Heliconius besckei
Heliconius besckei é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae[1], encontrada do interior do Brasil, no centro-oeste[2], à região de floresta tropical e subtropical úmida atlântica do nordeste[3], sudeste e sul do país[1], entre Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais[2] e Bahia[3] até o Rio Grande do Sul e chegando, a sua distribuição geográfica, até Misiones, na Argentina. No Brasil, ela pode receber a denominação vernácula de Gravata[2], tendo sido classificada por Édouard Ménétries, com a denominação de Heliconia besckei, no ano de 1857, a partir de espécimes-tipo com procedência de Minas Gerais e Rio de Janeiro; descritos no texto Enumeratio corporum animalium Musei Imperialis Academiae Scientiarum Petropilitanae. Classis Insectorum, Ordo Lepidopterorum.[1][4] Suas lagartas se alimentam de plantas do gênero Passiflora (família Passifloraceae).[5]
| Heliconius besckei | |
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Fotografia da asa direita de H. besckei, vista inferior. Sua principal característica distintiva é a presença de uma faixa vermelha margeando seu par de asas posteriores.
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| Classificação científica | |
| Nome binomial | |
| Heliconius besckei (Ménétriés, 1857)[1] | |
| Sinónimos | |
| Heliconia besckei Ménétriés, 1857 Heliconius epiphyllis Riffarth, 1901[1] |
Descrição editar
Esta espécie, vista por cima, possui as suas asas moderadamente longas e estreitas, de coloração predominante em negro aveludado, com a presença de uma mancha vermelha em cada par de asas anteriores e uma faixa longitudinal amarelada em suas asas posteriores.[2][4][6][7] Através de seleção natural, outras espécies do mesmo habitat as mimetizam até a região nordeste do Brasil, como Heliconius melpomene nanna[8] e Heliconius erato phyllis[9][10], tornando a correta identificação mais criteriosa. Sobre esta última subespécie citada, e sobre Heliconius melpomene, diferem de Heliconius besckei pela ausência de pequena área em amarelo nas asas dianteiras, bem acima da mancha vermelha[6], assim como na presença de uma faixa vermelha margeando as asas posteriores, em besckei, quando a borboleta é vista por baixo.[6][7] Outra espécie que imita Heliconius besckei, na região sudeste e sul, é Eresia lansdorfi (Nymphalidae, Nymphalinae), que apresenta o ápice das asas anteriores menos arredondado.[11][12]
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Fotografia de H. erato, vista inferior, mostrando a ausência de faixa vermelha na borda das asas posteriores.
Ligações externas editar
Referências
- ↑ a b c d e f g Savela, Markku. «Heliconius besckei» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ a b c d PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 926-927. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4
- ↑ a b Cardoso, Márcio Z. (novembro–dezembro 2005). «New localities for Heliconius besckei Ménétriés and Heliconius sara (Fabricius) (Lepidoptera: Nymphalidae) in Bahia, Brazil» (em inglês). Neotrop. Entomol. vol.34 no.6 Londrina (SciELO). 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ a b Lamas, Gerardo. «Heliconius besckei TYPE, TL: Brazil (RJ/MG)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ SMART, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). London: Salamander Books Ltd. p. 180. 274 páginas. ISBN 0-86101-101-5
- ↑ a b c Conte, Rodrigo (25 de abril de 2014). «Heliconius besckei» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ a b «Heliconius besckei Ménétriés, 1857» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ PALO JR., Haroldo (Op. cit., p.953.).
- ↑ PALO JR., Haroldo (Op. cit., p.934-937.).
- ↑ Gorá, João (17 de outubro de 2006). «Heliconius erato phyllis» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
- ↑ PALO JR., Haroldo (Op. cit., p.1.276-1.278.).
- ↑ «Eresia lansdorfi (Godart, 1819)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 24 de janeiro de 2018
