Gabriel Migliori
Gabriel Migliori (São Paulo, 8 de novembro de 1906 — São Paulo, 13 de janeiro de 1975[1]) foi um arranjador, maestro e compositor brasileiro.
Compôs tanto músicas eruditas quanto populares — nestas, assinava-se Guito Itiperê.[2]
Ainda jovem, Gabriel Migliori recebeu o incentivo do então diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, Mário de Andrade, que o premiou por sua obra Impressões Brasileiras em Quatro Movimentos.[1] Depois, trabalhou no rádio, teatro, cinema e televisão. Foi o principal maestro da orquestra da Rádio Record e, depois, da TV Record,[2] emissora em que se tornou conhecido ao participar do programa É Proibido Colocar Cartazes, apresentado por Pagano Sobrinho.[2]
A partir de 1952, a convite de Lima Barreto (cineasta)[1], Gabriel começou a compor trilhas sonoras para filmes da Companhia Vera Cruz. O primeiro foi o documentário Santuário.[1] Depois veio o grande sucesso O Cangaceiro, de Lima Barreto, que inaugurou a série de filmes sobre o cangaço para os quais Gabriel comporia. Por seu trabalho em O Cangaceiro, ele recebeu menção honrosa no Festival de Cannes.[2] Depois vieram Família Lero-lero (1953), de Alberto Pieralise, e Candinho (1954), de Abílio Pereira de Almeida.
Não raro Gabriel Migliori utilizava-se de uma grande orquestra para compor.[2]
Trabalhos para o cinema editar
- O Homem Lobo (1971)
- Corisco, O Diabo Loiro (1969)
- A Madona de Cedro (1968)
- O Anjo Assassino (1967)
- Cangaceiros de Lampião (1967)
- O Santo Milagroso (1966)
- Luta nos Pampas (1965)
- Lampião, O Rei do Cangaço (1964)
- Obrigado a Matar (1964)
- O Pagador de Promessas (1962)
- Isto é Strip-Tease (1962)
- Lá no Meu Sertão (1962)
- A Primeira Missa (1961)
- A Moça do Quarto 13 (1961)
- Cidade Ameaçada (1960)
- Na Garganta do Diabo (1960)
- Nudismo não É Pecado (1960)
- O Capanga (1958)
- Estranho Encontro (1958)
- Dioguinho (1957)
- Paixão de Gaúcho (1957)
- Padroeira do Brasil (1956)
- Quem Matou Anabela? (1956)
- Carnaval em Lá Maior (1955)
- Armas da Vingança (1955)
- O Primo do Cangaceiro (1955)
- Candinho (1954)
- São Paulo em Festa (1954)
- A Família Lero-Lero (1953)
- O Cangaceiro (1953)
- Santuário (1952)
Referências
- ↑ a b c d «Morreu o maestro Gabriel Migliori». Correio Braziliense. 14 de janeiro de 1975. Consultado em 21 de novembro de 2017
- ↑ a b c d e ONOFRE, Cíntia Campolina. «A música nos filmes da Cia. Vera Cruz – memória do cinema no Brasil nos anos 1950» (PDF). (artigo acadêmico). Consultado em 6 de novembro de 2008[ligação inativa]
Ligações externas editar
- Gabriel Migliori. no IMDb.
