Frota

formação de navios de guerra
 Nota: Para outros significados, veja Frota (desambiguação).

Uma frota ou armada é um grande agrupamento de navios de guerra sob o comando de um oficial general. Normalmente, é a maior força naval de uma marinha de guerra. Os termos "frota" e "armada" são, também, utilizados para designar a totalidade dos navios de guerra de uma marinha, sobretudo daquelas de menores dimensão, que não incluem forças navais de escalão tão elevado.[1]

Armada Invencível espanhola - século XVI.
Frota de Alto-Mar alemã - início do século XX.
Terceira Frota dos Estados Unidos - século XXI.

Por extensão, o termo "frota" é, também, utilizado para se referir a um grupo de embarcações não militares ou a uma frota de veículos, como automóveis ou aeronaves.

No entanto, é importante destacar que a organização específica e a terminologia podem variar entre diferentes marinhas ao redor do mundo. As práticas e estruturas organizacionais podem ser influenciadas por vários fatores, incluindo tradições navais, capacidades tecnológicas e objetivos estratégicos. Assim, por exemplo, tradicionalmente na Marinha Portuguesa sempre se empregou o termo "armada" para designar um grande agrupamento de navios de guerra, sendo o termo "frota" empregue para designar um agrupamento de navios mercantes.Erro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref>[2][3]

Na época da navegação à vela era tradicional uma frota estar dividida nas esquadras de avante, do centro e da ré. A esquadra de avante era comandada por um vice-almirante, a da ré por um contra-almirante (chefe de esquadra em algumas marinhas) e a do centro por um almirante, que também comandava a totalidade da frota. Mais tarde, com o crescimento das frotas de algumas marinhas, passou a existir um almirante para cada esquadra, passando o almirante da esquadra do centro (comandante da frota) a designar-se almirante da frota. A organização deste tipo mais conhecida é a da Royal Navy britânica, nos séculos XVIII e XIX onde existiam as esquadras vermelha, branca e azul, cujos navios hasteavam bandeiras com um campo na cor correspondente à esquadra a que pertenciam.[4][2][3]

A partir do final do século XIX, as frotas passaram a ser forças navais constituídas por vários tipos de navios. Cada frota incluía várias esquadras, cada qual agrupando vários navios principais de um único tipo (couraçados, cruzadores ou, mais tarde, porta-aviões). Paralelamente às esquadras de navios principais, as frotas passaram também a incluir esquadrilhas ou flotilhas de navios menores (torpedeiros, contratorpedeiros, submarinos e navios de guerra de minas).[4][2][3]

As frotas na atualidade

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Nas marinhas de guerra que, ainda, incluem forças navais deste escalão nas suas organizações, cada frota corresponde, normalmente, a um comando naval responsável por um teatro de operações.[4][2][3]

A partir da Segunda Guerra Mundial, grande parte das marinhas abandonaram a organização tradicional das suas frotas em esquadras e divisões para efeitos operacionais. Hoje em dia, operacionalmente, é comum subdividir a frota em forças tarefas ou forças operacionais que agrupam, temporariamente, vários navios de guerra para a execução de uma determinada missão. Por sua vez, cada força tarefa pode estar dividida em vários grupos tarefa ou grupos operacionais.[4][2][3]

Referências

  1. «Definition of FLEET». www.merriam-webster.com (em inglês). 28 de março de 2024. Consultado em 31 de março de 2024 
  2. a b c d e «Squadronal Colours of the Royal Navy, Royal Naval Museum Library, 2000» 
  3. a b c d e Bigot de Morogues, Tactique Navale, 1763.
  4. a b c d Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :0

Fontes

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  • Maurício da Costa Campos, Vocabulário Marujo, Rio de Janeiro, 1823
  • Chevalier Du Pavillon, Tactique Navale, 1778.
  • RP Paul Hoste, L'Art des Armées Navales, 1727.