Gonçalo Salvadores

Gonçalo Salvadores (em castelhano: Gonzalo Salvadórez;morto em Rueda de Jalón, 6 de janeiro de 1083) chamado "O quatro mãos" foi um magnata e conde castelhano porta-estandartes real e tenente em Lara, Bureba, Tedeja entre outras localidades.

Gonçalo Salvadores
Gonçalo Salvadores
Túmulo do conde Gonzalo no Mosteiro de São Salvador de Oña.
Nascimento 1040
Arreba
Morte 6 de janeiro de 1083
Rueda de Jalón
Progenitores
Filho(a)(s) Gomes Gonçalves
Ocupação guerreiro, magnata
Título conde

Relações familiares editar

Gonçalo Salvadores foi filho de Salvador Gonçalves e de Muniadona.[1][2] Seu pai, que não foi conde, foi tenente de Bureba e de Arreba,[3][4] e sua mai foi possivelmente irmã do Nuno, Fortun, Rodrigo e Diego Alvares, importantes magnatas que aparecem na documentação chamando-se “os castelanos”.[2][5] Teve um irmão, Alvar, esposo de Juliana, filha de Fortun Alvarez, que confirmou com Gonçalo e outros ricos-homens a carta de arras que O Cid entregou a sua esposa Jimena Diaz.[6]

Biografia editar

Gonçalo, que gozava da confiança do rei Fernando I de Leão, aparece pela primeira vez integrado na vida política em 1056 confirmando a doação do rei e da rainha Sancha I ao Mosteiro de São Salvador de Oña.[7] O filho do rei, Sancho II procurou o apoio dos magnatas castelhano, incluindo Munio Gonçalves, irmão de Salvador Gonçalves, e seus dois sobrinhos Gonçalo e Alvar, assim como os seus parentes os Alvares.

 
Castelo de Rueda de Jalón onde Gonçalo e muitos nobres perderam suas vidas.

Foi um membro da cúria régia do rei Afonso VI [8]e também manteve uma estreita relação com Lope Íñiguez, senhor da Biscaia, pois além dos interesses comuns e o apoio ao rei castelhano, ambos eram casados ​​com duas irmãs; Ínigo com Ticlo e Gonçalo como Elvira Diaz, filhas de Diego Alvares.[9]

Em 1067, o rei Fernando confiou a Gonçalo a missão de ir a Sevilha, acompanhado por Gonçalo Nunes de Lara e Fernando Ansures, e os bispos de Leão e Astorga para trazer o corpo de Santa Justa. Gonçalo foi um grande benfeitor do mosteiro de São Salvador de Oña, onde ele e vários membros de sua família foram enterrados.

Antes de chegar a fortaleza de Rueda de Jalón onde perdeu a vida no episódio de guerra sido chamado de "a traição de Rueda", Gonçalo otorgou testamento em 5 de setembro de 1082 no mosteiro de São Salvador de Oña, doando a seu abade os mosteiros de Santa Cruz de Andión,e tudo o que possuía na igreja de São Andrés e Palazuelos e sua herança em Hermosilla e Busto confirmando o documento como conde em Castela a Velha Tedeja, Cadreggas e Poza, que governou, assim como Lara, onde aparece como tenente em 1073.

Matrimónio e descendência editar

Casou por duas vezes; o primeiro casamento foi com Elvira Diaz, filha de Diego Alvares, tenente em Montes de Oca, e irmã de Ticlo, a esposa de Lope Íñiguez,senhor de Biscaia,[10] de quem teve:

 
Uma das galerias do claustro do Mosteiro de San Salvador de Ona, onde foi enterrado o conde Gonzalo Salvadorez e vários membros de sua família

O segundo casamento foi com Sancha Sanches,[8] filha de Sancho Macerátiz, dominante em Montes de Oca e de Andregoto, e irmã de Sancho Sanches, conde de Erro e Tafalla, pai de Maria Sanches, esposa de Diego Lopes I de Haro "O branco" senhor de Biscaia, de quem teve:

Referências

  1. Sánchez de Mora 1998, p. 37.
  2. a b Balparda de las Herrerías 1933-34, p. 112-113.
  3. Balparda de las Herrerías 1933-34, p. 112-113.
  4. Estepa Díez 1998, p. 276, Vol. I.
  5. Estepa Díez 1998, p. 276, Tomo I.
  6. Sánchez de Mora 1998, p. 47, Vol. I.
  7. Sánchez de Mora 2003, p. 38.
  8. a b c Torres Sevilla 1999, p. 396.
  9. Sánchez de Mora 1998, p. 46, Vol. I.
  10. Sánchez de Mora 1998, p. 46, Tomo I.
  11. a b c d e Sánchez de Mora 1998, p. 38.

Bibliografía editar