Joaquim de Seabra Pessoa

Joaquim de Seabra Pessoa (, Lisboa, 28 de Maio 1850Mártires, Lisboa, 13 de Julho de 1893) foi um crítico musical português, conhecido por ser pai do ilustre escritor e poeta Fernando Pessoa.[1][2] Era filho do general Joaquim António de Araújo Pessoa (Santa Maria, Tavira, 15 de Fevereiro de 1813 - Madalena, Lisboa, 6 de Agosto de 1885), que se destacou nas Guerras Liberais, tendo sido premiado, entre outras condecorações, com a Real Ordem Militar da Torre e Espada, e de sua mulher D. Dionísia Rosa Estrela de Seabra Pessoa (Santa Engrácia, Lisboa, 17 de Junho de 1823 - Lapa, Lisboa, 6 de Setembro de 1907). Uma sua prima-irmã foi feita 1.ª Baronesa de Paulo Cordeiro.[1][carece de fontes?]

Biografia editar

Pessoa era funcionário do Ministério da Justiça e trabalhava à noite na redação do Diário de Notícias. Possuía vocação para a arte e a literatura, sendo um apaixonado pela música. Foi no Diário de Notícias que exerceu a sua crítica musical, tendo publicado também um folheto sobre O Navio Fantasma, do compositor alemão Richard Wagner.[1]

Casou com Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa a 5 de Setembro de 1887[1][carece de fontes?] na Igreja de Santos-o-Velho, em Lisboa. Ficando ambos a residir com a sua viúva mãe Dionísia, que era doente mental e duas empregadas de longa data, Emília e Joana, no quarto andar, número 4, do Largo de São Carlos. Foi nessa mesma casa que nasceram os filhos Fernando a 13 de Junho de 1888[1] e Jorge a 21 de Janeiro de 1893.

Joaquim de Seabra Pessoa faleceu pelas 5 horas da manhã do dia 13 de Julho de 1893, freguesia dos Mártires, de Lisboa, onde residia no Largo de São Carlos. Tinha 43 anos e foi vitimado pela tuberculose, deixando os filhos Fernando, de cinco anos, e Jorge, de 5 meses de idade,[1] o qual viria a falecer no ano seguinte, a 2 de Janeiro de 1894, vítima de complicações pulmonares. Era, aquando do falecimento, "primeiro oficial na Secretaria dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça", como consta do registo de óbito.

Está sepultado no Cemitério dos Prazeres, em jazigo particular. A sua mãe apenas viria a falecer em 6 de Setembro de 1907, aos 84 anos, na Rua da Bela Vista à Lapa, 17, primeiro andar, sendo sepultada ao lado do filho.

Dois anos após a sua morte, a mulher casou-se por procuração com o comandante João Miguel dos Santos Rosa, cônsul de Portugal em Durban, numa antiga colónia inglesa da África do Sul. O filho Fernando Pessoa viajou então na companhia da mãe e de um tio para a Colónia do Natal, onde passou parte da infância e a adolescência e onde nasceriam cinco meios-irmãos.[1][carece de fontes?]

Referências

  1. a b c d e f g «O pai de Fernando Pessoa era o crítico musical do DN». www.dn.pt. 26 de setembro de 2020. Consultado em 25 de outubro de 2023 
  2. «Biblioteca Municipal de Ilhavo - Joaquim Seabra Pessoa ou o engenho sensível». Consultado em 25 de outubro de 2023