Flaín Munhoz (em castelhano: Flaín Muñoz; morto (m. ca. 999 ), documentado na Historia Roderici como Flaín Núñez, foi conde em Leão, o avô paterno de O Cid e bisavô da esposa deste, Jimena Dias. Seus pais foram os condes Munio Flaínez e Froiloba Bermudes, filha de Bermudo Nunes e Argilo.[1]

Flaín Munhoz
Conde
Mandato 975 - 999
Morte 999
●Justa Fernandes de Cea
●Justa Pépiz
Descendência Munio Flaínez
Fernando Flaínez
Diogo Flaínez
Elvira Flaínez
Pedro Flaínez
Marina Flaínez
Casa Flaínez
Pai Munio Flaínez
Mãe Froiloba Bermudes

Biografia

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Aparece pela primeira vez em 975 confirmando uma doação ao mosteiro familiar de Santa Colomba de Ripa Rubia depois de Pedro e Gomes, filhos de seus sogros Fernando Bermudes e Elvira. A partir de 986, a sua presença na cúria régia do rei Bermudo II foi constante. Desde 991 governava a tenência de Noantica na região de alto Esla e outros lugares como Valdoré onde também dirimia os processos atuando como juiz. Em 995 começou a assinar diplomas reais com o título de conde[2] e acumulou uma grande fortuna adquirindo muitas propriedades com suas esposas.[3]

O conde faleceu entre 998, a data de sua última aparição, e 1003, quando sua segunda esposa se declara viúva, embora a data mais provável foi em 999.[4]

Matrimónios e descendência

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Flaín Munhoz contraiu dois matrimónios. O primeiro foi com Justa Fernandes de Cea, sua prima-irmã, filha dos condes Fernando Bermudes e Elvira Dias e irmã da rainha Jimena Fernandes, a esposa do rei Garcia Sanches II de Pamplona, assim, os filhos deste casamento foram primos-irmãos do rei Sancho Garcês III.[5]

Sua segunda esposa foi Justa Pepiz, possivelmente a filha do conde Pepi Afonso ou do conde Pepi Garvísiz,[3] de quem teve:

  • Pedro Flaínez (m. 1070-1072), conde a partir de 1030, casado com Bronilde Munhoz, com importante descendência.[8]
  • Marina Flaínez.[6]
[a] ^ Diogo foi o primeiro membro da linhagem Flaínez com esse nome. Segundo a medievalista Margarita Torres Sevilla, foi provavelmente o filho de Justa Fernandes de Cea, neta do conde Diogo Muñoz de Saldanha, embora não descarta a possibilidade que pode ter sido um filho ilegítimo. Cfr.Torres Sevilla-Quiñones de León (2000-2002), pp. 30-31.

Referências

Bibliografia

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