José Penalva

escritor brasileiro

Padre José de Almeida Penalva (Campinas, 15 de maio de 1924 - Curitiba, 20 de outubro de 2002) foi um sacerdote, compositor, professor, musicólogo, regente e escritor brasileiro[1].

Padre José Penalva
José Penalva
Nome completo José de Almeida Penalva
Nascimento 15 de maio de 1924
Campinas, Brasil
Morte 20 de outubro de 2002 (78 anos)
Curitiba, Paraná, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação escritor, musicólogo, compositor

Formado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1956, e Doutorado pelo Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma em 1958, foi um dos mais importantes compositores brasileiros da segunda metade do século XX. Destacou-se por compor música contemporânea de vanguarda, explorando tanto as linguagens sacra e secular quanto as antigas e novas.

Dentro de um discurso que o próprio Penalva classificava como pós-vanguardista, faz uma releitura das formas e das linguagens do passado aplicando técnicas de vanguarda e pós-vanguarda de maneira livre e individual. Sua obra demonstra de um lado um compositor preocupado com o aspecto reflexivo e filosófico da criação; de outro, um músico de humor refinado e de profunda humanidade.

Foi membro da Academia Brasileira de Música. [2]

Também foi professor da PUC-PR e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Produção editar

Na sua produção, que abrange desde a música de câmara, peças solísticas para teclados até obras orquestrais e corais, Penalva utilizou os mais diversos idiomas, desde a música tonal orgânica e inorgânica até a música dodecafônica, atonal, tonal/modal livre e matéria, que combina a elementos da música brasileira e de épocas passadas como o canto gregoriano, a polifonia renascentista, o romantismo de Brahms e a música de Scriabin, Schönberg e Webern. Sua produção mais recente integra, ainda, elementos da música de Ligeti, Penderecki e, principalmente, o ecletismo de Schnittke.

Foi fundador da Sociedade Pró-Música de Curitiba e do Coro da Sociedade Pró-Música, que mais tarde se tornou o Madrigal Vocale, grupo vocal a capella curitibano que regeu até o final da vida. Além disso, José Penalva era pesquisador da música de Carlos Gomes e deixou livro sobre a obra desse compositor.

Obra editar

Discografia editar

  • Saudade - canção para soprano e piano (1953) - registrada por Marília Vargas (soprano) e Ben Hur Cionek (piano) no CD "Todo amor desta terra" (Curitiba, 2009). [3]
  • José Penalva: Ponteio para Piano (1990) - registrada por Henriqueta Duarte (piano); Versão Mutilada (1979) - registrada por Eládio Pérez Gonzalez (barítono) e Berenice Menegalli (piano); Sonata nº 1 (1970) - registrada por Salete Chiamulera (piano); Sonata nº 2 (1960) - registrada por Maria Leonor Melo de Macedo (piano); Sonata nº 3 (1991) - registrada por Fúlvia Escobar (piano); Salmo 90 (1973) - registrada por Neide Carvalho, Maria Penalva, Bruno Lazarini e Amin Feres (solistas) e Orquestra de Câmara e Coro Pró-Música sob regência de Roberto Schnorrenberg; Variações (1988-1991) - registrada por Brigite Rauscher (órgão); Per Archi (1972) - registrada pelo Quarteto Nuova Musica; Ponteio - registrada pela Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba sob regência de Lutero Rodrigues [4].

Referências

  1. A morte do Padre José de Almeida Penalva, um grande compositor, musicólogo, professor, Sacerdote e Teólogo de Campinas, radicado em Curitiba Centro de Memória - Site Unicamp
  2. «Academia Brasileira de Música» (PDF). Revista Brasiliana. Janeiro de 2000. Consultado em 5 de novembro de 2020 
  3. O Pe. José de Almeida Penalva, compositor, regente, professor, musicólogo, crítico e escritor, nasceu a 15 de maio de 1924 Site Departamento de Artes da UFPR
  4. José Penalva Produção, Mixagem e Remasterização: Marcelo Spínola e José Penalva , 2000 Co-Produção: Maria Penalva

Ligações externas editar

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