João Francisco Falcão da Costa Reis

João Francisco Falcão da Costa Reis (Lisboa, 6 de novembro de 1966) é um empresário português, considerado o responsável pelo início em Portugal do negócio da compra de créditos vencidos (NPL).[1][2]

João Costa Reis
Nascimento 6 de novembro de 1966 (57 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal português
Ocupação Empresário
Profissão Presidente do Conselho de Administração da Domusvenda, S.A.

Biografia editar

Nasceu em Lisboa, filho de Francisco Manuel Gonçalves da Costa Reis (Coimbra, 4 de Agosto de 1937 - Lisboa, 11 de Janeiro de 2001) e de sua mulher Maria Teresa de Seabra Castel-Branco Falcão (Idanha-a-Nova 09 de Dezembro de 1936 - Lisboa 30 de Janeiro de 2020 ). Seu pai, advogado, foi um dos fundadores do jornal "Expresso", de Francisco Pinto Balsemão, mantendo-se como accionista e administrador do Grupo Impresa até à data da morte..

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e com uma Pós-graduação de Advanced Management Program da Kellogg School of Management, iniciou a sua carreira de empresário em 1990. Foi presidente e CEO da Present Value até ao seu encerramento em 2015. É Presidente do Conselho de Administração da Domusvenda, entre outras, e acionista da Impresa.

Primeiros Anos (1990– 1996) editar

Em 1990 torna-se provedor de serviços para os Tribunais Portugueses e principais escritórios de advocacia, especializando-se em activos imobiliários, fundando a sua primeira empresa, a Domusvenda, para gerir os bens imóveis confiados pelo Estado Português em 1994.

Criação do Mercado de Crédito Mal Parado em Portugal (1997 – 2010) editar

Em 1997 inicia um estudo a nível mundial, do mercado de crédito mal parados (Non Performing Loans-NPL), mercado até então inexistente em Portugal.Em 2003 inícia o negócio dos NPL no país em parceria com o banco Goldman Sachs, através da aquisição de um portfólio, com o valor 34 milhões de euro, a um dos maiores bancos portugueses.

Entre 2003 e 2007 forma parcerias com o Credit Suisse e com a multinacional alemã GFKL, adquirindo até 80% do mercado de NPL Português.[3][4] Ainda em 2007, avança para a gestão destas carteiras numa parceria da Domsuvenda com a GFKL e Apollo Management, e inicia a internacionalização para o mercado espanhol e sul-americano.[5] Também no mesmo ano, lança um fundo de investimento imobiliário para compra de imóveis resultantes dos créditos em incumprimento.[6]

Como consequência da actividade de aquisição e gestão de NPL, onde também se incluem créditos hipotecários, chegou a ter perto de 7.000 imóveis para venda.[7]

Em 2009, e em parceria com a Apollo Management, João Costa Reis foi um dos interessados na aquisição do BPN.[8]

Assistindo ao impacto da crise em Portugal, co-funda em 2009 a Fundação Agir Hoje, de forma a ajudar na educação financeira, trabalhando sobretudo ao nível das famílias.

Em 2010, o total dos portfólios por si geridos ascendia aos mil milhões de Euros, o que o torna no primeiro servicer directo de um banco em Portugal, bem como a ser nomeado pelo Estado Português para gerir portfolios do Estado estimados em 2.5 mil milhões de Euros.

No ano 2011, defendeu a entrada do FMI em Portugal.[9]

Fundos, Investimentos e Consultoria (2011-presente) editar

João Costa Reis, adquiriu várias participações em empresas do ramo imobiliário e em empresas especializadas em compra de créditos em incumprimento, como a Safeinterest, Estratégias Firmes, Cada Lugar, entre outras.[10]

João Costa Reis, através da Safeinterest, investe no Fundo Henderson Park Capital, que se dedica à procura de oportunidades de investimento em activos imobiliários no mercado europeu. Actualmente o fundo já investiu 2 mil milhões de euros.

Distinções e Prémios editar

Finalista do prémio "Entrepreneur of the Year" da Ernst & Young.[11]


Referências

Ligações externas editar