João I, Duque de Bragança

aristrocata português
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João I de Bragança, 6.º Duque de Bragança (Vila Viçosa, 25 de Novembro de 1544 - Vila Viçosa, 22 de Fevereiro de 1583). Era filho do duque D. Teodósio I de Bragança e de D. Isabel de Lencastre. Casou em 1563 com D. Catarina, sua prima, filha do infante D. Duarte e de D. Isabel, irmã de seu pai.

João I de Bragança
Duque de Bragança
João I, Duque de Bragança
João, Paço dos Duques de Bragança
Nascimento cerca de 1543
  Paço Ducal de Vila Viçosa, Portugal
Morte 22 de fevereiro de 1583 (40 anos)
  Paço Ducal de Vila Viçosa, Portugal
Sepultado em Panteão dos Duques de Bragança, Igreja dos Agostinhos, Vila Viçosa
Nome completo João de Bragança
Cônjuge Catarina de Guimarães
Descendência Maria
Serafina
Teodósio II
Duarte
Alexandre
Querubina
Angélica
Maria
Isabel
Filipe
Casa Bragança
Pai Teodósio I
Mãe Isabel de Lencastre

Biografia

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Quando D. Sebastião realizou a primeira ida a África quis que o duque o acompanhasse, ficando o governo do ducado a cargo de D. Catarina (1574), no que se dava à casa de Bragança a importância de um reino. O duque foi a essa expedição, levando 600 cavaleiros e 2.000 infantes das suas terras. Em 1576 sucedeu a seu cunhado como 11.º Condestável de Portugal. Preparava-se também para ir com o rei à segunda e desastrosa expedição de 1578 quando febres violentas o obrigaram a ficar.

Enviou por isso, para acompanhar o rei, seu filho D. Teodósio, duque de Barcelos (título que D. Sebastião concedera em 1563 ao primogénito da casa de Bragança), o qual contava só 10 anos de idade.

 
João I de Bragança em representação genealógica de 1645.

Durante o curto reinado do cardeal-rei D. Henrique entrou o duque de Bragança, juntamente com a duquesa, na pretensão da coroa, e nas cortes reunidas em Lisboa, jurou só obedecer ao rei que os Estados reconhecessem.

Filipe II de Espanha, querendo afastá-lo da pretensão ao trono, mandou oferecer-lhe a realeza do Brasil, o cargo de grão-mestre da Ordem de Cristo, a licença de mandar todos os anos uma nau à Índia por sua conta, prometendo-lhe ainda o casamento de seu filho D. Diogo com uma das suas filhas. Mas o duque de Bragança, influenciado por sua mulher D. Catarina (herdeira do trono), rejeitou as propostas (1579).

Morto o cardeal-rei, o duque acompanhou os governadores do reino a Lisboa e Setúbal, diligenciando para que fossem reconhecidos os direitos de sua mulher à coroa portuguesa, mas finalmente desistiu e aceitou as mercês do rei castelhano.

Camilo Castelo Branco, escreveu :

"Os sucessores do duque D. Fernando, degolado em tempo de D. João II, nunca puderam obter de D. Manuel, de D. João III, da rainha regente, de D. Sebastião e do cardeal, parte dos privilégios que o filho de D. Afonso V lhes jarretara. A absoluta independência da coroa, e o absoluto domínio em Vila Viçosa, nunca puderam os duques extorqui-lo à condescendência dos soberanos; obteve-o, porém, o avô de D. João IV, em Fevereiro de 1581 de Filipe II de Castela".

Por alvará dado em Elvas em Novembro de 1581 o duque foi autorizado a criar magistrados seus, instaurar tribunais sem apelação nem agravo das sentenças dos seus juízes, e defender o ingresso de viandantes em seus domínios.

Em 1584, sendo já duque D. Teodósio, Filipe II estendeu ainda mais os poderes judiciais dos duques, e mais tarde em 1587, foi-lhe permitido não cumprir as cartas dos corregedores da corte, avocar a sim as causas das suas terras e sentenciar como lhe parecesse. Depois da entrada de Filipe II em Portugal, o duque D. João serviu de condestável nas cortes de Tomar, onde o monarca espanhol, por suas próprias mãos, lhe deu o colar do Tosão de Ouro.

Quando retirou do país, o mesmo soberano ainda lhe concedeu, para o herdeiro, o cargo de condestável do reino em três vidas; para o segundo filho, o marquesado de uma cidade de Castela; para o terceiro filho, uma comenda de Castela e muitas outras mercês em dinheiro e concessões. Confirmou-lhe o tratamento de Excelência e a isenção dos direitos de chancelaria.

Descendência

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De Catarina de Portugal:

Precedido por
D. Teodósio I
 
Duque de Bragança

1563 - 1583
Sucedido por
D. Teodósio II