Fissurella rosea

espécie de molusco

Fissurella rosea (denominada, em inglês, rosy keyhole limpet;[3] com a denominação geral vulcãozinho dada aos moluscos com este formato, em português,[4] por sua similaridade com um vulcão) é uma espécie de molusco gastrópode marinho do oeste do oceano Atlântico, pertencente à família Fissurellidae da subclasse Vetigastropoda. Foi classificada por Johann Friedrich Gmelin, em 1791.[1][2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaFissurella rosea
Vista superior de três conchas da espécie F. rosea. Espécimes coletados no litoral do Espírito Santo, região sudeste do Brasil.
Vista superior de três conchas da espécie F. rosea. Espécimes coletados no litoral do Espírito Santo, região sudeste do Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Vetigastropoda
Ordem: Lepetellida
Superfamília: Fissurelloidea
Família: Fissurellidae
Subfamília: Fissurellinae
Género: Fissurella
Bruguière, 1789[1]
Espécie: F. rosea
Nome binomial
Fissurella rosea
(Gmelin, 1791)[1]
Sinónimos
Fissurella squamosa Hutton, 1873
Fissurella huttoni Suter, 1906[1]
Lucapina itapema Ihering, 1927[2]

Descrição da concha e hábitos editar

Concha pateliforme[5], dotada de coloração variável, geralmente com disposição radial e irregular de faixas cinza-esbranquiçadas, enegrecidas ou castanho-avermelhadas, com regiões rosadas; com quase 4 centímetros de comprimento, quando desenvolvida; de formato oval e com seu ápice sendo um orifício levemente contraído em seu meio. Superfície esculpida por numerosas costelas radiais cruzadas por estrias concêntricas, formando um padrão cancelado. Vista inferiormente, em sua superfície côncava, é perceptível a presença de uma linha rosea ao redor deste orifício.[2][3][6][7]

É encontrada aderida em rochas, falésias, costões rochosos e arrecifes da zona entremarés,[2][3] alimentando-se de algas marinhas.[8]

Distribuição geográfica editar

Fissurella rosea ocorre do sudeste da Flórida, Estados Unidos, até Antilhas e costa do Caribe, na América do Sul e indo em direção à Torres, no Rio Grande do Sul, região sul do Brasil.[2][3][7][9] Esta espécie pôde ser encontrada num dos sambaquis brasileiros da costa sudeste, em São Paulo (Ubatuba), tendo importância arqueológica desconhecida.[6]

Referências

  1. a b c d «Fissurella rosea (Gmelin, 1791)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 5 de junho de 2021 
  2. a b c d e RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 27. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  3. a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 27. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. ABSHER, Theresinha Monteiro; FERREIRA JUNIOR, Augusto Luiz; CHRISTO, Susete Wambier (2015). Conchas de Moluscos Marinhos do Paraná (PDF). Curitiba - PR: Museu de Ciências Naturais - MCN - SCB - UFPR. p. 12. 20 páginas. ISBN 978-85-66631-18-0. Consultado em 5 de junho de 2021 
  5. Que tem forma de prato (fonte).
  6. a b SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 158. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
  7. a b «Fissurella rosea». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 5 de junho de 2021 
  8. ROSA, Carlos Nobre (1973). Os Animais de Nossas Praias 2 ed. São Paulo: Edart. p. 124-125. 192 páginas 
  9. «Fissurella rosea (Gmelin, 1791) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 5 de junho de 2021