Estação Ferroviária de Lagoaça
A Estação Ferroviária de Lagoaça foi uma estação da Linha do Sabor, que servia a localidade de Lagoaça, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, em Portugal.
Lagoaça | |||
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Estação de Lagoaça em 2023 | |||
Linha(s): | Linha do Sabor (PK 68,805) | ||
Altitude: | 720 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 41°11′28.69″N × 6°44′11.92″W (=+41.1913;−6.73664) | ||
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Município: | Freixo de Espada-à-Cinta | ||
Serviços: | sem serviços | ||
Inauguração: | 6 de julho de 1927 (há 97 anos) | ||
Encerramento: | 1988 (há 35 anos) |
História
editarConstrução e inauguração
editarEm Julho de 1926, previa-se que as obras na Linha do Sabor a partir de Carviçais iriam ser retomadas, após um longo período de suspensão; nesta altura, há já alguns anos que estavam concluídas várias estações, incluindo a de Lagoaça;[1] o edifício de passageiros situava-se do lado sudeste da via.[2]
Em 7 de Outubro de 1926, foi organizado um comboio especial de adubos entre Lagoaça e Carviçais, ainda antes do troço entrar ao serviço; no entanto, este comboio foi atacado por populares quando passava por Fornos, tendo sido forçado a regressar a Lagoaça.[3] A estação foi então invadida pela população, que procurava incendiar o comboio, mas a situação acalmou com a intervenção da Guarda Nacional Republicana, que fora chamada ao local.[3] Entretanto, devido aos vários problemas de administração que os Caminhos de Ferro do Estado estavam a atravessar, que resultavam em atrasos nas obras e distúrbios na exploração, o governo começou a preparar a sua integração na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, que foi realizada em 11 de Março de 1927.[4] Assim, foi já sob a administração daquela empresa que o troço entre Carviçais e Lagoaça entrou ao serviço, em 6 de Julho de 1927.[5]
Continuação da Linha
editarPor seu turno, a Companhia subarrendou a Linha do Sabor à Companhia Nacional de Caminhos de Ferro em 1928.[6] Em 1 de Junho de 1930, entrou ao serviço o troço seguinte da Linha, até Mogadouro.[5]
Em 1934, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro instalou uma casa para habitação do capataz geral de via nesta estação.[7] Em 1947, a linha voltou para a gestão directa da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[8]
Um dos produtos transportados pelos comboios da Linha do Sabor foi pão de Lagoaça.[9]
Encerramento
editarA linha foi encerrada em 1988.[10]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 39 (925). 1 de Julho de 1926. p. 208. Consultado em 12 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ a b «Notas e Comentários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (935). 1 de Dezembro de 1926. p. 351-352. Consultado em 12 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ BARRETO e MÓNICA, 1999:223
- ↑ a b «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 12 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ SOUSA, José Fernando de (16 de Janeiro de 1935). «As Linhas do Sabor, do Corgo e do Tâmega» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). p. 39-40. Consultado em 14 de Janeiro de 2017
- ↑ «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1129). 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 12 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ BARRETO e MÓNICA, 1999:224
- ↑ VIEGAS, 1988:143
- ↑ REIS et al, 2006:150
Bibliografia
editar- BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena (1999). Dicionário de História de Portugal: Suplemento A/E. Volume 7 de 9 1.ª ed. Lisboa: Livraria Figueirinhas. 714 páginas. ISBN 972-661-159-8
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
- VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses: Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas