Franklin Chaves

político brasileiro

Franklin Gondim Chaves (Fortaleza, 10 de fevereiro de 1908 — Fortaleza, 20 de dezembro de 1992) foi um político brasileiro.

Franklin Chaves
Nascimento 10 de fevereiro de 1908
Fortaleza
Morte 20 de dezembro de 1992
Fortaleza
Cidadania Brasil
Ocupação político
Religião Catolicismo

Foi deputado estadual e governador do Ceará, de 12 de agosto a 12 de setembro de 1966 e foi presidente da Assembleia Legislativa do estado em 1966, ano em que chegou a assumir o Governo do Estado do Ceará em razão da saída de Virgílio Távora.[1]

Dados Biográficos editar

Filho de Sindulfo Serafim Freire Chaves e de Dulcineia Gondim Chaves, foi educador e importante comerciante. Na adolescência, trabalhou com seu irmão José Chaves, na cidade de Limoeiro do Norte, na empresa "Cunha & Chaves".

Nos primórdios de sua adolescência, empregou-se na casa comercial de seu irmão José Chaves, em Limoeiro do Norte-CE. Em 1925, passou a interessado da firma J. Chaves & Irmão, naquela época restrita ao comércio retalhista de tecidos, miudezas e ferragens, e, depois, ampliada com a seção industrial constituída de fábrica de extração de óleo de oiticica, óleo e descaroçamento de algodão. Estendendo ainda mais as suas atividades, dedicou-se igualmente à Agricultura e à Pecuária, mantendo a maior cultura racional de carnaúba do Estado, na fazenda Campestre, no município de Pacajus-CE.

Vereador na Câmara Municipal de Limoeiro do Norte-CE (de 1935 a 1937), chegou a ocupar a presidência da mesma[2]; É reconhecido por ser o idealizador e um dos principais fundadores da Escola Normal Rural de Limoeiro, chegando a fundar e ter sido Presidente da Sociedade Pró-Educacional Rural de Limoeiro que mantinha financeiramente a Escola Normal.

No acervo histórico da Escola Normal de Limoeiro, há menção a um registro de Franklin Gondim Chaves acerca da fundação da escola após dialogar com Padre Hélder Câmara que era o Diretor da Instrução Pública no Ceará naquela época:

"Em julho de 1935, foi realizada a primeira semana ruralista em Juazeiro. Fascinado pelo idealismo construtor desses movimentos aceitei o convite que me fez o Pe. Hélder para incorporar-me a comitiva que de Fortaleza se deslocou, em trem especial, para Juazeiro sob a direção do Dr. Plácido Aderaldo Castelo. Em Juazeiro o Pe. Hélder, então diretor da Instrução Pública do Ceará, deu-me a oportunidade de conhecer a educadora por todos os títulos admirável – Maria Gonçalves da Rocha Leal. Dentro de pouco tempo estávamos presos por uma grande amizade, e então, numa tarde morna de julho, abrigados a sombra de uma parceria os três nos encontrávamos. A palestra girou em torno de assuntos educacionais e D. Gonçalves apontava a necessidade de encaminhar-se o ensino no Brasil, por moldes novos, pois, a escola devia ser o pivô dos momentos de renovação nacional que se esboçava no País. O Pe. Hélder, traçava planos e apontava os rumos que desejava dar a Instrução no Ceará. Tudo aquilo me entusiasmava e de tal forma, que propus criar uma Escola Normal, em moldes novos, aqui em Limoeiro. Aceita a ideia, ficou combinado o seguinte: eu fiquei com a responsabilidade de conseguir recursos necessários para a construção da escola; o Pe. Hélder incubiu-se de fornecer a planta e de preparar o esboço do plano educacional; e D. Gonçalves comprometeu-se de vir dirigi-la." (Franklin Gondim Chaves, 1946, Acervo Histórico da Escola Normal[3])

Franklin também foi Fundador e Presidente da Sociedade dos Amigos de Limoeiro do Norte-CE, Presidente do Conselho Central da Sociedade de São Vicente de Paulo da Diocese de Limoeiro do Norte-CE, Presidente do Círculo de Operários Católicos e Promotor de outras iniciativas de grande alcance, tendo nele encontrado a Diocese Limoeirense um dedicado amigo e auxiliar na realização de suas obras de assistência sócio-católica. Por todas estas atividades, tornou-se no campo da Ação Social, merecedor do apreço e da admiração dos cidadãos daquela cidade.

Eleito pelo PSD para o cargo de deputado estadual nas eleições de 1950, 1954 e 1958. Depois, se mudou para a ARENA e conseguiu ser eleito em 1962, 1966 e 1970. Foi o 3º membro da família Chaves a ter assento na Assembleia Cearense, pois foram deputados o seu avô, o Coronel Serafim Tolentino e o seu tio, o Dr. Leonel Serafim Freire Chaves. Era filiado ao PSD e foi o principal rival de Manuel de Castro Filho (UDN).

Carreira editar

Dedicou-se também à agricultura e à pecuária, explorando a cultura racional da carnaúba.

Fundou escolas em Limoeiro do Norte. Foi deputado no estado do Ceará. Assumiu o Governo do Estado em 1966, por substituição na época em que foi Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará.

Referências

  1. «Assembleia Legislativa do Ceará - Ex-Presidentes». Consultado em 21 de março de 2021 
  2. Norte, Câmara Limoeiro do. «Câmara Municipal de Limoeiro do Norte». https://camaralimoeirodonorte.ce.gov.br. Consultado em 29 de janeiro de 2024 
  3. «» ACERVO HISTÓRICO». escolanormal.com.br. Consultado em 23 de setembro de 2016 


Precedido por
Virgílio Távora
Governador do Ceará
1966
Sucedido por
Plácido Castelo


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