João Vieira de Carvalho
João Vieira de Carvalho, o primeiro barão, conde e Marquês de Lajes (Olivença, Portugal,[1] 16 de novembro de 1781 — 1 de abril de 1847) foi um engenheiro, militar e político brasileiro.
João Vieira de Carvalho | |
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Marquês de Lajes | |
Ministro da Guerra do Brasil | |
Período | 28 de outubro de 1822 a 10 de novembro de 1823 |
Predecessor | Brigadeiro Luiz Pereira de Nóbrega de Souza Coutinho |
Sucessor(a) | José Luiz de Oliveira Barbosa |
Nascimento | 16 de novembro de 1781 |
Olivença, Portugal | |
Morte | 1 de abril de 1847 (65 anos) |
Império do Brasil | |
Cônjuge | Sebastiana Benevenuta Marques Portelli |
Descendência | Alexandre Vieira de Carvalho |
Pai | João Vieira de Carvalho |
Mãe | Joana Vicência da Silva |
Filho do Tenente-General João Vieira de Carvalho e de Joana Vicência da Silva, pai de Alexandre Manuel Vieira de Carvalho, 2.º Conde de Lajes. Sentou praça em 1796, em 1801 era alferes. Estudou no Colégio dos Nobres, tendo se destacado em matemática.
Biografia
editarParticipou da Guerra Peninsular, após a conquista francesa partiu para o Brasil. Como sargento-mor partipou das campanhas no Uruguai de 1811 e 1812 e da Guerra contra Artigas além da batalha do prata. Após seus feitos na Batalha de Catalão foi promovido a tenente-coronel.
Em 1821 foi nomeado diretor da colônia de Nova Friburgo (cargo que não exerceu)
Foi ministro da Guerra em 28 de outubro de 1822. Em 1824 foi promovido a brigadeiro, sendo também agraciado oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro. Foi promovido a marechal em 1827 e elevado de barão a conde em 1828. Membro do Partido Conservador, foi hostilizado pela imprensa, até a queda de D. Pedro I.
Em 5 de abril de 1831 retornou à pasta da Guerra (a qual ocupou por nove vezes), ministério este que só durou dois dias, até a abdicação de D. Pedro I. Foi ainda nomeado ministro da Guerra em duas outras oportunidades, 1 de novembro de 1836 e 16 de maio de 1839.
Defensor da maioridade de D. Pedro II, recebeu na sua coroação a grã-cruz da Imperial Ordem de Avis. Em 9 de abril de 1845 foi elevado a marquês.
Foi senador do Império do Brasil de 1829 a 1847, pela província do Ceará, tendo sido seu presidente de 1844 a 1846.
Foi grão-mestre da Loja Maçônica São Pedro de Alcântara, além de, depois da morte de José Bonifácio de Andrada, ter sido nomeado soberano grande comendador. Conselheiro de Estado em 1826, era Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, grã-cruz da Imperial Ordem de São Bento de Aviz e oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro.
Como ministro da Guerra, foi responsável pelo estabelecimento da Fábrica de Pólvora da Estrela e comandante do Forte de São João (RJ).
Referências
Bibliografia
editar- MACEDO, Joaquim Manuel de, Anno biographico brazileiro (v.1), Typographia e litographia do imperial instituto artístico, Rio de Janeiro, 1876.
- Arquivo Nobiliárquico Brasileiro, edição de 1918, digitalizado pela Universidade de Toronto
Ligações externas
editar
Precedido por Luís Pereira da Nóbrega de Sousa Coutinho |
Ministro da Guerra do Brasil 1822 — 1823 |
Sucedido por José de Oliveira Barbosa |
Precedido por José Feliciano Fernandes Pinheiro |
Ministro dos Negócios do Império do Brasil e Administrador do Rio de Janeiro 1826 |
Sucedido por José Joaquim Carneiro de Campos |
Precedido por José Manuel de Morais |
Ministro da Guerra do Brasil 1831 |
Sucedido por Manuel da Fonseca Lima e Silva |
Precedido por José Félix Pereira de Burgos |
Ministro da Guerra do Brasil 1836 — 1837 |
Sucedido por Salvador José Maciel |
Precedido por Sebastião do Rego Barros |
Ministro da Guerra do Brasil 1839 |
Sucedido por Joaquim José Rodrigues Torres |
Precedido por José da Costa Carvalho |
Presidente do Senado do Império do Brasil 1844 — 1847 |
Sucedido por Luís José de Oliveira Mendes |