José Augusto Faure da Rosa

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José Augusto Faure da Rosa MPVMComAGOAMOCE (Leiria, Leiria, 16 de novembro de 18738 de novembro de 1950) foi um militar do Exército Português e espírita português. Na carreira militar atingiu o posto de Coronel.

José Augusto Faure da Rosa
Nascimento 16 de novembro de 1873
Leiria
Morte 8 de novembro de 1950
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Prêmios
  • Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis
  • Comendador da Ordem Militar de Avis

Biografia editar

Frequentou a Escola do Exército e iniciou a carreira militar, sendo promovido a Alferes em 1897. A par das atividades militares, foi ainda professor do liceu, primeiro em Leiria, depois em Lisboa. Dedicou-se ao jornalismo e ao teatro, traduzindo do inglês, em colaboração com Henrique Garland, duas peças de teatro ("Bébé e Tótó", e "A Doença da Mamã").

Serviu no Estado Português da Índia durante 18 anos, onde desempenhou diversos cargos, a saber: Governador de Damão, Chefe do Estado Maior do Quartel General do Governo Geral da Índia, Administrador das matas de Goa, Pargana e Nagar-Aveli, e, neste último território, o de Comandante Militar e Administrador Civil. Nesse período efetuou, com êxito, ensaios da cultura da seringueira e outros estudos através das monografias: "Memória da Cultura da Borracha em Goa" (1908) e "Memória da Ensilagem do Capim, em Goa" (1909). Em 1912 participou da campanha de Timor, tendo comandando a coluna de operações do Oeste.

Em 1920 retornou a Portugal para, em 1922 partir de novo para o Ultramar, desta vez para Moçambique, de onde regressou em 1925. Ali foi nomeado Secretário Geral do Governo de Manica e Sofala, na Beira.

Possuía a Medalha de Prata de Valor Militar com Palma, a Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar e a Medalha da Campanha de Timor. Foi Comendador da Ordem Militar de Avis a 24 de Novembro de 1920 e Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis a 5 de Outubro de 1926.[1]

Em 1927, então com 54 anos de idade, o falecimento da sua filha mais nova, Noémia, na casa dos vinte anos, levou-o a debruçar-se sobre o estudo da Doutrina Espírita, que não mais abandonou.

Taduziu do francês e publicou "O Além para todas as inteligências" (1935) e "A Metapsíquica e o Espiritismo à luz dos factos" (1942).

Assumiu por diversas vezes o cargo de Presidente da Federação Espírita Portuguesa (FEP). Dirigiu a "Revista de Espiritismo", a "Revista de Metapsicologia", da FEP, o jornal "O Mensageiro Espírita", da mesma instituição, e colaborou com artigos publicados publicados em todas as revistas espíritas portuguesas editadas em sua época, tendo sido ainda um palestrante muito activo.

Um episódio ilustra as suas habilidades como orador: rebatendo o conferencista belga, Pierre Gaumer (Pierre Goemaére?), que atacara o Espiritismo numa palestra no São Luiz Cine, fez uma conferência no Cinema Condes em Lisboa, que redundou em apoteose, com a sala completamente lotada com os mais ilustres nomes da época, onde se contavam advogados, médicos, engenheiros, comerciantes, industriais, artistas, e outros, enquanto ele falava "Em Defesa do Espiritismo".[2].

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Augusto Faure da Rosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  2. Estudos Psíquicos, Novembro de 1960.

Bibliografia editar

  • VASCONCELOS, Manuela. Grandes Vultos do Movimento Espírita Português.
  • Revista de Metapsicologia, nº 11, Ano V, Novembro de 1953.

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