Jeconias de Judá
Jeconias ou Jeoaquin ou Joaquim foi o penúltimo rei de Judá, e teria 18 anos quando sucedeu seu pai, Jeoaquim, no trono. Nabucodonosor II o fez cativo e levou o tesouro do templo e do palácio, para a Babilônia. Lá ele gerou sete filhos, e assim a família real sobrevive, embora nunca mais ascenda ao trono. A Bíblia Almeida, usada pela maioria dos protestantes, chama-o de Joaquim, enquanto seu pai é Jeoaquim, mas em outras bíblias como a Bíblia de Jerusalém é justamente o contrário, o que gera facilmente confusão. Foi contemporâneo do profeta Jeremias.
Jeconias de Judá | |
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Rei de Judá | |
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Reinado | 597 a.C. |
Antecessor(a) | Joaquim de Judá |
Sucessor(a) | Zedequias |
Nascimento | 615 a.C. ou 605 a.C. |
Filho(s) | Selatiel, Malquirão, Pedaías, Senazar, Jecamias, Hosama, Nedabias |
Pai | Joaquim de Judá |
Mãe | Neusta |
Jeconias baseado pelas fontes bíblicasEditar
ReinadoEditar
É também chamado de Jeconias (variante de Joaquim), e de Conias (contração de Jeconias).[1][2]
Aos 18 anos, Jeconias tornou-se rei, e deu continuidade às práticas más de seu pai.[3] O pai de Jeconias, Jeoiaquim ou Joaquim, tinha estado sujeito ao rei babilônico, Nabucodonosor II, mas rebelou-se no seu terceiro ano de vassalagem.[4] Isto resultou em Jerusalém ser sitiada.[5] A expressão "durante esse tempo"[6] talvez não se refira ao breve reinado de Jeconias, mas ao período geral em que se enquadra, permitindo destarte que o sítio se tenha iniciado no reinado do seu pai, Jeoiaquim.[7]. Jeoaquim morreu, pelo que parece, durante este sítio, ou foi levado para Babilônia, e Jeconias ascendeu ao trono de Judá. Seu governo terminou, porém, apenas três meses depois, quando se rendeu a Nabucodonosor II em 587 a.C. Ele foi levado para o exílio em Babilônia.[8] Outros membros da casa real, oficiais da corte, artífices e guerreiros, foram também exilados.[9]
O registro em II Reis[10] declara que Nabucodonosor levou estes cativos para o exílio, junto com "todos os tesouros da casa de Jeová e os tesouros da casa do rei". O relato em Daniel[11] menciona apenas uma "parte dos utensílios" como levados para Babilônia. A explicação pode ser que os tesouros mencionados em Segundo Reis envolviam especialmente os utensílios de ouro, que recebem destaque nesse relato, e que se permitiu que outros utensílios ficassem. Outra possibilidade é que, quando Jerusalém cedeu diante do sítio babilônico (que resultou da rebelião de Jeoiaquim contra o rei de Babilônia), "alguns dos utensílios da casa de Jeová" foram levados para Babilônia, e que, pouco tempo depois, quando o próprio Jeconias foi transferido para Babilônia, outros "objetos desejáveis da casa de Jeová" foram levados juntos. Tal possibilidade é sugerida pelo relato de II Crônicas[12] Pelo relato de Crônicas, parece que Nabucodonosor, depois de conquistar com êxito Jerusalém, partiu, mas depois 'mandou trazer Jeconias a Babilônia, junto com objetos desejáveis da casa de Jeová'. De modo similar, dez anos depois, na conquista e na destruição finais de Jerusalém (607 AEC), Nabucodonosor retirou-se para Ribla, "na terra de Hamate", deixando os pormenores depois da conquista entregues ao chefe de sua guarda pessoal, Nebuzaradã.[13]
DescendênciaEditar
Enquanto em Babilônia, Jeconias gerou sete filhos.[14] Desta forma, preservou-se a linhagem real que conduzia ao Messias.[15] Mas, conforme a profecia indicara, nenhum dos descendentes de Jeconias jamais governou na Jerusalém terrestre. Por conseguinte, foi como se Jeconias não tivesse filhos, não tendo nenhum descendente que o sucedesse qual rei.[16]
Lemos em Ageu 2:23 que Deus disse que escolheu a Zorobabel, filho de Sealtiel e neto de Jeconias (Conias, ou Joaquim) para construir o Templo Sagrado, estado politico que o rei Ciro cedeu para construção do Templo e levar o povo de Israel para fora da Babilônia .
O rei cativo é exaltadoEditar
No quinto ano do exílio de Joaquim, Ezequiel iniciou sua obra profética.[17] Cerca de 32 anos depois, evidentemente em 580 AEC, Joaquim foi liberto da prisão pelo sucessor de Nabucodonosor II, Evil-Merodaque (Avil-Marduque), e foi-lhe dada uma posição de favor acima de todos os demais reis cativos. Depois disso, ele comia à mesa de Evil-Merodaque e recebia uma porção diária.[18]
Foram encontrados documentos administrativos babilônios que alistam rações para Jeconias e cinco de seus filhos.
Referências
- ↑ 2Rs 24:6, 8; 2Cr 36:8
- ↑ Est 2:6; Je 28:4; 37:1
- ↑ 2Rs 24:8, 9; 2Cr 36:9 n.
- ↑ 618 AEC
- ↑ 2Rs 24:1
- ↑ 2Rs 24:10
- ↑ Daniel 1:1, 2
- ↑ Je 22:24-27; 24:1; 27:19, 20; 29:1, 2
- ↑ 2Rs 24:14-16
- ↑ II Reis 24:12-16
- ↑ Daniel 1:1, 2
- ↑ II Crônicas 36:6-10
- ↑ 2Rs 25:8-21.
- ↑ 1Cr 3:16-18
- ↑ Mt 1:11, 12
- ↑ Je 22:28-30.
- ↑ Ez 1:2
- ↑ 2Rs 25:27-30; Je 52:31-34.
Precedido por Joaquim de Judá |
Rei de Judá 3 meses |
Sucedido por Zedequias |