Vulpecula

constelação

Raposa

Nome latino
Genitivo

Vulpecula
Vulpeculae

Abreviatura Vul
 • Coordenadas
Ascensão reta
Declinação
20 h
+25°
Área total 268° quadrados
 • Dados observacionais
Visibilidade
- Latitude mínima
- Latitude máxima
- Meridiano
 
-55°
+90°
Setembro
Estrela principal
- Magn. apar.
Anser (α Vul)
4,44
Outras estrelas
- Magn. apar. < 3
- Magn. apar. < 6
 
Nessuna
-
 • Constelações limítrofes
Em sentido horário:

Vulpecula (Vul), a Raposa, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Vulpeculae.

As constelações vizinhas, segundo as delineações contemporâneas, são o Cisne, a Lira, o Hércules, a Flecha, o Golfinho e o Pégaso.

Características notáveis editar

Estrelas editar

Não há estrelas mais brilhantes que magnitude 4 na Raposa. A estrela mais brilhante da constelação é α Vulpeculae, uma gigante vermelha com uma magnitude aparente de apenas 4,44 situada a 297 anos-luz da Terra. Ela forma uma binária óptica com 8 Vulpeculae, com uma separação de cerca de 7 minutos de arco.[1]

Em 1967, o primeiro pulsar, PSR B1919+21, foi descoberto na Raposa por Antony Hewish e Jocelyn Bell, em Cambridge. Enquanto eles estavam procurando cintilações de sinais de rádio de quasares, eles observaram pulsos que se repetiam com um período de 1,3373 segundos.[2] Essa anomalia foi identificada como o sinal de uma estrela de nêutrons de rápida rotação. 15 anos depois da descoberto desse pulsar, foi descoberto também na Raposa o primeiro pulsar de milissegundo, PSR B1937+21, a poucos graus de distância no céu de PSR B1919+21.[3]

Na Raposa também se encontra o planeta extrassolar HD 189733 b. Esse planeta tem uma massa de 1,14 massas de Júpiter e um período orbital de 2,22 dias,[4] o que o torna um Júpiter quente. Em 2007, análises espectroscópicas revelaram grandes quantidades de vapor de água nele,[5] e também em 2007 foi criado um mapa de temperatura de HD 189733 b a partir de dados do Telescópio Espacial Spitzer, o primeiro mapa de um planeta extrassolar.[6]

Objetos de céu profundo editar

Dois bem conhecidos objetos de céu profundo podem ser achados na Raposa. A nebulosa do Haltere (M27) é uma grande e brilhante nebulosa planetária. Ela foi descoberta por Charles Messier em 1764, sendo a primeira nebulosa planetária descoberta.[7] O Aglomerado de Brocchi (Collinder 399) é um grupo de cerca de 40 estrelas descoberto pelo astrônomo da Pérsia Al Sufi no ano de 964 e mais tarde redescoberto independentemente pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna. A classificação desse aglomerado mudou muito, mas observações recentes feitas pelo satélite Hipparcos indicam que ele é um asterismo, sem ligação física.[8]

Ver também editar

Referências

  1. Jim Kaler. «Anser». Stars. Consultado em 9 de abril de 2012 
  2. Hewish, A.; Bell, S. J.; Pilkington, J. D. H.; Scott, P. F.; Collins, R. A. (1968). «Observation of a Rapidly Pulsating Radio Source». Nature. 217 (5130): 709–713. Bibcode:1968Natur.217..709H. doi:10.1038/217709a0. Consultado em 6 de julho de 2007 
  3. D. Backer; et al. (1982). «A millisecond pulsar». Nature. 300 (5893): 315–318. Bibcode:1982Natur.300..615B. doi:10.1038/300615a0 
  4. «Notes for star HD 189733». Extrasolar Planets Encyclopaedia. Consultado em 9 de abril de 2012 
  5. «Water vapour found on exoplanet». BBC News. 11 de julho de 2007. Consultado em 9 de abril de 2012 
  6. «First Map of an Alien World». Consultado em 9 de abril de 2012 
  7. «Messier Object 27». SEDS. Consultado em 9 de abril de 2012 
  8. «Brocchi's Cluster, Collinder 399». SEDS. Consultado em 9 de abril de 2012 
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