Forte da Ribeira do Nabo

O Forte da Ribeira do Nabo, também referido como Forte do Desterro, localizava-se no lugar da Ribeira do Nabo, na freguesia da Urzelina, concelho de Velas, na costa sul da ilha de São Jorge, nos Açores.

Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

História editar

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte do porto da Fajam da Ribeira do Nabo." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".[1]

É novamente referido em 1720.[2]

No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) encontra-se referido pelo 7º conde de Vila Flor:

"Hoje ao amanhecer achei-me defronte da vila das Velas (...) mandei um reconhecimento da costa (...) e se dirigiram para terra a um pequeno porto chamado da Ribeira do Nabo, guarnecido com 150 homens e uma peça de artilharia."[3]

AVELLAR (1902), mais tarde, complementa:

"O lugar da Fajã tem o seu porto, havendo a leste o forte do Desterro (...). Os liberais chamaram-lhe também o Salto de Vila Flor (...)."[4]

A estrutura não chegou até aos nossos dias.

Referências

  1. "Fortificações nos Açores existentes em 1710" in Arquivo dos Açores, p. 180. Consultado em 8 dez 2011.
  2. REZENDES, 2009. Consultado em 20 dez 2011.
  3. 7º Conde de Vila Flor, 9 de maio de 1831. apud REZENDES, 2009. Consultado em 20 dez 2011.
  4. Op. cit., p. 301. apud REZENDES, 2009. Consultado em 20 dez 2011.

Bibliografia editar

  • AVELLAR, José Cândido da Silveira. Ilha de São Jorge (Açores): Apontamentos para a sua História. Horta (Açores): Tipografia Minerva Insulana, 1902.
  • CASTELO BRANCO, António do Couto de; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in Arquivo dos Açores, vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
  • PEREIRA, António dos Santos. A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.

Ver também editar

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