna em 1812 em seu livro Teoria Analítica de Probabilidade, na tradução do francês. Harold Jeffreys colocou o algoritmo de Bayes e a formulação de Laplace em uma base axiomática. Jeffreys escreveu que "o teorema de Bayes é para a teoria da probabilidade o que o teorema de Pitágoras é para a geometria".[4]

Placa de neon, mostrando a expressão do teorema de Bayes.

História editar

 
Visualização do teorema de Bayes.

O teorema de Bayes recebe este nome devido ao pastor e matemático inglês Thomas Bayes (1701 – 1761), que estudou como calcular a distribuição para o parâmetro de probabilidade de uma distribuição binomial (terminologia moderna). O manuscrito não publicado de Bayes foi editado significativamente por Richard Price antes de ser lido postumamente na Royal Society. Price editou o principal trabalho de Bayes An Essay towards Solving a Problem in the Doctrine of Chances (1763),[5] que aparece em Philosophical Transactions[6] e contém o teorema de Bayes. Price escreveu uma introdução para o artigo, que fornece algumas das bases filosóficas da estatística bayesiana. Em 1765, Price foi eleito membro da Royal Society em reconhecimento ao seu trabalho sobre o legado de Bayes.[7]

O matemático francês Pierre-Simon Laplace reproduziu e estendeu os resultados de Bayes em 1774, aparentemente sem ter conhecimento do trabalho de Bayes.[8][9][10] A interpretação bayesiana da probabilidade foi desenvolvida principalmente por Laplace.[11] Stephen Stigler sugeriu em 1983 que o teorema de Bayes foi descoberto pelo matemático inglês cego Nicholas Saunderson pouco antes de Bayes.[12][13] Entretanto, esta interpretação tem sido contestada.[14] Martyn Hooper[15] e Sharon McGrayne[16] argumentaram que a contribuição de Richard Price foi substancial: 

Definição formal editar

 
Visão esquemática do teorema de Bayes, em que   é uma partição do espaço de probabilidade   e   é um evento qualquer.

O teorema de Bayes é um corolário da lei da probabilidade total, expresso matematicamente na forma da seguinte equação:

 ,

em que   e   são eventos e  .[17][18]

O teorema de Bayes também pode ser escrito da seguinte maneira:

 [17][19]

Exemplo editar

 
Diagrama em árvore para o teste de droga, em que U, Ū, + e − são os eventos representando usuário, não usuário, resultado positivo e resultado negativo, respectivamente. As porcentagens entre parêntesis são calculadas.

Teste de drogas editar

Seja um teste de drogas 99% sensível e 99% específico. Isto é, o teste produzirá 99% de resultados verdadeiros positivos para usuários de drogas e 99% de resultados verdadeiros negativos para não-usuários de drogas. Suponha que 0,5% das pessoas são usuárias de drogas. Se um indivíduo selecionado aleatoriamente testar positivo, qual a probabilidade de ele ser usuário de drogas? Isto é, qual a probabilidade de não se cometer um falso positivo?[20]

 

Mesmo com a aparente precisão do teste, se um indivíduo testar positivo, é mais provável que ele não seja do que ele seja usuário de drogas. Isto porque o número de não-usuários é muito maior que o número de usuários de drogas. Então, o número de falsos positivos supera o número de positivos verdadeiros. Para usar números concretos, se 1000 indivíduos forem testados, espera–se que 995 não sejam usuários e 5 sejam usuários de drogas. Para os 995 não-usuários de drogas, são esperados   falsos positivos. Para os 5 usuários de drogas, são esperados   positivos verdadeiros. Isto é, dos 15 resultados positivos, apenas 5 (ou 33%) são genuínos. Isto ilustra a importância da probabilidade condicional e como políticas podem ser equivocadas se as probabilidades condicionais forem negligenciadas.[21][20]

A importância da especificidade pode ser observada calculando–se que, mesmo se a sensibilidade for aumentada para 100% e a especificidade permanecer em 99%, a probabilidade do indivíduo ser um usuário de drogas subirá apenas de 33,2% para 33,4%. Entretanto, se a sensibilidade for mantida em 99% e a especificidade for aumentada para 99,5%, então a probabilidade do indivíduo ser um usuário de droga sobe para cerca de 49,9%.[20]

Interpretações editar

 
Visualização geométrica do teorema de Bayes. Na tabela, os valores 3, 1, 2 e 6 fornecem os pesos relativos de cada caso e condição correspondente. As imagens mostram as células da tabela envolvidas em cada métrica, sendo a probabilidade a fração de cada figura que está sombreada. Isto mostra que:  . Isto é:  . Um raciocínio semelhante mostra que:  .

A interpretação do teorema de Bayes depende da interpretação da probabilidade atribuída aos termos. As duas interpretações principais são descritas abaixo.

Interpretação bayesiana editar

Na interpretação bayesiana (ou epistemológica), a probabilidade mede o grau de crença. O teorema de Bayes liga o grau de crença em uma posição antes e depois de se considerar as evidências. Por exemplo, acredita–se com 50% de certeza que uma moeda tem o dobro de probabilidade de cair cara. Se a moeda for jogada várias vezes, o grau de crença pode aumentar, diminuir ou se manter igual dependendo dos resultados observados (ver inferência bayesiana).[22]

Para proposição   e evidência  :

  •   (probabilidade a priori) é o grau de crença inicial em  ;
  •   (probabilidade a posteriori) é o grau de crença que representa  ;
  • O quociente   é o suporte que   fornece para  .[22]

Interpretação frequencista editar

 
Ilustração da interpretação frequentista com o diagrama de árvore. O teorema de Bayes liga as probabilidades condicionais aos seus inversos.

Na interpretação frequencista, a probabilidade mede uma proporção de resultados. Por exemplo, suponha-se que uma experiência seja realizada muitas vezes.   é a proporção de resultados com propriedade   e   é a proporção de resultados com propriedade  .   é a proporção de resultados com propriedade  , excluindo os resultados sem propriedade  , e   é a proporção de resultados com propriedade  , excluindo os resultados sem propriedade  .[23]

Probabilidades condicionais editar

 Ver artigo principal: Probabilidade condicionada

O papel do teorema de Bayes é melhor visualizado com o diagrama de árvore. Os dois diagramas dividem os mesmos resultados em   e em   em ordens opostas, para obter as probabilidades inversas. O teorema de Bayes serve como ligação entre estas diferentes partições.[24]

Por exemplo, um entomologista vê o que poderia ser uma rara subespécie de besouro devido a um padrão em suas costas. Nas subespécies raras, 98% dos indivíduos tem o padrão. Isto é,  . Nas subespécies comuns, 5% dos indivíduos tem o padrão. Estas subespécies raras correspondem a apenas 0,1% da população. Então, qual a probabilidade do besouro com padrão ser raro? Em outras palavras, qual o valor de  ?[24]

Da expressão estendida do teorema de Bayes (uma vez que qualquer besouro pode ser apenas raro ou comum), tem–se:

 

Isto é, o besouro com um padrão nas costas encontrado pelo entomologista tem probabilidade de 1,9% de ser raro.[24]

Formas editar

Eventos editar

Forma simples editar

Para eventos   e  , dado  :

 .[25]

Na inferência bayesiana, deseja-se saber o grau de crença em um evento (ou conjunto de eventos)  , condicionalmente à ocorrência de um evento (ou conjunto de eventos)   fixado (quantidade que é conhecida como distribuição a posteriori). O teorema de Bayes mostra que a distribuição a posteriori é proporcional à probabilidade de   dado   (que corresponde à função de verossimilhança da amostra) vezes a probabilidade de A (chamada de probabilidade a priori ou grau de crença antes da coleta de evidências):

  (proporcionalmente sobre   para dado  ).[26][25]

Forma alternativa editar

Outra forma do teorema de Bayes que é geralmente encontrada quando são consideradas duas afirmações ou hipóteses concorrentes é:

 .[27]

Para proposição   e evidência  :

  •   (probabilidade a priori) é o grau de crença inicial em  ;
  •   é a probabilidade correspondente do grau de crença inicial contra  .  ;
  •   (probabilidade condicional ou verossimilhança) é o grau de crença em  , dado que a proposição   é verdadeira;
  •  (probabilidade condicional ou verossimilhança) é o grau de crença em  , dado que a proposição   é falsa;
  •   (probabilidade a posteriori) é a probabilidade para  , após considerar   para e contra  .[28]

Forma estendida editar

Para alguma partição   do espaço amostral, muitas vezes o espaço do evento é dado em termos de   e  . Isto é útil para calcular  , usando a lei de probabilidade total:

 .[27]

Variáveis aleatórias editar

 
Diagrama ilustrando o significado do teorema de Bayes como aplicado a um espaço de evento gerado por variáveis aleatórias contínuas   e  . Existe uma instância do teorema de Bayes para cada ponto no domínio. Na prática, estas instâncias podem ser parametrizadas escrevendo as densidades de probabilidade específicas como funções de   e  .

Seja o espaço amostral   gerado por duas variáveis aleatórias   e  . Em princípio, o teorema de Bayes aplica–se aos eventos   e  . Entretanto, os termos se tornam 0 nos pontos em que qualquer variável tem densidade de probabilidade finita. Para continuar útil, o teorema de Bayes pode ser formulado em termos de densidades relevantes.

Forma simples editar

Se   é contínua e   é discreta,

 [29]

Se   é discreta e   é contínua,

 [29]

Se   e   são contínuas,

 

em   e   representam as funções de distribuição de probabilidade de   e  , respectivamente.[29]

Forma estendida editar

 
Diagrama ilustrando como um espaço de evento gerado por variáveis aleatórias contínuas   e  geralmente é concebido.

Um espaço de evento contínuo muitas vezes é dado em termos dos termos do numerador. Então, é útil eliminar o denominador usando a lei de probabilidade total. Para  , isto se torna uma integral:

 [29]

Regra de Bayes editar

A regra da Bayes é o teorema de Bayes na forma de chances:

 ,

em que

 

é chamado de fator Bayes ou razão de verossimilhança. As chances entre os dois eventos é simplesmente a razão entre as probabilidades dos dois eventos.

Então,

 

 

Portanto, a regra de Bayes afirma que as chances posteriores são as chances iniciais multiplicadas pelo fator de Bayes. Em outras palavras, as probabilidades a posteriori são proporcionais às probabilidades a priori.[30]

Derivação editar

Para eventos editar

O teorema de Bayes pode ser derivado a partir da definição de probabilidade condicional:

 

 

pois  .

Então,

 

Logo, ajustando-se os termos, tem-se:

 [31]

Para variáveis aleatórias editar

Para duas variáveis aleatórias contínuas   e  , o teorema de Bayes pode ser analogamente derivado da definição de probabilidade condicional: 

 

 [31]

Ver também editar

Referências

  1. Bussab & Morettin 2010, p. 121-122.
  2. Neto, Joaquim (2010). «Inferência Bayesiana» (PDF). Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Consultado em 25 de maio de 2017 
  3. Bussab & Morettin 2010, p. 317-318.
  4. Jeffreys, Harold (1973). Scientific Inference 3rd ed. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 31. ISBN 978-0-521-18078-8 
  5. Allen, Richard (1999). David Hartley on Human Nature. [S.l.]: SUNY Press. pp. 243–244. ISBN 978-0-7914-9451-6. Consultado em 16 de junho de 2013 
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  7. Price, Richard (1991). Price: Political Writings. [S.l.]: Cambridge University Press. p. xxiii. ISBN 978-0-521-40969-8. Consultado em 16 de junho de 2013 
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  9. Laplace, Pierre-Simon. Mémoire sur les approximations des formules qui sont fonctions de tres grands nombres. Œuvres completes X, Paris, p. 209-291, 1785.
  10. Daston, Lorraine (1988). Classical Probability in the Enlightenment. [S.l.]: Princeton Univ Press. p. 268. ISBN 0-691-08497-1 
  11. Stigler, Stephen M. (1986). The History of Statistics: The Measurement of Uncertainty before 1900. Harvard University Press, Chapter 3.
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  13. De Vaux, Richard; Velleman, Paul; Bock, David (2016). Stats, Data and Models 4 ed. [S.l.]: Pearson. pp. 380–381. ISBN 978-0-321-98649-8 
  14. Edwards, A. W. F. (1986). «Is the Reference in Hartley (1749) to Bayesian Inference?». The American Statistician. 40 (2): 109–110. doi:10.1080/00031305.1986.10475370 
  15. Hooper, Martyn (2013). «Richard Price, Bayes' theorem, and God». Significance. 10 (1): 36–39. doi:10.1111/j.1740-9713.2013.00638.x 
  16. a b Mcgrayne 2011.
  17. a b c Stuart, A.; Ord, K. (1994). Kendall's Advanced Theory of Statistics: Volume I—Distribution Theory. [S.l.]: Edward Arnold .
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  20. a b c Keedwell, Edward; Narayanan, Ajit (2005). Intelligent Bioinformatics: The Application of Artificial Intelligence Techniques to Bioinformatics Problems. [S.l.]: Joh Wiley and Sons. pp. 108 — 111. 279 páginas 
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  31. a b Farias & Laurencel 2006, p. 41-42.

Leitura adicional editar

  • Bruss, F. Thomas (18 de setembro de 2013). «250 years of "An essay towards solving a problem in the doctrine of chances. By the late Rev. Mr. Bayes, F.R.S. communicated by Mr. Price, in a letter to John Canton, A.M.F.R.S."». Jahresbericht der Deutschen Mathematiker-Vereinigung – Springer Journals. 115 (3-4): 129-133. doi:10.1365/s13291-013-0069-z 
  • Bussab, Wilton de O.; Morettin, Pedro A. (2010). Estatística Básica 6 ed. São Paulo: Saraiva. 540 páginas 
  • DeDeo, Simon (30 de novembro de 2016). «Bayesian Reasoning for Intelligent People» (PDF). Consultado em 8 de junho de 2016 
  • Farias, Ana Maria Lima de; Laurencel, Luiz da Costa (2006). «Probabilidade». Universidade Federal Fluminense (UFF) 
  • Gelman, Andrew; Carlin, John B.; Stern, Hal S.; Dunson, David B.; Vehtari, Aki; Rubin, Donald B. (2014). Bayesian data analysis 3 ed. Boca Raton: Chapman & Hall 
  • Grinstead, Charles M.; Snell, J. Laurie (2003). Introduction to Probability (PDF). [S.l.]: American Mathematical Society 
  • Hazewinkel, Michiel (2001). Encyclopedia of mathematics. [S.l.: s.n.] 
  • Laplace, Pierre-Simon (1840). Essai philosophique sur les probabilités (em francês). Paris: Bachelier 
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  • Lee, Peter M (2012). Bayesian statistics: an introduction 4 ed. [S.l.]: John Wiley & Sons. 486 páginas. ISBN 978-1-118-33257-3 
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  • Puga, Jorge L.; Krzywinski, Martin; Altman, Naomi (2015). «Points of Significance: Bayes' theorem» (PDF). Nature Methods. 12 (4): 277-278 
  • Rosenthal, Jeffrey S. (2005). Struck by Lightning: The Curious World of Probabilities 1 ed. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-0309097345 
  • Stigler, Stephen M. (1986). «Laplace's 1774 Memoir on Inverse Probability». Statistical Science. 1 (3): 359-378 
  • Stone, James V. (2013). Bayes' Rule: A tutorial introduction to Bayesian Analysis 1 ed. [S.l.]: Sebtel Press. ISBN 978-0-9563728-4-0 

Ligações externas editar