Nota: Para outros significados de Justiceiro, veja Justiceiro (desambiguação).

Um justiceiro é alguém que, ocorrendo um crime, e tomado por sentimentos de injustiça em relação às ocorrências, decide agir à margem da lei, procurando punir os supostos autores do crime. A essa situação, aplicam-se os termos autojustiça e vigilantismoː fazer justiça pelas próprias mãos. Os autores de tais actos podem ser civis ou agentes da autoridade (entre outros) e podem estar ou não ligados de alguma maneira à vítima ou vítimas desse crime (ou eles próprios serem vítimas do crime).

Foras da lei americanos do princípio do século XIX enforcados num estábulo por uma multidão em fúria por terem matado um ex-ajudante de xerife no Oklahoma.

Acontecimentos desses ocorreram durante a Lei de Lynch nos Estados Unidos do século XIX e parte do século XX; nesses casos, foram multidões a encetar essas perseguições. Tal comportamento é considerado reprovável judicialmente (e, na maioria das sociedades, é considerado, também, um ato moralmente reprovável), portanto considerado um crime como outro qualquer, punível à luz do Direito. Não deve ser confundido com autodefesa e, não é de resto, uma transgressão muito comum.

História editar

A ação dos justiceiros de certa forma se confunde com o que o conhecido historiador Eric Hobsbawm define como "banditismo social" que não pode ser considerado como um mero delinquente, um fora da lei, é antes um líder capaz de incitar lutas armadas contra o poder estabelecido e as injustiças sociais a exemplo de "Lampião" no Brasil e do lendário Robin Hood, ambos citados pelo referido autor.[1] No Brasil, dois exemplos de extremos e opostos entre si são: o movimento social que se transformou na Guerra de Canudos iniciado por Antônio Conselheiro e o resultante no esquadrão da morte, uma organização paramilitar surgida no final dos anos 1960. Este último é um grupo que bem se adequa à definição usual de justiceiros.

Na cultura popular editar

Justiceiros editar

Ver também editar

Ligações externas editar

Referências

  1. Eric Hobsbawm. Bandidos. Ed. Paz e Terra, 2010, ISBN 9788577531196
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